Crítica: Transformes – O Despertar das Feras (2023, de Steven Caple Jr.)

Após seis anos do último lançamento da saga principal, Transformes: O Último Cavaleiro, que para mim, é simplesmente descartável (sem contar o bom spin-off Bumblebee de 2018), temos em mãos O Despertar das Feras, que, ao meu ver, é outro filme sem pé nem cabeça da franquia. Claro que, quando procuramos lógica em ETs robôs conscientes e entendemos a ideia do filme, ela é compreendida, mas no atual filme, onde os mesmos robôs são animais, com todas as características, como pelos, penas e afins, é querer fazer muita coisa com a história até então apresentada.

Fui assistir ao filme no cinema com um pé atrás, mas com a mente aberta, até porque gosto muito de alguns filmes da franquia e por incrível que pareça, ele não foi de todo ruim. Não sei até que ponto os roteiristas tentam manter vivas as raízes dos filmes anteriores, mas assim como nos outros, a briga atual é sobre um objetivo perdido, que contém um poder inimaginável e a história basicamente é a busca por esse objetivo mágico.

Até aqui nada de novo, mas a construção dos personagens envolvidos é realmente muito boa, temos Elena (Dominique Fishback) uma arqueóloga júnior muito inteligente e muito carismática, onde conhece Noah (Anthony Ramos), quando o mesmo tenta roubar o objeto do museu onde ela trabalha. Os humanos da vez são muito bem trabalhados quando interagem com os robôs e o elo que eles acabam carregando também é algo interessante de assistir, a amizade e a confiança sendo criada quando, nesse momento, os Autobots não veem os humanos como uma grande ajuda, mas pelo contrário, os veem como uma fraqueza e até mesmo com uma certa inimizade.

Os “novos” Autobots são vividos por atores bem conhecidos, como Peter Dinklage (Game of Thrones), dando vida ao Scourge, seguidor fiel de Unicron (Colman Domingo), que poderia muito bem ser o Galactus desse universo, devorador de mundos. Ron Perlman (Sons of Anarchy), dando voz ao Optimus Primal. E claro, os conhecidos de todos, Bumbleblee e Optimus Prime.

Mas voltando ao assunto, a apresentação dos Maximals – os robôs animais – foi um tanto quanto mal introduzida ao meu ver, ficam em segundo plano por vezes, sendo que, seriam eles os protagonistas da vez. Todo o clímax se dá no Peru, com belíssimas paisagens e até mesmo mostrando um lado pouco explorado do lugar, a luta final é bem interessante de se ver, mas a resolução por si só é preguiçosa e bem óbvia. A computação gráfica faz seu papel muito bem feito, mas é como eu disse antes, mais do mesmo. Nada nesse filme traz algo novo para a franquia do que aquilo que já conhecemos. Talvez seja o primeiro de uma nova era de filmes mas espero que os próximos sejam melhor roteirizados.

Título Original: Transformes: Rise of the Beasts

Direção: Steven Caple Jr

Duração: 143 minutos

Elenco: Anthony Ramos, Dominique Fishback, Luna Lauren Vélez, Tobe Nwigwe, Dean Scott Vazquez, Michael Kelly, Peter Cullen, Pete Davidson, Ron Perlman, Peter Dinklage, Liza Koshy, Michelle Yeoh, Cristo Fernández, Michaela Jaé Rodriguez, John DiMaggio, Tongayi Chirisa, David Sobolov, Colman Domingo

Sinopse: Uma nova ameaça capaz de destruir todo o planeta surge fazendo com que Optimus Prime e os Autobots se unam a uma poderosa facção de Transformers conhecida como Maximals para salvar a Terra.

Trailer:

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