Crítica: Glee – O Preço da Fama (2023)

O documentário lançado esse ano, tem três capítulos, cada qual referente a uma das três mortes relacionadas ao elenco principal da série. Traz também uma visão bem pesada do que acontecia nos bastidores do show. Confira o que achamos a seguir!

Preciso começar dizendo que nunca assisti a série. Podem me julgar, mas musicais definitivamente não são o meu forte. Em todo caso, o documentário me chamou a atenção pois, de fato, eu não sabia dos reais motivos que levaram a desgraça, por assim dizer, do elenco. Dividido em três episódios, eles voltam ao tempo e conversam com pessoas que trabalharam nos bastidores da série, produtores, amigos, familiares e até jornalistas para contar sua história.

Podemos dizer que o documentário é um tanto quanto apelativo ou, em outras palavras, sensacionalista na forma como narra os acontecimentos. O primeiro episódio, intitulado A Nova Galera no Pedaço nos mostra o mundo mágico de Glee. A escolha do elenco, a magia por trás dos bastidores e tudo o que eles sonharam ser, finalmente sendo realizado. Mas ao mesmo tempo, começamos a notar a parte ruim por trás de todo esse brilho, glamour e fama. A exposição exacerbada na mídia, a loucura dos fãs e o impacto gigantesco que a série alcançou em seu primeiro episódio, trazendo consigo um leque de oportunidades e ao mesmo tempo, o peso que essa fama instantânea gerou na vida de algumas pessoas.

Claro que nem todos os atores tiveram finais trágicos ou terríveis, mas é notável a quantidade de coisas estranhas ou no mínimo esquisitas que acompanharam não só os atores mas também a equipe de produção nos bastidores. O trabalho insaciável que poderia durar 16 horas para os atores e até 18 horas para a equipe, e uma das coisas que mais me chama atenção: cobrança extrema, a falta de empatia por muitas vezes e o trabalho em excesso, criam um ambiente que parece hostil. Afinal, ninguém pode ser tão agradável quando se está exausto e sem tempo para cuidar de si.

Estar no meio de algo tão grande e ao mesmo tempo tão brutal, acabaria com o psicológico e a saúde mental de qualquer um, então, quando pegamos pessoas propensas a determinados vícios, isso basicamente vira uma bomba prestes a explodir. E segundo o documentário, foi isso que aconteceu. Algo que a princípio era para ser divertido, se tornou uma obrigação por diversos motivos, mas o mais importante claro, seria o dinheiro que a série estava lucrando.

Por fim, eu diria que o documentário levanta questões válidas porém já conhecidas no meio do entretenimento. Dinheiro, fama, saúde mental. Até onde você está disposto a ir para ser reconhecido? Qual o limite e principalmente, existe algum limite quando somos levados a extremos? Não achei o documentário de todo ruim, mas nitidamente há vários pontos onde parece ter mais do que se está sendo dito e claro, diversas teorias sobre quem teria mais culpa nisso ou naquilo. Acredito que foi um ciclo de situações e circunstâncias que levaram os atores à morte. Fazer a série talvez tenha sido relevante, mas ela sozinha não seria capaz de tamanha destruição, ou seria?

Título Original: The Price of Glee

Episódios: 3

Duração: Aproximadamente 50 minutos

Elenco: Stephen Kramer Glickman, Justin Neill, Scottontape, Frederic Robinson.

Sinopse: A produção traz a vida dos integrantes do elenco dentro e fora do set de filmagem por meio de entrevistas inéditas que trazem à tona as exigências envolvidas em participar de um sucesso da TV e os dramas enfrentados nos bastidores.

Trailer:

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