Reflexões sobre Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças

 “Felizes são os esquecidos, pois eles tiram o melhor proveito dos seus equívocos.”

O filme lançado em 2004 é um clássico romântico, pelo simples fato de ser atual e verdadeiro. Profundo de uma maneira única, o longa nos mostra o relacionamento de Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) do começo, meio e um quase fim, forçado por Clementine, ao tentar apagar as memórias que tinha de Joel. Com raiva e sem pensar direito, Joel tenta fazer o mesmo e se arrepende no meio do caminho, mas já é tarde. Luta desesperadamente para guardar as memórias de sua amada e, num momento de profunda reflexão, ele cria uma memória sem saber que seria sobre ela.

Nos faz entender que, não importa o quão sofrido tenha sido, nem quanta dor possamos ter passado, as memórias são quem somos e quem nos tornamos, mesmo tentando esquecê-las, uma hora ou outra, somos levados por nossos sentimentos a cometer os mesmos erros e os mesmos atos que, outrora, quisemos esquecer, porque o amor é isso, nos leva para frente e para aqueles que amamos. O filme nada mais é do que uma narrativa sensível sobre relacionamentos, sobre como somos tragados por esses sentimentos e como erramos e acertamos durante o tempo.

Mesmo quando Patrick (Elijah Wood) tenta conquistar Clementine, usando a mesma história de Joel, algo dentro dela sabia que estava errado. Mas ao conhecer Joel, mesmo ela sendo um tanto quando grosseira com ele, acaba se abrindo e confiando nele, porque no fundo, ela sabia que aquilo era o que ela queria. Somos tragados pelo filme, e isso é uma coisa que posso dizer, nos faz refletir sobre quem somos e como lidamos com nosso sofrimento diante do outro. Complexo, carismático e dolorido, o filme é tudo aquilo que pintam e muito mais.”

“Você ama quem você ama, não importa porque você ama.”

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