Crítica: Gatos no Museu (2023, de Vasiliy Rovenskiy) – Um filme destinado à crianças ou amantes de pets!

Se você está querendo uma animação para assistir com a criançada nos cinemas, aproveita a estreia da semana: Gatos no Museu. O longa-metragem acompanha a jornada do gato Vicent (voz de Jordan Worsley) e do rato Maurice (voz de Stephen Peter Krisel), que após uma espécie de tsunami ou inundação na ilha em que vivem, ficam à deriva dentro de um piano e acabam parando em um museu na Rússia.  

Vicent é um gato que além de uma viagem marítima, parece fazer uma viagem até o autoconhecimento. Pois, onde vivia não haviam outros gatos, portanto ele não está acostumado com diversos hábitos felinos de gatos que vivem na cidade grande, como por exemplo: caçar ratos, a proteção de seu território, viver em bando, etc.

Assim que Vicent chega ao museu, ele se depara com uma turma de gatos que fazem todas essas coisas e se sentem os zeladores do lugar. Logo, Vicent é informado que se ele quiser permanecer por ali, vai ter que aprender as regras e entrar no ritmo dos demais gatos. O que para Vicent não faz muito sentido, ainda mais que Maurice é seu melhor amigo e ele está acostumado a ser um gato livre em todos os sentidos.

Vasiliy Rovenskiy assume a direção de Gatos no Museu, mas o cineasta carrega no currículo os roteiros de outras animações como: Pinocchio – O Menino de Madeira (2020), O Reino dos Golfinhos (2019), Animais em Apuros (2019), entre outros. Portanto, o diretor já está mais que familiarizado com animações, principalmente as que envolvem aventuras animais. O roteiro de Gatos no Museu é assinado por Elvira Bushtets e Fedor Derevyanskiy, que com a direção de Rovenskiy entregam uma divertida jornada felina, além de através dos animais explorar o amor e o respeito pelas artes, destacando seu valor e sua importância.

Entrando em um aspecto mais técnico, nitidamente as animações russas ainda não dispõem de todos os recursos e técnicas das animações 3D americanas, por exemplo. Pois, sem precisar irmos muito longe, recentemente tivemos o ótimo Gato de Botas 2: O Último Pedido (2022) que chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Longa-Metragem de Animação, perdendo para Pinóquio de Guillermo Del Toro que utilizou da técnica de stop-motion de forma magistral, o que tornava mais que justo sua vitória.

Por outro lado, Gatos no Museu, parece até uma versão mais avançada ou modernizada do The Sims quando o assunto é animação. Até mesmo a dublagem, parece muito mecânica, talvez pela dublagem ser em inglês em cima do áudio original russo, ou algo do gênero, acredito que a dublagem em português será muito melhor até mesmo para os pequenos. Afinal de contas, temos uma das melhores dublagens do mundo, se não a melhor.

Analisando o filme, por uma ótica mais lúdica, função mais desempenhada pelos pequenos, a obra cumpre sua função narrativa de um felino descobrindo como é a vida de um gato e encontrando o seu lugar no mundo. Esqueci de mencionar que Vicent encontra uma parceira no meio dessa aventura toda, o nome dela é Cleopatra (voz de Maria Smakhtina). Inclusive, o protagonista já inserido dentro do seu novo mundinho, vai assustar até espíritos a fim de proteger a sua amada.

Por isso, volto a afirmar o filme é para a criançada mesmo que não tem muito dessas exigências técnicas com as quais os adultos já estão mais acostumados. Tem mais, a linguagem e a própria história em si, condiz mais com público infantil. Afinal de contas, Vicent é como uma criança que está crescendo e aprendendo com isso. Sem contar que o filme é cheio de valores didáticos como: respeitar as diferenças, ter cuidado com o patrimônio histórico e o amor pelas artes.

Título Original: Cats in The Museum

Direção: Vasiliy Rovenskiy

Duração: 83 minutos

Elenco (Vozes): Jordan Worsley, Stephen Peter Krisel, Maria Smakhtina, Michael Kleeman

Sinopse: Em uma de suas aventuras, o gato Vincent acaba indo parar em um museu do outro lado do mundo. Acompanhado de seu fiel amigo, o ratinho Maurice, ele conhece um esquadrão de gatos dedicados a proteger as valiosas obras de arte do museu contra roedores e outras ameaças. Agora, Vincent precisará mostrar toda a sua coragem e enfrentar desafios emocionantes para proteger seu amigo Maurice e também um tesouro de valor inestimável: a Mona Lisa.

Trailer:

Vai levar a criançada para conferir essa divertida aventura nos cinemas?

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