Crítica: Adão Negro (2022, de Jaume Collet-Serra) – The Rock entrega personagem e filme carismáticos marcando uma nova fase para a DC

Há muita expectativa em cima de Adão Negro (Dwayne Johnson), o longa-metragem mais recente da DC, que traz o anti-herói de Shazam, mostrando a que veio: o filme vai explorar a origem e as camadas desse personagem até então místico.

Toda a trama se desenrola em Kahndaq, cidade onde Teth Adam (Adão Negro) nasceu e então adquiriu os seus poderes, até ser colocado em uma tumba e despertar cerca de 5 mil anos mais tarde com a ajuda de Adrianna (Sarah Shahi). Tanto no passado, como no presente Kahndaq é marcada por dominação e tirania, no passado por um príncipe e na modernidade por um ditador. Dentro desse contexto, o papel de Adão Negro é o de libertar e proteger o seu povo, mesmo que alguns corpos tenham que voar e algumas coisas sejam totalmente destruídas.

Inclusive, esse é o ponto chave a ser destacado no filme dirigido por Jaume Collet-Serra (Desconhecido, 2011) com roteiro assinado por Adam Sztykiel, Rory Haines e Sohrab Noshirvani. O filme tem uma pegada diferente do que a gente vem acompanhando nos últimos lançamentos do gênero, sejam eles da DC ou do MCU. São filmes ultra-pops e com um certo exagero na veia cômica, além de pegar leve nas sequências de embates e confrontos. Em Adão Negro, é porradaria o tempo inteiro, tem o drama do personagem que influencia na sua construção e desenvolvimento, o que é um clássico da DC, mas tem essa coisa dele ser um rebelde e que trabalha por conta própria, sem seguir regras ou respeitar ordens já impostas.

Diante desse cenário, conhecemos então a Sociedade da Justiça, composta por Destino (Pierce Brosnan), Gavião Negro (Aldis Hodge), Ciclone (Quintessa Swindell) e Esmaga-Átomo (Noah Centineo). Eles são enviados a Kahndaq com a intenção de conter ou destruir Adão Negro, com a finalidade de trazer a ordem de volta ao local. Mas, conforme os poderosos lutam em si, questionamentos são levantados, como: o que é ser herói? Quem é o herói? Porque ser herói? Todas essas questões surgem em meio às dúvidas acerca da verdadeira história de Teth Adam. São vários plot twistes até que o espectador descubra a versão verdadeira.

Em resumo, o longa-metragem entrega o que o público já estava carente de esperar nos filmes de super-herói: ação, violência, postura e seriedade. Já fazia tempo que não víamos algo assim, mas que tem o alívio cômico em alguns personagens e situações. O filme funciona perfeitamente bem, roteiro, elenco, trilha, fotografia tudo em perfeita harmonia. No máximo, o CGI pode incomodar em alguns momentos, nas cenas iniciais da Kahndaq histórica, no The Rock franzino e com o Sabbach, o verdadeiro vilão que aparece apenas no fim do longa. Está valendo super a pena conferir e é extremamente importante esperar o pós-créditos, pois essa é só a afirmação de que estamos entrando numa nova era da DC e que promete entregar tudo e agradar aos fãs e público em geral.  

Título Original: Black Adam

Direção: Jaume Collet-Serra

Duração: 124 minutos

Elenco: Dwayne Johnson, Sara Shahi, Viola Davis, Pierce Brosnan, Noah Centineo, Aldis Hodge, Quintessa Swindell

Sinopse: O poderoso Adão Negro é libertado de sua tumba para lançar sua justiça cruel sob a Terra.

Trailer:

Me conta, o que você espera de Adão Negro? E se já viu, compartilhe conosco o que achou?

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