Crítica: Fate: A Saga Winx – 2ª Temporada (2022, de Brian Young)

Para os que amaram a primeira temporada de Fate: A Saga Winx, a segunda temporada já chegou na Netflix e se mantêm no top 10 da plataforma mesmo semanas após seu lançamento.

A série que é inspirada no antigo desenho O Clube das Winx, já chegou carregada de muita nostalgia e muitos fãs ansiosos para conferir a adaptação.

Fate: A Saga Winx, apesar de ser extremamente baseada no desenho antigo de origem italiana, surge com um formato mais voltado para os adultos, que não devem se prender fielmente aos fatos de O Clube das Winx, pois não é uma readaptação fiel e sim, uma inspiração, mas podem sim esperar a presença dos seus personagens preferidos e de um formato semelhante no sentido, onde um vilão é “derrotado” por temporada.

A segunda temporada da série porém, veio com uma abordagem um pouco distinta da primeira, onde, enquanto no ano passado nos deparamos com uma série repleta de suspense e até mesmo toques de terror com a presença dos Queimados, nessa segunda temporada, temos algumas surpresas boas, como o surgimento de uma das personagens mais importantes do desenho, Flora, além do desenrolar dos interesses românticos das Winx, e uma trama cheia de ação e mistério, mas com mais toques de fantasia e ação do que de suspense e terror como antigamente.

Para os antigos amantes de Clube da Winx e que buscavam realmente uma série inspirada no desenho, essa é uma mudança com certeza positiva, onde a série volta a atingir um público muito mais feminino e que amava as ações, fantasias, romances e aventuras do grupo de garotas mágicas, porém, sem perder o caráter adulto e apenas dando uma trégua nos sustos e suspense para os que não são tão fãs do gênero, mas que ainda amam as Winx.

Como toda boa saga de origem antiga, Fate: A Saga Winx já estreou na Netflix como um sucesso garantido, apelando para o público jovem adulto que acompanhava o desenho na infância, trazendo um novo mundo, mas ainda assim, com muitas referências ao desenho, suficientes para afirmarmos que as duas primeiras temporadas de Fate, se embaralham em uma trama que ainda não fez referência à nenhuma temporada do desenho, muito pelo contrário, com o desenrolar da personagem de Beatriz, novas suspeitas e teorias surgem por todas as redes sociais, de que finalmente o trio de vilãs do desenho pode dar as caras na série em live-action.

Tendo como foco agora a realização da série, os efeitos especiais não são os mais perfeitos, mas também não deixam a desejar, sendo uma verdadeira série que abusa do gosto de cada um para aprovar ou não as magias e novas asas das Winx.

No quesito artístico e técnico, a direção de arte e direção de fotografia fizeram um trabalho expendido, que nos imerge na história a cada momento, tornando uma experiência divertida e encantadora. Voltar a Alfeia depois de tantos anos, principalmente para os que amavam as primeiras temporadas de O Clube das Winx, desenho juvenil, mas não tão infantil como as temporadas seguintes, que foram perdendo cada vez mais espaço e decepcionando os amantes da saga.

Se você nunca viu O Clube das Winx, isso não será um problema para assistir a Fate: A Saga Winx, com uma construção diferenciada de mundo e de personagens, apesar das referências existentes e algumas mais precisas que outras, é uma nova história completamente à parte, de forma que até mesmo a construção dos personagens foi feita de forma muito diferenciada e muito mais dúbia, onde até mesmo os personagens principais, como as Winx, tem muito mais camadas e pontos que podemos odiar. Digamos que são personagens mais humanas, heroínas ainda, mas com defeitos como qualquer pessoa.

É importante ressaltar ainda, que a nova série surge na Netflix em um mundo em que grande parte das produções valoriza, e com razão a implementação de temas polêmicos, sociais e políticos, bem como representantes LGBTQIA+. Um pouco disso já estava presente na primeira temporada, com a presença de um trisal e de um personagem homossexual masculino, porém, a abordagem agora na segunda temporada é diferenciada, com uma das personagens principais da série se revelando também homossexual, abordando principalmente a descoberta e aceitação dela mesma e de todos ao seu redor neste fato, uma abordagem extremamente importante para o público jovem atual.

Se você era fã de O Clube das Winx, o desenho antigo, com certeza vai se encantar com a série da Netflix que está hoje em sua segunda temporada e que termina já com um gosto de quero mais para as próximas temporadas, que torcemos para a renovação.

Título Original: Fate: The Winx Saga

Direção: Brian Young, Iginio Straffi

Episódios: 7 episódios

Duração: 60 minutos.

Elenco: Abigail Cowen, Hannah van der Westhuysen, Precious Mustapha

Sinopse: Na segunda temporada de Fate: A Saga Winx, Alfea está sob o comando da rígida diretora Rosalind. Com diversos alunos da escola desaparecendo misteriosamente, Rosalind se prepara para uma guerra contra este novo e poderoso inimigo, ainda sem rosto, mas que coloca em risco todo o Outro Mundo. Em contrapartida, Bloom e as fadas colegas de quarto persistem em sabotar o mandato da diretora, começando com um plano de dentro para fora. Porém, Bloom continua em busca de desvendar seu passado e a fonte nada convencional dos poderes que possui.

Trailer:

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