Crítica: Jurassic World: Domínio (2022, de Collin Trevorrow)

A espera por Jurassic World: Domínio acabou mais cedo do que podíamos imaginar, o filme que inicialmente tinha estreia prevista para 2023, por causa da pandemia do coronavírus, teve a sua estreia antecipada para o dia 2 de junho de 2022, para a alegria da legião de fãs mundo a fora.

O filme se passa alguns anos após o desastroso final de Jurassic World: Reino Ameaçado (2018) em que diversas espécies de dinossauros conseguiram escapar pela mata chegando às grandes cidades. Logo, as expectativas para Jurassic World: Domínio eram as maiores possíveis.

Em Jurassic Park: Mundo Perdido (1997), já tínhamos acompanhado como seria um T-Rex solto na cidade grande e as consequências disso. Agora imagina vários dinossauros, várias espécies diferentes e ainda por cima espalhados pelo mundo, o que vem à mente de qualquer um é um cenário apocalíptico.

Entretanto em Jurassic World: Domínio, os dinossauros estão espalhados pelo mundo e eles estão vivendo, se reproduzindo e encontrando seu lugar, mesmo que em conflito com os seres humanos e as outras espécies. Nesse aspecto, o filme talvez falhe um pouco até porque por mais que se trate de ficção, tudo tem um limite, principalmente ao depender da abordagem escolhida. No caso de a Dominação, a abordagem escolhida é a de que os dinossauros causam alguns incômodos, mas nada muito desastroso, pelo contrário. Encara os maiores desafios fica a cargo apenas dos protagonistas, terem que enfrentar os dinossauros carnívoros e fugir deles quase que o tempo inteiro. Pelo visto eles são o prato predileto dos velociraptors.

O ENCONTRO DE GERAÇÕES

O elenco é um espetáculo à parte, além dos dinossauros e efeitos visuais, os astros roubam a cena: Chris Pratt como Owen Grady está cada vez mais invencível e lidando melhor com os dinossauros, Bryce Dallas Howard como Claire Dearing até aqui foi a personagem que teve a melhor evolução, saindo de administradora “patricinha” que só se importava com o trabalho, tornando-se uma mulher que tem um propósito, se preocupa em desfazer o mal que acabou causando com toda essa história, além de estar responsável por Maisie Lockwood (Isabella Sermon) junto com Owen. Eles agora formam uma família super fofa que vai arrancar suspiros.

Completando o elenco e roubando os holofotes ao entrarem em cena estão: Laura Dern como Ellie Sattler, Sam Neill como Allan Grant e Jeff Goldblum como Ian Malcolm, ambos antigos protagonistas do Jurassic Park (1993) e que são como astros no meio da paleontologia ou dos assuntos relacionados a criação e reprodução de dinossauros.

O GRANDE CONFLITO DESSA EDIÇÃO

Por mais que a gente seja fã dos filmes, tanto dos clássicos como dos atuais, precisamos estar atentos e com olhar técnico para destacar coisas que ficam nítidas para qualquer um que assiste os filmes da franquia. O longa-metragem é escrito e dirigido por Colin Trevorrow (diretor em Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros, 2015) com colaboração da roteirista Emily Carmichael (roteirista em Círculo de Fogo: A Revolta, 2018), eles optaram por apresentar uma realidade utópica com o intuito de trazer reflexões acerca da ganância do homem com o poder que lhe foi proporcionado a partir da ciência.

Provavelmente essa é uma abordagem um pouco pessoal de Trevorrow já que esse assunto da ganância ser algo tão forte desde o primeiro Jurassic World que também foi dirigido por ele, assim como sua participação no roteiro. Em Domínio, o espectador vai conhecer a Biosym, uma empresa global de ciência e da indústria farmacêutica, mas que esconde algo grave nos seus laboratórios do subsolo.

A relação da Biosym com os dinossauros é que eles determinaram um novo local para ser o novo santuário dos dinossauros, ao mesmo tempo em que eles usam os dinossauros para fazer pesquisas e estudos para desenvolverem remédios e possíveis curas ou tratamentos para enfermidades da humanidade, pelo menos é essa mensagem que eles vendem.

Em contrapartida surge uma espécie de gafanhoto do período cretáceo, ainda mais antigo que os dinossauros e eles se reproduzem muito rápido. Eles começam a aparecer em plantações de trigo e em outros lugares do mundo, o inseto gigante então passa ser uma ameaça em potencial para a humanidade.  

Gerando uma reflexão sobre o ponto: dinossauros espalhados pelo mundo e convivendo com seres humanos já não seriam perigosos e ameaçadores o suficiente? Eles pensam em algo ainda mais surreal e inserem no filme para que seja o novo conflito desse mais recente episódio da franquia do Mundo dos Dinossauros.

OS DINOSSAUROS DE JURASSIC WORLD: DOMÍNIO

Como o próprio diretor e roteirista Trevorrow falou recentemente em entrevistas sobre os novos dinossauros, teve dinossauro descoberto a pouco tempo e que foi tirado de manchetes de jornais e inseridos no filme. Mas a grande estrela e meio que o vilão dessa vez é o Giganotossauro, teoricamente o maior carnívoro que já existiu, seria maior até que o temido T-Rex.

Um detalhe interessante nesse longa é que veremos dinossauros diferentes, principalmente no aspecto físico, dinossauros com pelos, com penas, com características de espécies de animais que existem até os dias de hoje. Pode parecer um detalhe bobo, mas na verdade é muito importante, pois o que se sabe é que as aves descendem dos dinossauros e até onde se sabe aves não possuem carapaças ou escamas como a maioria dos dinossauros representados nas franquias de Jurassic Park e Jurassic World.  

CONCLUSÃO

O filme de um modo geral vai ser incrível para quem for ver no cinema, ainda mais que é o último da franquia. Para quem é fã dos clássicos, vai ser ainda mais incrível, porque se o conflito é desconexo, a parte heroica e a junção dos dois elencos é o que salva o filme e o torna tão divertido. Não apenas isso, mas as claras referências em ações, gestos e falas de um elenco mais maduro.

Tudo ao som da tradicional trilha de John Willians, marcando os principais acontecimentos do filme., tornando-o ainda mais emocionante e nostálgico. Portanto, apesar de pecar em alguns detalhes, principalmente no roteiro, o filme cumpre o que se propõe, mas não supera nossas expectativas, certamente por seguir a “receita de bolo” dos dois filmes anteriores, quase um CTRL+C e CTRL+V.    

Direção: Colin Trevorrow

Duração: 146 minutos

Elenco: Chirs Pratt, Bryce Dallas Howard, Laura Dern, Sam Neill, Jeff Goldblum, DeWanda Wise, Mamoudou Athie, Isabella Simon, Campbell Scott, Omar Sy

Sinopse: Em Jurassic World Domínio, sequência direta do longa de 2018, – Jurassic World: Reino Ameaçado – quatro anos após a destruição da Ilha Nublar, os dinossauros agora vivem – e caçam – ao lado de humanos em todo o mundo. Contudo, nem todos répteis consegue viver em harmonia com a espécie humana, trazendo problemas graves. Esse frágil equilíbrio remodelará o futuro e determinará, de uma vez por todas, se os seres humanos continuarão sendo os principais predadores em um planeta que agora compartilham com as criaturas mais temíveis da história em uma nova era. Os ex-funcionários do parque dos dinossauros, Claire (Bryce Dallas Howard) e Owen (Chris Pratt) se envolvem nessa problemática e buscam uma solução, contando com a ajuda dos cientistas experientes em dinossauros, que retornam dos filmes antecessores. Capítulo final da trilogia iniciada por Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros.

Trailer:

Fala pra gente, quais são suas expectativas para o filme? E se já viu conta pra gente, o que você achou?

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