Crítica: John Wick 3: Parabellum (2019, de Chad Stahelski)

John Wick 3: Parabellum mostra que John Wick nunca foi
de brincadeira. Apelidado de Baba Yaga, no português, Bicho Papão, o assassino
que todos querem matar, faz jus ao apelido que carrega e chega com os dois pés
na porta.


O longa começa exatamente da onde o segundo terminou, John e
seu cão correndo pelas ruas de Nova York, pois uma recompensa foi colocada por
sua cabeça por violar as regras do Continental. Enquanto corre, celulares de
assassinos começam a tocar e vibrar com mensagens de excomungação, mas vale
lembrar que seu amigo e gerente do Continental Winston (Ian McShane), lhe deu
uma hora de vantagem. O filme fica mais intenso com a apresentação da Juíza (Asia
Kate Dillon) da Alta Cúpula para acompanhar, fiscalizar e julgar todos os
envolvidos.


O filme entrega exatamente o que se propõe: ação. O longa possui um ritmo frenético de cenas de ação, tendo algumas pausas em momentos específicos, com muita adrenalina, muitas pessoas, muitos tiros, muito sangue, muito tudo, e é isso que faz com que esse filme seja o melhor da franquia. As cenas são muito bem feitas e o diretor não mediu esforços e jogadas de câmera para entregar lutas memoráveis como aquela entre John e Zero (Mark Dacascos).

A fotografia, ambientação e trilha contribuem muito para o
clima pesado que John enfrenta durante o filme, cada cena possui um peso, uma
lembrança, uma decisão difícil e até mesmo um arrependimento. Keanu Reeves
também contribui para isso, assim como nos outros dois filmes, suas feições são
poucas, mas além do que é mostrado, podemos sentir sua raiva, tristeza, luto e
um pouco de esperança.


Se a ação é memorável, a narrativa nem tanto. No decorrer da
trama, mais elementos da mitologia dos assassinos e do passado de John são
apresentados como a Sofia (Halle Barry), que há muito tempo pediulhe um
favor e agora se vê na obrigação de lhe pagar o mesmo. Finalmente há uma origem
do personagem, embora não seja muito detalhada, mas já está valendo. Com todas
essas novidades ainda não fica claro a mitologia da Alta Cúpula, sabe-se que a
rede Continental trabalha para eles e só, e quem a compõe. 



John Wick é focado, comprometido e com força de vontade. São
com essas palavras que eu posso resumir muito bem o terceiro filme da franquia
e dizer que claramente teremos um quarto.

Si vis pacem para bellum – Se deseja paz, prepare-se para a guerra.



Título Original: John Wick Chapter 3: Parabellum

Direção: Chad Stahelski

Duração: 131 minutos



Elenco: Keanu Reeves, Ian McShane, Asia Kate Dillon, Halle Barry, Lance Reddick, Laurence Fishburne

Sinopse: O terceiro capítulo da franquia se passa logo após os eventos de “Um Novo Dia Para Matar”, com John Wick enfrentando novos inimigos em Nova York após quebrar as regras da Alta Cúpula ao assassinar um chefe da máfia de Manhattan.
Trailer:
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