Inspirado no livro de Jennie Ronney, de mesmo nome, a história baseada em fatos reais explana sobre a vida da jovem espiã inglesa à serviço da KGB, Melita Norwood e mostra sua perspectiva sobre os acontecimentos pós guerra que influenciaram toda uma geração.
Nossa protagonista aqui ganha o nome de Joan Stanley e nos é apresentada como uma moça tímida, séria e observadora, recém chegada em Cambridge, onde é estudante de física. Num primeiro momento conhece Sonya , que é seu extremo oposto, uma jovem exuberante, apimentada e cheia de vida que não tem medo de quebrar regras e, mais do que depressa, convida a nova amiga para conhecer o grupo estudantil comunista do qual faz parte e também onde apresenta a Joan seu primo, o jovem alemão Leo Galich, por quem se apaixona perdidamente e começa a viver um romance que luta para sobreviver em um ambiente extremamente conturbado e cheio de medos, intrigas e conspiração.
Joan se mantem muito íntegra e leal aos seus próprios princípios. Não se deixa corromper, mesmo tendo uma forte ligação com Leo, conhecendo de perto todos os ideais e sofrendo muita pressão para ceder a algo que parecia tão verdadeiro a ele e a todos os que o seguiam na mesma direção. Deixa claro em todos os momentos que concorda com muita coisa, mas que não tomará partido de algo que possa desviá-la de seus objetivos.
Deste ponto em diante, os conflitos internos de Joan começam a aumentar até que se tornaram insustentáveis quando ela assiste à destruição em Hiroshima e dias depois em Nagasaki e sente uma imensa culpa quando entende que, permanecendo onde estava, poderia ser cúmplice por milhões de mortes mas, se escolhesse o outro lado, estaria traindo a própria pátria. Diante dessa nova realidade, Joan segue seu coração e decide aceitar o convite para ser uma espiã do governo Russo no Reino Unido.
A Espiã Vermelha pode não ter sido contada da maneira mais incrível, mas tem um figurino lindo e impecável que contribui muito para o contexto de cada época, além disso, possui uma diferença bem evidente na luz e na paleta de cores entre presente e passado, o que colabora essencialmente para uma fotografia de muita beleza que ainda recebe ajuda extra da paisagem natural do país.
O que você acha de adaptações de livros que trazem histórias reais?