OS TEMORES POLÍTICOS DO CINEASTA E CIDADÃO FEDERICO FELLINI

Fellini exacerba sua vocação à alegoria em Ensaio de orquestra. Dentre todos os seus filmes este é o mais didático, provocador e politicamente comprometido. Seu compasso é marcado pelo pessimismo e pela irreverência. A exposição tem a concisão característica dos manifestos. É um instantâneo estruturado como pesadelo. O cineasta demonstra preocupação com os graves problemas que assombravam e punham em xeque a democracia italiana no momento da realização. Também é obra que se abre a outras interpretações.






Ensaio de orquestra
Prova d’orchestra

Direção:
Federico Fellini

Produção:
Raffaele Forti

RAI, Daimo Cinematográfica S. P. A, Cine Roma (Roma), Albatros Produktion GmbN (Mônaco)

Itália, Mônaco – 1979

Elenco: Balduin Baas, Clara Colosimo, Elizabeth Labi, Ronaldo Bonacchi, Elizabeth Sueb, Ferdinando Villela, Andy Miller, Franco Mazzieri, Claudio Ciocca, Giovanni Javarone, David Maushell, Francesco Aluigi, Sibyl Moster, Daniele Pagani, Luigi Uzzo, Cesare Martignoni, Umberto Zuanelli, Filippo Trincia, Angelica Hansen, Heinz Kreuger, Federico Fellini.

Federico Fellini estreou no cinema em 1939, como criador de piadas para as comédias de Mário Mattoli. Posteriormente, tornou-se argumentista, roteirista, assistente de direção e ator. Trabalhou com diretores renomados: Roberto Rosselini, Alberto Lattuada, Pietro Germi e Lugi Comencini. Passou à realização em 1950, com Mulheres e luzes (Luci del varietà), dividindo a atividade com Lattuada.

Ensaio de orquestra é o décimo-nono título do realizador Fellini. Sucede a Casanova de Fellini (Il Casanova di Federico Fellini, 1976) e surge em meio a uma paralisação nas filmagens de A cidade das mulheres (La città delle donne, 1980). Despendeu 16 dias na rodagem e duas semanas na finalização, verdadeiro recorde se comparado aos períodos maiores que o cineasta levou para conceber, maturar e concluir outros filmes. É a última colaboração de Nino Rota com Fellini. O músico — a quem o filme é dedicado — faleceu pouco antes do encerramento da produção. Suas sonoridades marcam presença na felliniana desde Abismo de um sonho (Lo sceicco bianco, 1952). Ausentaram-se apenas do episódio de L’amore in città.

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