Um Amor, Mil Casamentosé um filme de Dean Craig, conhecido por dirigir principalmente comédias românticas como Depois dos 30 e Morte no Funeral. O filme estreou em abril na plataforma da Netflix e em sua primeira semana já chegou ao top 10 do streaming .
O longa, baseado no filme Plane de Table, da cineasta francesa Christelle Raynal, atrai ao público por principalmente contar com a presença do famoso Sam Claflin, conhecido por filmes como Como Eu Era Antes de Você, a série Peaky Blinders e Simplesmente Acontece. O longa ainda promete uma história de drama e comédia, com um misto de romance e voltas e mais voltas no tempo que atraem os amantes do gênero de ficção e fantasia.
A trama gira em torno de Jack no dia do casamento de sua irmã, no qual ele fica responsável por tornar o dia dela o mais perfeito possível. O que ele não esperava apenas era uma série de problemas inconvenientes e simplesmente complicados em seu caminho.
Desde o início, a história já começa mostrando a possível má sorte de Jack, em que se for se deixar levar pelo acaso, nada dará certo. De forma que o protagonista passa todo o resto do filme tentando consertar um problema que surge na primeira cena do longa, ao mesmo tempo que lida com sua irmã, uma noiva completamente nervosa e com um casamento muito complicado pela frente, devido a seus diferenciados convidados.
Quanto a direção e direção de atores, a maioria dos personagens não são bem trabalhados, de forma que a noiva por exemplo, apesar de ter grande tempo de tela, não nos revela nada além do fato de ser uma pessoa completamente nervosa, neurótica, inconsequente e tentando ser feliz no dia de seu casamento. A maioria dos problemas do dia de Jack surgem justamente por causa da personalidade dos coadjuvantes convidados do casamento, alguns ao longo da trama descobrimos mais algumas facetas, outros, ficam tão rasos e criam problemas tão dispensáveis como no início do filme.
Um aspecto que se destaca e que traz uma harmonia importante no filme é a trilha sonora, com músicas como La Nostra Favola e Sotter Cela de Romaque trazem um clima todo especial ao filme, que envolve ao público, fator que também é evidenciado pelo casamento se passar na Itália, onde foi gravado.
A lição sobre o acaso por sua vez e a implantação das voltas no tempo são apresentadas aos espectadores a partir de uma narração, que começa desde a primeira cena do filme, até a primeira e única volta no tempo, fator mais uma vez decepcionante para quem esperava mais reviravoltas na trama. Apesar de outras opções nos serem mostradas, estas aparecem apenas como um clipe de imagens onde o público deve fazer suas próprias suposições do que aconteceu ou não.
Este acaso, por sua vez, é permeado somente pela posição em que as pessoas se sentam a mesa no dia do casamento e é impressionante como isso já muda tudo, nos remetendo a um efeito parecido com o que encontramos em O Efeito Borboleta e Feitiço do Tempo.
Como filme de comédia romântica, infelizmente não pode ser considerado um dos melhores. Apesar de ser permeado de situações complicadas e dignas de vergonha alheia, as quais são capazes de arrancar alguns risos e sorrisos, o filme não convence e não cativa.
Chegamos ao final do longa com um final feliz típico do gênero, com o próprio Jack transformado para melhor apenas na penúltima cena, com personagens que ficam com um final não definido ou com um final positivo extremamente forçado. Claro que pela diversão o filme vale a pena e tem cenas que agradam, mas para os amantes do gênero, não é a melhor escolha.
Um Amor, Mil Casamentos está disponível hoje na Netflix.
Título Original:Love Wedding Repeat
Direção: Dean Craig
Duração: 100 minutos
Elenco: Sam Claflin, Olivia Munn, Eleanor Tomlinson
Sinopse: Um Amor, Mil Casamentos apresenta diferentes versões de um mesmo dia que se repetem para Jack. Ele terá de lidar com diversas confusões com uma ex-namorada, seu melhor amigo, um convidado com um segredo e um romance em potencial na festa de casamento de sua irmã.
Trailer:
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