Especial: Filmes de Natal – Parte 1

Em clima natalino, o Minha Visão do Cinema decidiu fazer uma lista de filmes com a temática para ajudar você, caro(a) leitor(a), na hora de escolher o que assistir. Dividido em três partes, o Especial de Natal traz, nessa primeira, comentários da equipe a respeito dos filmes escolhidos, dos mais antigos aos mais recentes, sejam eles de terror, comédia, romance ou animação. Esperamos que gostem dessa seleção!

Noite do Terror (1974, de Bob Clark)

Comentado por Leonardo Costa



Minha dica foge do comum para filmes passados nessa época. Noite do Terror é um suspense psicológico baseado em crimes reais ocorridos no Canadá, muito acima da média, é sério e denso, de passar calafrios. Na noite de Natal, uma fraternidade de meninas passa a receber trotes telefônicos obscenos. Logo, elas descobrirão que podem não estar sozinhas. O diretor consegue fazer um filme pé-no-chão, onde mostra-se muito pouco do terror, ficando mais implícito e por horas, fica a dúvida de se tudo não se trata de paranoia. Há uma ótima atmosfera de que algo está errado e por mais que comece lento, logo o filme emplaca a proposta. 


É um ótimo exemplar dos anos 70, melhor década para os filmes de terror mais sóbrios e sérios. Bem dirigido por Bob Clark e atuado pelas jovens, o filme abriu caminho para diversas obras de terror que se passam nesse feriado natalino, inclusive a longa franquia classe B, Natal Sangrento. Também tivemos um remake lançado em 2006, até que divertido, porém mais puxado pro terror slasher padrão, estilo Pânico. Nesse Natal de 2019, a produtora BlumHouse lançará uma nova versão, puxada para uma pegada feminista, o que de certo modo fará uma “justiça poética” ao filme original, colocando jovens moças vulneráveis em uma situação de poder. Até lá, fique com o original Noite do Terror de 1974, um dos pioneiros do terror slasher, que tanto fez sucesso nos anos 70/80.

O Especial de Natal de Star Wars (1978, de Steve Binder)

Comentado por Antonio Gustavo


The Star Wars Holiday Special foi um programa lançado para TV entre os episódios IV e V da franquia, mesmo não contando com direção de George Lucas, conta com pequenas participações dos atores principais da saga e algumas surpresas. Na história, Chewbacca precisa escapar do império para poder celebrar o Dia da Vida com sua família. Curiosamente, o especial foi lançado para celebrar o Dia de Ação de Graças, mas acabou mais conhecido como especial de Natal, com o próprio Lucas se referindo ao próprio assim.

Tirando que é a primeira vez que conhecemos a família de Chewie, o especial não tem muito à oferecer além disso, o roteiro, as atuações, o humor, tudo é ruim, nem os efeitos visuais se salvam, sem falar na vergonha alheia que são os números musicais. Holiday Special é um capítulo da franquia que a LucasFilm tenta esquecer e, realmente merece, mas de tão ruim que é, ainda consegue ser divertido, ao menos para os fãs da franquia, ou nessa época de hype antes de A Ascenção Skywalker e próximo do Natal.




Operação Presente (2011, de Sarah Smith)

Comentado por Ettore Migliorança



O estúdio de animação Aardman, lar de filmes famosos como Wallace & Gromit e A Fuga das Galinhas, ficou conhecido por fazer filme de animação stop-motion, mas de vez em quando se aventura no universo da animação 3D, e em parceria com a Sony Pictures Animation, de Tá Chovendo Hambúrguer e Homem-Aranha no Aranhaverso, lançou em 2011 a animação natalina Operação Presente, que através de uma interpretação criativa de explicar como o Papai Noel consegue entregar 2 bilhões de presentes numa única noite, entrega uma espirituosa história sobre tradições e significados profundos sobre o espírito natalino num mundo atual de tecnologia e pensamentos materiais. Nesse feriado tão especial, tudo isso é encabeçado no humor britânico clássico do estúdio.

O Grinch (2000, de Ron Howard)

Comentado por Pedro Blattner



Ron Howard trouxe para as telonas em 2000, a adaptação do clássico livro infantil, Como o Como Grinch Roubou o Natal, escrito por Dr. Seuss, de 1957, estrelado por um inspiradíssimo Jim Carrey.

O livro conta com pouco menos de 40 páginas, por conta disso, os roteiristas tiveram que criar e acrescentar passagens e acontecimentos para que a obra tivesse uma duração que o classificasse como longa-metragem. A trama acompanha Grinch em sua jornada para tentar destruir o natal, buscando sua vingança contra a cidade que o rejeitou.

O filme é voltado para o público infantil, mas os adultos também conseguem se divertir com o show que o Jim Carrey proporciona sempre que está em cena. A direção de arte merece elogios por conseguir dar vida a uma vila fabulosa, tudo funciona organicamente, o caos causado pela procura de presentes para comemorar o natal é completamente crível. Merecidamente o longa ganhou o Oscar de Melhor Maquiagem, com indicações para direção de arte e figurino.

O Grinch é um grande exemplo de filme que envelheceu bem, o humor funciona, o roteiro convence, o belíssimo cuidado com os detalhes da cidade, dos figurinos e dos personagens impressiona até hoje. E para completar temos Jim Carrey impecável como o rabugento Grinch.

Uma obra que merece ser vista e revista.

O Grinch (2018, de Yarrow Cheney e outros)

Comentado por Caroline Oliveira



O Grinch é um longa de animação lançado em 2018, dirigido por Scott Mosier e Yarrow Cheney, como uma readaptação do longa live-action dos anos 2000 e evidentemente com referências do conto Como Grinch Roubou o Natal de 1957. Em O Grinch, nos deparamos com um ser verde e rabugento que odeia o Natal, mas que tem lá sua graça, muito diferente do filme de 2000 que colocava o protagonista como assustador. Neste filme, nos deparamos com o vilão e protagonista solitário, em seu ódio pelo período do natal e sua decisão de roubá-lo da cidade. Para quem busca um filme natalino para rir e alegrar o coração desta época, deixo minha recomendação, pois é um filme que traz para todos a humanidade até dos vilões, traz as perspectivas de vida de diversos personagens da trama, além de também ir nos apresentando as características do Grinch, muitas vezes não pelo método convencional, mas por um narrador observador, que nos conta toda a história do personagem. 


Além disso, a trama gira em torno de não apenas um, mas de dois arcos narrativos, a evidente do protagonista Grinch que trata principalmente de solidão, mas também a da encantadora e inteligente menininha Cindy Lou Who, que também traz lições como solidariedade e valorização e que colocam um sorriso no rosto, seja das crianças, seja das mães de família que se identificam com as travessuras da garotinha. Corra para rir e se emocionar com a animação, você pode se surpreender e e já entrar no espírito do natal.

Esqueceram de Mim (1990, de Chris Columbus)

Comentado por Karoline Melo



Esqueceram de Mim é um dos filmes mais lembrados nessa época do ano. O clássico natalino conta a história do levado Kevin McCallister, um garoto de oito anos que foi esquecido em casa pela família durante a viagem de Natal. Sozinho, ele precisa proteger sua casa de dois ladrões que estão tentando invadi-la enquanto aguarda seus pais voltarem de Paris. A comédia dirigida por Chris Columbus ganhou diversas sequências, todavia o primeiro e o segundo filme, ambos com Macaulay Culkin no papel principal, são os mais aclamados pelo público. Como muitos filmes dessa temática, Esqueceram de Mim faz do tipo despretensioso que promete arrancar gargalhadas. O tipo de comédia que ele apresenta pode não ser do agrado de todos, mas mesmo quem não curte muito o gênero por parecer um pouco “forçado” pode se divertir bastante. É um clássico que vale assistir e reassistir, principalmente no Natal.

Os Fantasmas de Scrooge (2009, de Robert Zemeckis)

Comentado por Natália Joaquim



Os Fantasmas de Scrooge tem tudo que um filme de Natal precisa: muitas questões sobre a moral e redenção. A animação de 2009 conta com grandes nomes como Jim Carrey, Gary Oldman e Colin Firth e conta a história de Ebenezier Scrooge, um senhor amargo e muito rico que vive de maneira mesquinha e trata todos ao seu redor com desdenho, inclusive seus empregados e sua própria família. Durante a noite, na véspera de Natal, Scrooge é visitado pelos fantasmas do Natal Passado, Presente e Futuro, que mostram como era seu passado e passamos a entender um pouco mais sobre sua vida e os outros dois o que acontecerá caso ele não mude suas atitudes. A mensagem que ele recebe é clara, bonita e ao mesmo tempo assustadora o suficiente para fazê-lo repensar em todas as coisas que ele fazia as pessoas ao seu redor passarem.


Apesar de a história não ser nova, devo dizer que é um dos meus preferidos e que não me canso de sua história.


“Eu estava cego, eu não enxergava a minha própria vida desperdiçando as poucas alegrias que ela podia me dar.”

O Amor Não Tira Férias (2006, de Nancy Meyers)

Comentado por Yago Tanaka 


O tão falado espírito natalino existe e grande parte das pessoas ficam mais otimistas e esperançosas nessa época do ano, que é tão comemorada em vários lugares do mundo. O Natal tem muito em comum com as comédias românticas, que tem por essência um clímax leve, romântico e positivo.

Em O Amor Não Tirá Férias, duas mulheres, em dois países distantes, com vidas diferentes e problemas amorosos, encontram um site que proporciona a troca de moradia. Ambas cansadas de suas vidas, resolvem uma ir para a casa da outra por uns dias e passar um Natal diferente.


Embora a premissa não seja inovadora, o elenco principal é extremamente carismático e o roteiro bem escrito de Nancy Meyers são qualidades que valem a pena a indicação. É aquele comfort movie para ver com a família, com os amigos e com aquele amor.
Gostou da lista? Não se esqueça de contar pra gente quais filmes fazem o seu Natal! Boas festas 🙂

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