Especial: Meu Amigo Secreto MVDC #5

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Como vocês, os amantes de cinema mais antenados já devem estar sabendo, o MVDC fez um amigo secreto de filmes, em que cada um dos colaboradores do site fez uma indicação de um filme que gosta para seu amigo secreto, e o meu é o Léo Costa, que escolheu o filme Sonata
de Outono
, de 1978, do diretor Ingmar Bergman.



Sonata
de Outono
é um filme sueco, de 1978,
dirigido por Ingmar Bergman, em seu ano de produção, o filme teve tamanha
repercussão que foi indicado ao Oscar de Melhor Atriz para Ingrid Bergman e de Melhor Roteiro para o próprio diretor, além disso, também foi ganhador de
diversos outros prêmios, como por exemplo o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.


Ingmar Bergman foi um dramaturgo e
cineasta sueco, tendo em sua filmografia filmes importantes na história do
cinema, como por exemplo Persona, O
Sétimo Selo, Gritos e Sussuros, Fanny e Alexander
e Cenas de um Casamento.
Alguns dos temas principais de seus projetos era o estudo psicológico dos
personagens e de suas famílias disfuncionais, e em Sonata de Outono isto não é diferente.




Sonata
de Outono
conta a história de
Charlotte e Eva, mãe e filhas que após 7 anos separadas se reencontram, um
reencontro que é marcado por um passado turbulento de uma mãe ausente, uma das
filhas com problemas mentais e Eva com uma vida completamente diferente da que
queria para si.


O longa que já se inicia nos
apresentando os créditos e logo em seguida uma quebra da quarta parede, em que
o personagem conversa com a câmera, já nos mostra o ritmo lento do filme, em
que todo o filme se passa em um único ambiente, salvo os flashbacks
apresentados e com uma trama que se desenvolve principalmente através dos
diálogos, criados de tal forma que conseguem nos prender a atenção todo o
tempo.


É inegável, que grande parte da
construção do filme só é considerada de qualidade tamanha devido a atuação
impecável dos atores, seja de Charlotte, interpretada por Ingrid Bergman, de Eva, interpretada por Liv Ullmann, ou de Lena Nyman,
 que deu vida a uma jovem garota com
problemas mentais de forma fascinante. Charlotte e Eva que podem ser consideradas as protagonistas da trama, carregam o filme com
seus semblantes realistas e suas falas duras para qualquer um que as ouça.

A fotografia e a arte da época também
estão impecáveis, é impossível não notar durante o filme, os enquadramentos
minuciosos que nos trazem um pequeno suspense ou que nos transmitem a emoção
das personagens. Além disso, um destaque para os enquadramentos realizados nas
cenas de flashback, que feitos com planos mais abertos, nos transmitem para a
cena como se tivéssemos vendo uma pintura ou uma fotografia ganhar vida diante
de nossos olhos.


Os diálogos presentes por sua vez, foram
o que mais chamaram a atenção, construídos pelo roteirista de forma que grande
parte da trama é um monólogo individual dos personagens feito de forma poética,
e que nos apresenta o que sentem, o que pensam, o que planejam, e
principalmente, nos transporta em uma viagem para seu próprio passado em seus
pontos de vista, de forma que assim como as dificuldades desse passado são
apresentadas ora por cada uma das protagonistas, ora o espectador também se vê
concordando ou discordando junto delas, sofrendo e se emocionando junto delas,
ouvindo coisas que dificilmente poderiam ser mais difíceis de ser ouvidas por
alguém em seu lugar.




E o desfecho dessa trama também não
poderia ficar de fora, a resolução das personagens e a forma como passamos a
ver estas protagonistas que evoluem tanto durante a trama de forma a
surpreender e emocionar cada vez mais o espectador, é fascinante, de forma que
quando chega ao final, a curiosidade pela vida dessa família complicada, não
foi completamente saciada.


E como todo bom filme de Ingmar Bergman,
este não deixa de provocar uma reflexão, e como sempre, muito pessoal e
psicológica, assim como seus outros filmes. Em
Sonata de Outono, nos deparamos com a relação de mãe e filha, os
simbolismos presentes em todas as cenas pelos diálogos poéticos e pela dor que
só vamos entender o porquê de existir ao longo da história, enquanto o diretor
abre a alma das personagens bem na nossa frente e no faz encarar aquela
situação em nossas próprias vidas, quer tenhamos passado por algo remotamente
parecido, quer não.

Sonata
de Outono
é um filme sobre amor, e para todos os amantes de sua família e
de boas relações humanas, um filme que não pode ficar de fora da sua vida.




O longa está disponível no Telecine
Play, corra assistir, e “Que não seja tarde demais, a oportunidade que temos de
cuidar uns dos outros”



Título
Original:
  Herbstsonat


Direção:  Ingmar Bergman

Duração:  94 minutos






Elenco:  Ingrid Bergman, Liv Ullmann, Lena Nyman





Sinopse: Após ter sido uma mãe ausente por anos, Charlotte
(Ingrid Bergman), uma renomada pianista, vai até a casa de sua filha Eva (Liv
Ullmann) para lhe fazer uma visita. Ela se surpreende ao encontrar sua outra
filha, Helena (Lena Nyman), que tem problemas mentais. Eva tirou Helena da
instituição que Charlotte a havia internado para cuidar dela em casa. A tensão
entre mãe e filha começa a crescer devagar até elas colocarem tudo em panos
limpos, dizendo tudo que sempre gostariam de dizer.

Trailer:



E ai, gostaram da crítica e da indicação do Léo?  🙂
Não percam o próximo amigo secreto do MVDC, quem será que o Léo tirou?

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