Crítica: Slasher: Solstício – 3ª temporada (2019, de Adam MacDonald)


Depois de uma segunda temporada bem bacana, Slasher volta com uma nova temporada na Netflix. Novamente a série promete comoção e muita diversão para os fãs do gênero. Sempre é importante lembrar que se trata de uma série antológica, ou seja, não existe nenhuma ligação entre uma temporada e outra. Mas, chega mais, vamos falar sobre essa nova temporada!

Diferente das últimas temporadas, a proposta é um pouco diferente. Ela procura consagrar-se através de discussões sobre temas atuais, como o preconceito e a intolerância e além disso trata da internet e seus perigos principalmente quando o “discurso de ódio” é aplicado. 

Através de flashbacks o público é convidado a conhecer um pouco de cada personagem desse prédio. Dentre eles, existe a muçulmana, a família “principal” da série que consiste em dois filhos negros e sua madrasta, o branco que acredita em racismo reverso, uma blogueira que faz sua fama na tristeza de acontecimentos bárbaros do prédio, o marido da blogueira, que tem uma relacionamento homoafeativo com um rapaz do prédio, um pai solteiro com uma filha promíscua, um marido que agride a esposa, e por fim, uma assexual e um dono de café prepotente e arrogante. Além disso, conta com personagens secundários, mas que possuem a sua devida importância.  O que funde toda a história é a diversidade dos personagens com uma característica bem comum: praticamente todos são pessoas ruins, ou seja, são alvos fáceis do vilão.




Quando Kit (Robert Cormier), um morador do prédio conhecido por relações problemáticas entre os inquilinos principalmente por sua rotina imoral é morto e durante seu assassinato ninguém se propõe a ajudá-lo já fica evidente a falta de empatia dos moradores. Tudo começa a piorar quando uma moradora do prédio, tira sarro do acontecimento numa rede social, declarando que a vítima “teve o que merecia”. Logo isso virá à tona, e sua vida e de sua família é atormentada por todos. 


Esse massacre ocorrido  um ano atrás, desencadeia um velho mistério. O vilão chamado de “Druida” não foi encontrado e ele ataca novamente. Os mesmos flashbacks citados anteriormente são mostrados constantemente e em diferentes linhas temporais, o que faz com que a série não fique cansativa e transborde curiosidade para a busca de esclarecer quem é o assassino. 


Mas, o que realmente chama atenção e os fãs do subgênero vão com certeza amar, são as mortes horripilantes, com presença de um gore desenfreado, mantendo essa estética e consistência em toda a temporada. Ou seja, a direção de arte, mandou muito bem. 

Com isso, é nos episódios finais, que temos o ápice dos melhores momentos da série. Você com certeza deve ter tentado adivinhar quem seria o suposto serial killer, mas, nunca tem com total convicção de quem é ele. Nesse final, ele é exposto, e você tem um grande surpresa. 


Por consequências, Slasher vive sua melhor temporada desde que foi lançado. A evolução na série é iminente, até por questões de complexidade narrativa onde encontra-se o existencialismo de personagens superficiais com vidas problemáticas e um sofrimento constante, trabalhando-se assim, assuntos bem sensíveis, o que até agora não havia ocorrido na produção. Todos esses elementos elevam a série a um novo patamar, mas sem esquecer de suas origens.  E sim, meus caros, o gênero tão amado está mais vivo que nunca!!

Título Original: Slasher: Solstice


Direção: Adam MacDonald

Episódios: 8

Duração: 45 minutos

Elenco: Baraka Rahmani, Paula Bracanti, Lisa Berry, Salvatore Antonio, Dean McDermott, Gabriel Darku, Rosie Simon, Joanne Vannicola, Robert Cormier, Mercedes Morris. 

Sinopse: Um assassino conhecido como “O Druida” procura se vingar das únicas testemunhas de um dos seus crimes em um complexo de apartamentos. 
Trailer: 

Quais são suas considerações sobre essa temporada? Continue seguindo nosso blog. 

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