Crítica: Fúria em Alto Mar (2019, Donovan Marsh)


Mais um filme de ação que venho apresentar para vocês e olha que nem é meu gênero favorito, porém insisto em ver por vários motivos. Um, passar o tempo; dois, tentar achar algumas boas surpresas como: O Passageiro, Desejo de Matar e Missão Impossível: Efeito Fallout. De fato esse entra em um meio termo. Vamos a alguns pontos importantes antes de falar do filme em si.

O roteiro é muito bem escrito, tem alguma profundidade e surpreende pela execução. Não é tão clichê como eu estava esperando e é agradável de se ver pelo simples fato de não tentar copiar os filmes que, de certa forma, já estão batidos. Por ser um filme onde, o submarino é a grande máquina de guerra e tudo basicamente acontecer debaixo d’água, nos dá uma nova perspectiva em relação à guerra que está para acontecer. Aparentemente os EUA são os únicos capazes de evitar a Terceira Guerra Mundial. Quem diria! Vamos para o filme agora.

Tudo indica que a Guerra Fria ainda tem muito pano para manga, a Rússia continua sendo o inimigo número 1 da América e isso fica claro no filme, temos três vertentes acontecendo a um mesmo momento, vou tentar ser breve para evitar spoilers.

Então, digamos que você está numa missão em um submarino e inesperadamente, é atacado por russos. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu, por isso, é enviado outro submarino ao local, onde o Capitão Joe Glass (Gerard Butler) – carinha carimbada em filmes de ação, inclusive segue a parceria dos produtores de Invasão à Casa Branca – descobre que algo muito errado está acontecendo. Rapidamente o alto escalão da Casa Branca é informado mas não antes de algumas pessoas serem enviadas à uma missão não autorizada.

É aí que entra a segunda parte do filme, um grupo pequeno de soldados é enviado à uma base na Rússia para servir de olhos e descobrem algo que vai muito além do esperado, então temos a terceira parte dessa história, o lado dos russos.


Quando finalmente temos um quadro geral desse quebra-cabeças, o filme se baseia em uma coisa: manter as pessoas dentro desse submarino vivas.

Como eu disse antes, apesar de alguns clichês como Rússia e EUA entrando em guerra, o filme tenta de alguma forma desconstruir essa imagem, mostrando que às vezes o inimigo pode ser sim seu amigo em tempos de crise. Não temos grandes atuações mas o que vemos é concreto e compatível com a necessidade imposta no filme.


Temos de quebra Gary Oldman no filme que, aparece inegavelmente para fazer o papel do militar burro e desesperado, mais um desperdício, o ator inclusive insiste em fazer filmes um tanto quanto desnecessários.

Em todo caso, o filme tenta nos mostrar o valor da honra e que nem tudo se resolve com tiro, apesar de ser bem necessário em alguns momentos. É um filme que funciona e pode parecer até claustrofóbico a princípio, mas que com o passar do tempo, isso se torna um detalhe.





Título Original: Hunter Killer

Direção: Donovan Marsh

Duração: 121 minutos

Elenco: Common, Gary Oldman, Gerard Butler, Adam James, Caroline Goodall, Michael Nyqvist, Linda Cardellini

Sinopse: Em meio a conflitos entre EUA e Rússia, submarinos de ataque nuclear altamente sofisticados rondam as profundezas do Oceano Ártico. Quando o presidente russo é capturado por inimigos, o capitão Joe Glass (Gerard Butler), se une a um grupo de elite da Marinha norte-americana para tentar salvá-lo. Agora, americanos e russos devem trabalhar juntos para impedir que uma Terceira Guerra Mundial se inicie.



Trailer:
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