Crítica: Sobrenatural – 13º Temporada (2017, Amanda Tapping e outros)

Graças a Deus ou ao Chuck, finalmente a série entrou nos eixos dos bons e velhos tempos de seriado. Se você é team “devia ter terminado na 5ª temporada”, mas continuou assistindo, saiba que você viveu para ver uma temporada maravilhosa! 

Não me entenda mal, mas Supernatural estava vivendo num limbo de temporadas soltas e sem sentido que só chegava na ação de fato nos últimos episódios, fazendo um ciclo de curiosidade crescer em torno da nova temporada. Tivemos tudo o que a série precisava para voltar a ser grande novamente: uma história amarrada, personagens novos que agregaram à história e não simplesmente estavam de passagem, a volta do melhor vilão de todos no ator original e mais. Confira o que achamos do 13º ano da série. 

Mas cuidado! Pode ter alguns SPOILERS!

A série começa a mudar quando dá um foco maior ao elenco feminino, boatos que um spin-off sairia em breve mostrando o dia a dia das caçadoras, porém até agora nada confirmado. Em todo caso, o episódio veio para mostrar a força que essas mulheres tem e que sim, um spin-off não seria de todo mal. A interação das atrizes é boa e tenta preservar o lado família e todas as diferenças que temos que “aturar”. Como fã raiz da série, que assistia a ela no SBT, para vocês terem uma ideia, ver esses novos ares da série me deu uma imensa satisfação. A temporada começa no exato momento que termina, o que por si só já é novidade, e com assuntos quase inéditos. O nascimento de um nefilim (filho de um arcanjo com uma humana) e o aparecimento de um portal para um universo paralelo, onde Mary Winchester (Samantha Smith) corajosamente se joga com Lúcifer (Mark Pellegrino) para salvar seus filhos e a Terra.

 
Mark Pellegrino é um deleite para meus olhos. Muitos tentaram fazer o personagem funcionar durante os anos, mas Mark foi o melhor até hoje. Debochado, irônico, sarcástico e genuinamente maldoso, é de longe o melhor vilão que a série já teve. Ao descobrir que seria pai, algo estranho acontece com esse arcanjo, que, particularmente já viu de tudo. Aparentemente seu instinto paterno é ativado e começa uma caçada para encontrar seu filho, que até o momento está nas mãos dos Winchester, sob os cuidados principalmente de Castiel (Misha Collins) que desenvolveu uma grande empatia pela mãe do bebê.

Tendo que lidar novamente com a perda da mãe, Dean (Jensen Ackles) entra em luto ao mesmo tempo que precisa lidar com o filho do anticristo, acreditando piamente que nada de bom pode sair dessa criança. Em contrapartida, Sam (Jared Padaleck) e Castiel tentam educá-lo para o bem, dando uma chance de escolha para o garoto, que agora, não é mais uma criança, já que ele instantaneamente virou um adolescente.

Jack (Alexander Calvert) não tem a mínima noção dos seus poderes e como ele pode controlá-los, por isso muita coisa estranha acontece quando ele se irrita ou se entristece, sua consciência é capaz de lembrar de sua mãe, falando com ele na barriga, para que ele fosse bom e não seguir o que seu pai diz, por outro lado, ele sabe de quem é filho e tem medo de deixar se levar, acabando por dar razão ao medo de Dean. Mas aos poucos percebemos que ele é capaz de lidar sozinho com toda a pressão, e ao se sentir culpado pela suposta morte de Mary, ele reabre o portal para procurá-la; então temos duas vertentes na série, o universo onde estamos e as aventuras, por assim dizer, de Mary, Lúcifer e Jack na realidade alternativa. O interessante disso tudo é que, nada é perdido, pois todas as histórias se juntam em determinado momento.

E claro que eu não podia deixar de mencionar o crossover épico entre Supernatural e Scooby-Doo, que por incrível que pareça, foi muito melhor do que eu imaginava. O episódio foi sangrento, com fantasmas reais e violento, muito diferente do que a turma do Salsicha estava acostumado, mas graças aos irmãos Winchester, tudo voltou aos eixos. 

Não vou entrar em detalhes, mas tivemos uma temporada incrível e com um final de tirar o fôlego. A série foca no que ela sabe ser boa: a irmandade, a audácia em criar e revirar histórias que aparentemente já tinham sido aproveitadas e principalmente mostrar que todos tem um lado bom, apesar de todo o mal que nos cerca.

Título Original: Supernatural 

Direção: Amanda Tapping, Amyn Kaderali, Eduardo Sánchez, John Badham, John F. Showalter, Nina Lopez-Corrado, Philip Sgriccia, P.J. Pesce, Richard Speight Jr., Robert Singer, Thomas J. Wright

Episódios: 23

Duração: 44 minutos


Elenco: Alexander Calvert, Jared Padalecki, Jensen Ackles, Misha Collins, David Haydn-Jones, Mark Pellegrino, Samantha Smith

Sinopse: Desde que era pequeno, Sam Winchester (Jared Padalecki) tentava escapar do próprio passsado. Após a misteriosa morte de Mary (Samantha Smith), o pai de Sam passou a procurar vingança contra as forças do mal que mataram a esposa, destruindo qualquer ser maligno que cruze o seu caminho. Ao contrário de Sam, Dean (Jensen Ackles), irmão mais velho, sempre quis seguir os passos do pai. Sam está determinado a se livrar do “negócio da família”, mas sua vida está prestes a tomar os rumos que ele não desejava, quando ele fica sem escolhas a não ser unir-se ao irmão.

Trailer:
E vocês, gostaram da temporada?

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