Crítica: O Exorcista – 1ª Temporada (2016, Craig Zisk e outros)

Não sei nem dizer o quanto fiquei empolgada com a notícia de que a FOX faria uma série baseada – de certa forma – no filme O Exorcista. Pensei que finalmente teríamos uma série de terror à altura e que colocaria ela entre as melhores do ano. Quer saber se foi mesmo? Se vale a pena assistir? Então vem conferir o que achamos!



Costumo dizer que as melhores partes, tanto de filmes como em séries, são mostradas nos trailers da vida e infelizmente O Exorcista não foge da regra. Não vou dizer que foi de todo ruim o seriado, porque não foi. 






Logo de cara somos apresentados à uma família que acaba de sofrer dois sérios problemas, primeiro Henry Race (Alan Ruck) sofre um acidente que o deixa com sequelas de memória e depois, sua filha Kat (Brianne Howey) numa batida carro, aparentemente acaba com sua carreira de bailarina. No meio disso tudo, temos a matriarca Angela Race (Geena Davis), que lida com os problemas enquanto se desdobra para trabalhar e cuidar de todos; e sua outra filha, Casey (Hannah Kasulka), que até aí não parece ser a ovelha negra da família. Todos muito católicos e assíduos participantes da igreja onde o Padre Tomas (Alfonso Herrera, ”Rebelde”) é o responsável.




Mas logo tudo começa a desmoronar para Angela, que jura que sua filha está sendo possuída por um Demônio. Ainda sem acreditar nela, o Padre Tomas vai até sua casa para conversar com suas filhas e ver até onde isso é verdade ou não. Para sua grande surpresa, Angela estava certa.



Sem saber o que fazer, o padre recebe uma dica e vai procurar o Padre Marcus (Ben Daniels), um homem recluso e de poucos amigos, que aparentemente perdeu a fé em Deus após um exorcismo dar errado. Percebemos aqui duas grandes personalidades em conflito: a de Tomas, que parece ser benevolente e calmo, sempre gentil com os outros, vindo de uma paróquia pequena mas que no fundo, parece esconder algo; e Marcus, um homem triste e solitário, que já viu o fundo do precipício. Entretanto, ambos acabam juntando esforços para ajudar a família Race. E é ai que começam as divergências no seriado. 

Acredito que se você está com um ente querido possuído certamente estaria numa situação muito difícil, mas os atores deixaram a desejar ao tentar transmitir isso ao telespectador. Não houve aprofundamento nas atuações – a meu ver -. O drama familiar parecia sempre superficial sem mostrar realmente a fundo as emoções encaradas. Como se fosse um arranhão em um grande iceberg. Tanto que, se alguns personagens não existissem, não iriam fazer a menor falta. 
Não vou mentir, tem alguns episódios que a gente pensa ”nossa, vou até acender a luz para não assistir no escuro”, entretanto, em um seriado de 10 episódios quatro serem desse ”nipe”, não é o bastante. Os efeitos especiais estão ok. Nada de mais em fazer cadeiras voarem e pessoas levitarem. Porém a maquiagem foi muito bem feita e passava bastante realismo. Mesmo com um episódio final relativamente bom e com seus personagens finalmente se aceitando e se encontrando – observação especial para a luta interna entre o Padre Tomas e ”seus demônios” – a série deixa muito a desejar no quesito atuação e enredo. Mas como eu disse, não é de todo ruim. Porém, não passa disso, infelizmente.


Título Original: The Exorcist

Direção: Bill Johnson (IV), Craig Zisk, Jason Ensler, Jennifer Phang, Michael Nankin, Rupert Wyatt, Tinge Krishnan.


Elenco: Alfonso Herrera, Ben Daniels, Hannah Kasulka, Brianne Howey, Alan Ruck, Geena Davis. 





Sinopse: Dois homens muito diferentes dirigem seus esforços a um caso terrível de possessão demoníaca numa família local, e se vêem cara a cara com o mal verdadeiro. Um deles é o padre Thomas Ortega (Alfonso Herrera), um homem progressista e compassivo que lidera uma paróquia pequena nos arredores de Chicago. Angela Rance (Geena Davis), a matriarca de uma das famílias do rebanho de Thomas, pede sua ajuda para lidar com a entidade que está dominando a sua casa, lhe dando pesadelos recorrentes, fazendo barulhos dentro das paredes para assustar Casey (Hannah Kasulka), sua filha mais nova, transformando a mais velha, Katherine (Brianne Howey) numa ermitã que não quer sair do quarto, e fazendo com que seu marido Henry (Alan Ruck) enlouqueça lentamente. Thomas se encontra então com Marcus Brennan (Ben Daniels), um templário moderno, treinado a vida inteira para ser implacável em sua luta contra o mal. Os dois precisam se unir para completar o desafio que nenhum dos dois conseguiria completar sozinho.



Trailer:

Galeria de Imagens/GIFs:






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