Crítica: Gringo – Vivo ou Morto (2018, de Nash Edgerton)

Alguns atores e atrizes são tão bons (boas) e queridos (as), que nos fazem assistir a qualquer filme que fazem só pela expectativa que nos causam. Uma destas atrizes, sem dúvidas, é Charlize Theron. A sul-africana de 42 anos, vencedora de um Óscar por Monster: Desejo Assassino e que estrelou outros grandes filmes, como Jovens Adultos, Aeonflux, Prometheus, Branca de Neve e o Caçador e Mad Max: Estrada da Fúria, pode ser vista neste novo longa de Nash Edgerton, que para quem não conhece, é um famoso coordenador de dublês e é a cara do irmão, Joel Edgerton, que está no longa.
Não quero parecer crítico demais em relação ao trabalho de Nash, mas, provavelmente participar das produções a cargo dos dublês, pode o ter limitado um pouco para conseguir dar dimensão ao seu trabalho (que não é o de estreia).

Para quem assistiu ao trailer, devo dizer que o filme surpreende, e isso é péssimo. O pior de tudo é que a ideia central do filme não é (tão) ruim: Uma empresa farmacêutica que visa gerar lucros de todas as formas, permite que sua filial mexicana venda maconha aos traficantes locais. Às vésperas de passar  por uma auditoria para um processo de M&A (Mergers and Aquisitions), a alta cúpula, composta pelos personagens de Theron e Edgerton, resolvem que não podem mais vender aos traficantes pelo risco de serem presos. 
Temos um prato cheio para uma confusão bastante divertida, mas o que vemos é uma sucessão de cenas que tentam a todo momento serem engraçadas (e ao menos para mim não superaram o trailer) e a profundidade dada aos personagens é tão rasa que é arriscado batermos a cabeça no fundo da piscina sem nem cobrir a testa d´água.


Mas o filme não é feito apenas de coisas ruins. Charlize Theron, como sempre, não decepciona. Assim como em Jovens Adultos, Theron interpreta uma megera egoísta e sem nenhum escrúpulo e que mesmo um roteiro que não se preocupa em dar amplitude aos seus personagens, consegue criar mais uma personagem icônica. A montagem do filme favorece isso, inclusive mostrando tanto ela quanto quem seria o personagem principal: David Oyelowo. Verdade seja dita, Amanda Seyfried, a sempre maravilhosa Thandie Newton e Sharlto Copley são completamente desperdiçados, não justificando a escalação de atores tão talentosos para papéis que não podem ser chamados nem de secundários. Até mesmo a iniciante Paris Jackson (filha de Michael Jackson) merecia uma ponta melhor.


Assim, é apenas uma pena que uma ideia razoável e um excelente elenco não tenham sido melhor trabalhados. Este é um daqueles casos clássicos que o trailer supera o filme original com louvor.

Título Original: Gringo

Direção: Nash Edgerton

Elenco: Charlize Theron, Joel Edgerton, David Oyelowo, Amanda Seyfried, Thandie Newton, Paris Jackson, Sharlto Copley e Yul Vazquez.

Sinopse: Uma empresa farmacêutica que visa gerar lucros de todas as formas, permite que sua filial mexicana venda maconha aos traficantes locais. As vésperas de passar uma auditoria para um processo de M&A (Mergers and Aquisitions), a alta cúpula, composta pelos personagens de Theron e Edgerton, resolvem que não podem mais vender aos traficantes pelo risco de serem presos.



Trailer


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