* João Rafael Ferreira
O que eu estava esperando quando fui ver Guardiões da Galáxia Vol. 2?
Me lembrando de que o primeiro filme foi aquele que me tirou um pouco do aborrecimento que estava virando a fórmula da Marvel no cinema, só queria que agora eu sentisse que não estava vendo uma tentativa forçada de dar seriedade à grandeza, assim como James Gunn conseguiu uma vez. Agora, como antes, o diretor se manteve fiel à proposta do bom humor e, principalmente, da abordagem que flerta com a sátira e o cartunesco. Guardiões da Galáxia 2 continua divertido, mais engraçado e exagerado do que antes; com o tempero de ainda conseguir dar algum apelo emocional usando personagens com os quais o público (pelo menos o não leitor ferrenho de quadrinhos) achou que não iria se importar mais. Com o elenco esbanjando o mesmo carisma de sempre, a trama do filme parece não deixar que levemos demais aquele universo a sério.
Ainda bem que James Gunn entende que seria difícil tentar injetar um senso de tensão e preocupação constante num enredo onde temos raças excêntricas contando piadas em momentos inapropriados, personagens que soam absurdos quando adaptados para o cinema e uma história que parece jamais nos fazer temer pelos seus protagonistas. É nesse ponto que talvez resida alguns problemas do filme: perante o exagero pirotécnico e humorístico do filme, não é sempre que ele é capaz de fisgar o público com uma real preocupação acerca daquele grupo de heróis. As vezes o fantástico acaba ultrapassando um pouco os nossos sentidos e parece que estamos vendo uma sátira do próprio filme. Mas, no final das contas, a maneira como James Gunn tem situado a narrativa dos guardiões nos oferece essa permissão de diversão a todo custo. Em tempos de seriedade da vida real, que seja bem-vindo o escapismo.
NOTA: 8
*Ana Paula Araújo
O longa-metragem é uma belíssima sequência, que contém um misto de fantasia, aventura, humor, ação e até um certo suspense. Os amigos, que consideram-se uma família, são Peter, Gamora, Drax, Rocket e Groot, e que agora viajam pelo cosmos cumprindo sua função de Guardiões, ao mesmo tempo que conhecem e acabam tendo que combater Ego, nada mais, nada menos que o pai de Quill.
O filme leva os expectadores a uma viagem incrível pelo espaço, com cenários lindos, efeitos especiais de cair o queixo e tudo com muita música boa envolvida, sem contar na premissa do que nos aguarda. Não tem como não sair satisfeito depois de assistir Guardiões da Galáxia Vol.2.
NOTA: 9,5
*Michele Figueiredo
Um dos filmes mais aguardados do ano, a continuação de Guardiões da Galáxia parece que só existiu para obedecer o protocolo e agradar o público que aguardava pela estreia do longa. O roteiro é fraco, carente de uma história consistente e pouco lembra o do primeiro filme. Basicamente, a única trama existente gira em torno de Peter Quill e sua origem. As subtramas, como a de Gamora e sua irmã, são reciclagens do filme anterior e o desenvolvimento é tão desinteressante quanto clichê. Por falar em clichê, a construção do vilão é uma coisa que já foi vista em vários e vários filmes e não apresenta absolutamente nada de novo.
Mas nem tudo são espinhos. Algumas das milhares de piadas funcionam, Drax tem um bom timing cômico, baby Groot é a arma fofa do filme, apesar de usarem e abusarem do seu tempo em tela, e a inserção da personagem Mantis foi um bom acréscimo ao time. No mais, é um filme bem pipoca, feito somente pra matar a saudade dos fãs, com muitas cenas de lutas intergaláticas carregadas de CGI (e mais uma vez o 3D não serve para nada) para ajudar a preencher a duração do filme, mas que não leva a história dos Guardiões adiante, como deveria ser o papel de uma continuação.
NOTA: 7
*Bianca Pinheiro
Guardiões da Galáxia Vol. 2 é feito para entreter e divertir. O filme apresenta um humor leve, bobo e até mesmo banal, buscando o riso pelo riso. A história fica em segundo plano diante de tantas piadas, e Guardiões da Galáxia 2 acaba pecando pelo excesso.
Apesar de acreditar que a proposta do filme seja essa, a obra não me cativou e foram poucas as vezes que conseguiu me fazer rir. É impossível deixar de destacar, no entanto, o carisma do baby Groot e suas trapalhadas. Outra vantagem do filme é sua incrível trilha sonora.
NOTA: 6
*Carol Batista
A expectativa para a continuação era, no mínimo, alta, tanto de crítica quando de audiência (Guardiões da Galáxia superou US$ 700 milhões e obteve vários reviews positivos). Com uma sequência de abertura que entrega dois dos fatores mais esperados, música e um dançante Baby Groot (Vin Diesel), damos de cara com um dos créditos do longa: o excelente trabalho de efeitos visuais, com ótimo uso de cores e fotografia, em ótimos takes de batalha ao estilo Star Wars. Também de início vemos o crescimento cômico de Drax (Dave Batista) e da “coisa não-nomeada” entre Gamora (Zoe Saldana) e Star Lord (Chris Pratt), ambos bem inseridos e usados na medida certa.
Cinco cenas pós-créditos e muitas canções depois, me vi parabenizando James Gunn pelo trabalho aqui feito. Por saber aliar o que estúdio e audiência queriam, entregou um filme pipoca que cumpre seu papel de entreter, amarrando as pontas soltas e criando pontes para as próximas histórias Marvel. Alguém mais empolgado ou imerso no mundo dos quadrinhos usados de base para a saga provavelmente terá opiniões mais incisivas do que eu. Em caso positivo, peço perdão por não lhe prover material necessário: sou apenas alguém que acredita que um filme começa e termina dentro de sua duração, e se depende de seu material de origem para completa apreciação, é sinal de sua incompetência como longa-metragem. Com isto em mente, Guardiões da Galáxia Vol.2 é um filme divertido e nada muito além disso – se para achar algo melhor precisarei ir à uma banca de revistas, prefiro ficar com esta opinião.
NOTA: 8,5
Crítica completa aqui!
*Vinicius Carlos Dellvale
Guardiões da Galáxia Vol. 2 é aquele famoso filme em que se cria uma grande expectativa. Se ela for ao nível de um filme legal e dentro dos parâmetros da Marvel, você possivelmente não irá se decepcionar. Mas, se for a um nível superior, a decepção certamente virá.
Com toda a certeza o 1º filme é bem melhor, aliás, um dos melhores da Marvel Studios, que felizmente aqui não erra, mas traz uma história comum com personagens que gostamos por um filme realmente bem melhor. Logicamente não é tudo de ruim, trilha sonora maravilhosa – como o anterior, fotografia e qualidade visual incrível, mas faltou história, sendo apenas um longa de acontecimentos encaixados, que nem sempre, foram tão instigantes assim.
NOTA: 7
*Rodrigo Zanateli
De tempos em tempos, cai a ficha de que 90% desses filmes de super-heróis são apenas legaizinhos, e aí eu faço a conta de quanto já gastei indo ao cinema com promessas de 3D ou IMAX incríveis nos filmes da Marvel, ou que esse filme era melhor que aquele outro que decepcionou; ou até que que tal película é “O MELHOR FILME DA MARVEL DE TODOS OS TEMPOS”. E é fato que é rara as vezes que eu não saio do cinema desapontado com o que me ofereceram. Mas, quase sempre, a fórmula Marvel salva o filme de ser uma catástrofe como são os últimos filmes da DC. A fórmula Marvel é meio “catchup” por assim dizer; consegue salvar quase tudo que é ruim, mas nunca é bom colocar demais nas coisas saborosas. Guardiões da Galáxia Vol.1 é muito saboroso, mas tem muito Catchup. Dá a sensação que o James Gunn fez o primeiro filme com mais produtor executivo rodeando sua cadeira, que nem o J.J Abrams quando fez o episódio VII de Star Wars. Mas deu certo: Guardiões Vol.1 ficou associado nos últimos 3 anos como uma grande produção da Marvel, “os outros filmes até deveriam ir mais pra esse lado”, comentavam alguns.
Por conta desse sucesso um pouco inesperado, este Vol.2 parecia a fórmula do “mais-sucesso-ainda-da-marvel”. O diretor poderia arriscar um pouco mais, desde que tirasse a camiseta do Chris Pratt alguma hora, e foi o que ele fez. Só que, voltando ao paralelo culinário, percebi que quando diminuiu o catchup, esse prato feito por James Gunn, não ficou bom. “Porque não ficou bom? “, pode me perguntar um fã mais assíduo dos filmes da Marvel. E aí eu respondo dizendo que o filme, por vezes, tem discursos equivocadíssimos em relação a moral de alguns personagens. A relação de Drax com Mantis, e as piadas sobre o tipo físico da personagem, começou a causar vergonha alheia até no espectador menos preocupado com as causas sociais que permeiam essa segunda década do século XXI. E já que eu disse sobre vergonha alheia, para não perder o embalo, devo lembrar dos diálogos à la Esquadrão Suicida que tivemos nesse filme: o que foi aquele Yondu dizendo para o Peter “que usa o coração, não a mente”? E dizendo mais de uma vez?! “Santa Pieguice, Batman Iron Man!” O ponto positivo do filme fica por conta da fotografia, que ao contrário dos outros filmes da produtora, caprichou do começo ao fim. Não fez somente uma primeira sequência de impacto para ficarmos extasiados o resto do filme como em Guerra Civil, por exemplo. Este teve um cuidado técnico do começo ao fim. Infelizmente, Guardiões 2 não é do K7.
NOTA: 4
*Leonardo Costa
Depois do imenso sucesso do primeiro Guardiões da Galáxia em 2014, a ponto de ser considerado (e com razão) o melhor filme Marvel (ou um dos 3 melhores), era natural todo este frenesi em torno da sequência. Em contrapartida, não foi melhor que o 1° filme, pois o roteiro e alguns excessos desviam um pouco o clima e há uma breve “barriga” no meio do filme, falta um vilão bom (algo infelizmente corriqueiro na Marvel e que na rival DC isto é mais bem tratado), além do final do 1° ter sido mais emocionante.
Porém, ainda é ótimo, divertido, chamativo, berrante, barulhento emocionante. O diretor James Gunn veio de um cinema B de humor negro e terror trash e consegue inserir estes elementos em um filme família de maneira muito interessante. O cinema de ação, blockbuster e super-heróis deveria investir mais em cineastas vindos do terror. O elenco está todo muito bem, personagens carismáticos, piadas pontuais e um tanto pesadinhas (efeito Deadpool), ótimos efeitos especiais e fotografia, além de um Baby Groot incrível. E que trilha sonora! Guardiões da Galáxia Vol. 2 não é perfeito, mas é divertidíssimo, irado e com um ótimo time de personagens.
NOTA: 8
*Eduardo Ben Lima
Que a continuação de Guardiões da Galáxia estava prestes a acontecer, disso a gente sabia. Porém, o que poucos imaginavam é que a mesma seria tão promissora quanto seu antecessor, com o brilhante James Gunn nos entregando uma obra excepcional! De verdade, se tem uma coisa que o Vol. 2 faz é prender a nossa atenção do início ao fim, ainda que a fita seja praticamente a mesma receita utilizada no anterior. Os produtores conseguiram manter o nível de diversão e cada detalhe está impecável. O interessante foi a forma como o diretor usou e abusou de elementos cujos aspectos (sejam eles visuais ou artísticos) não interferiram diretamente em sua qualidade. Além do mais, é quase impossível visualizar um blockbuster desses utilizando um CGI que não poupe esforços no quesito perfeição (destaque para um dos incríveis trabalhos de rejuvenescimento de um ator mais velho). Com relação ao roteiro, o mesmo foi proeminente e deu um rumo congruente à história, sem enrolar o público com cenas paradas ou confusas.
Em minha visão, outra curiosidade ainda é que a película não tem um vilão específico (calma, muitos podem dizer que em qualquer momento o jogo pode mudar e o traidor dê as caras, ou que existe ali sim uma mente diabólica no decorrer de suas longas 2 horas), porém eu não o vi assim. Claro que o embate entre o mocinho e o gênio do mal não poderia ser tão clichê quanto aqueles a que estamos acostumados, mas até que dá pra passar por cima. Admito que fui pego de surpresa com o revertério que a segunda metade da obra sofre. No entanto, na minha opinião tal característica não impediu que Guardiões da Galáxia Vol. 2 deixe de ser uma ótima pedida para conferir nos cinemas (de preferência em IMAX 3D, que é outro nível). Agora, a respeito da trilha sonora, a mesma dispensa comentários e aviva a energia nostálgica! Minhas faixas favoritas foram The Chain de Fleetwood Mac e Come a Little Bit Closer de Jay & the Americans. Vale ressaltar que, neste sentido, o potencial até das faixas instrumentais obteve êxito sem problemas. Excelente, recomendo!
NOTA: 10