SENSE8 – ESPECIAL DE NATAL! (2016, Lana Wachowski)


FINALMENTE! Após longos dois anos de espera a Netflix resolveu lembrar dos fiéis fãs dessa ótima série. Hoje não vou apenas falar sobre o especial que saiu agora, mas vou falar da série em si. Tudo o que representa e porque acredito que seja uma das melhores séries na atualidade, apesar de muita gente “torcer o nariz” para ela.

A internet foi a loucura quando a Netflix confirmou a notícia do especial. Não contente, demoraram para soltar o trailer, saindo essa semana – quase junto ao episódio – parecia ótimo o que estava por vir. O episódio está lá, cheio das coisas que a gente adora; amizade, luta, sexos dentre tantos outros assuntos além do ”surreal”. A segunda temporada será lançada apenas no dia 5 de maio de 2017, mas o que são alguns meses não é mesmo?


Uhul!

Mas o que significa ser um Sense8?

Significa que você está conectado, ligado profundamente a outra pessoa, mental e emocionalmente. Sendo capaz de se comunicar, usar as habilidades dessa pessoa, do conhecimento, linguagem, tudo.

Conhecemos oito pessoas que aparentemente não tem nada a ver uma com a outra, pessoas totalmente diferentes de lugares diferentes, mais precisamente, continentes. Temos o Will Gorski (Brian J. Smith), um policial de Chicago. Riley Blue (Tuppence Middleton) é DJ em Londres, dona do melhor What’s Goin On que você respeita.

Capheus “Van Damme” (Aml Ameen na primeira temporada, agora é o ator Toby Onwumere) é motorista e mora em Nairobi no Kenya, apesar das adversidades, ele nunca desiste nem perde a esperança. Sun Bak (Doona Bae) é quem deveria ser chamada de “Van Damme”, uma mulher aparentemente frágil, com um alto cargo na empresa da família em Seoul, leva a culpa pelo crime do irmão e vai presa. Mas o que ninguém esperava é que ela era uma eximia lutadora, em todos os sentidos.

Lito Rodriguez (Miguel Ángel Silvestre), é um famoso ator mexicano que esconde sua verdadeira sexualidade por medo do que as pessoas irão falar e por medo de estragar a carreira, tendo que fingir ser alguém que não é. Namora em segredo Hernando (Alfonso ”Rebelde” Herrera). Kala Dandekar (Tina Desai), Índia. É uma farmacêutica de sucesso, provavelmente nunca falou um palavrão na vida, se vê em uma encruzilhada ao ter que se casar com alguém que não ama ao mesmo tempo que descobre ser uma Sensate.

Wolfgang Bogdanow (Max Riemelt), de longe meu personagem preferido, teve uma vida dura e mesmo depois de adulto as coisas não melhoraram muito. Ele é um arrombador profissional em Berlim e é expert em armas e arrumar briga.

E não menos importante Nomi Marks (Jamie Clayton), minha segunda personagem preferida. É uma mulher trans que mora em São Francisco, com a namorada Amanita (Freema Agyeman). Apesar de ter encontrado sua alma-gêmea e ser uma ativista pelo direito da comunidade LGBT, ela se descobre uma sensate enquanto sofre com a não aceitação de sua família, que ainda insiste em enxergá-la como Michael e a trata como uma doente. Nomi é ‘hacker,’ sua habilidade de quebrar códigos e invadir sistemas acaba sendo útil não apenas para ela, mas também para os demais sensates.

E temos o vilão claro, conhecido apenas como Sussurros ou Whispers como preferir (Terrence Mann), ele é um sensate que se virou contra a “espécie” e agora os caça. A partir do momento em que faz contato visual com um sensate, ele pode sentir, conversar e ouvir tudo o que esta pessoa faz e por isso ele se torna extremamente perigoso.

Nesse episódio algumas questões que ficaram em aberto no final da temporada vieram a tona. Tentaram responder algumas como: ”Como Will vai fugir de Sussurros?” ”Como vai ser para Lito agora que ele se assumiu?” ”Sun vai continuar presa e usando aquele uniforme horrível até quando?”

Mesmo respondendo algumas, o episódio veio para deixar um gosto de “quero mais” e de que esse “mais” está por vir.

Mas não pense que é apenas sobre oito pessoas que se conhecem, se conectam e precisam constantemente se ajudar para não serem pegos. Está beeeem longe de ser tão simples. A história traz a tona muito mais do que simples surrealismo ligado aos personagens, a série é sobre tudo. Tudo o que um ser humano é e tudo que se diz sentir um humano. É sobre paixão, ódio, heroísmo, descobertas interiores, tudo ampliados nesses oito indivíduos. Fala abertamente sobre sexo, religião, fé, preconceito, coisas que todos nós vivemos ou passamos em determinado momento, problemas reais do dia a dia.

O fato de serem de continentes, países e culturas completamente distintas uma da outra nos mostra um leque incrível de diversidade e aceitação. Nos faz pensar o que é realmente aceitar o próximo, aceitar a si mesmo e nos fazer refletir sobre a questão mais antiga de todas: “O que é ser um ser humano afinal?”. Até onde estamos dispostos a ajudar o outro, a entender ou se importar com seus problemas e principalmente, aceitá-lo. Isso tudo no mundo de hoje, pois não se trata de uma história desenvolvida em um futuro próximo ou distante. Se passa no agora! E por fim, acaba se tornando acrônica, pois respeito e tolerância não deveriam ser impostos. Seria tão ruim assim se por no lugar de outra pessoa?

Traz na produção um primor técnico invejável, histórias bem elaboradas, contexto entre o real e o sobrenatural sem apelação, ótimas tomadas e ótimas atuações. Atuações que merecem ser comentadas pelo profundo sentimento e sensibilidade que eles passam ao atuar.

Tirando um pouco o meu fanatismo pela série, é sem dúvida uma das melhores séries que irá fazer valer seu tempo.

A diversidade é o que nos torna especiais.


Trailer: 1ª Temporada


Trailer: Especial de Natal




Recado da Lana:


Imagens:


Será que agora meu shippo vai dar certo?




Antes e agora.




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