Crítica: Quando As Luzes Se Apagam (2016, de David F. Sandberg)



Um dos filmes de terror
mais esperados do ano está chegando aos cinemas! ‘Quando As Luzes se
Apagam’ marca a estreia do diretor David F. Sandberg e traz James Wan como
produtor. Wan é considerado mestre do gênero, não somente por conta de
seus últimos trabalhos terem batido recordes de bilheteria, mas também porque o cineasta é conhecido por dirigir e produzir obras de baixo orçamento e
transformá-los em grandes sucessos! Todos sempre ovacionados pela crítica
especializada e fãs do gênero. Com base nisso, este longa vem com uma premissa
interessante e possivelmente se torne o filme “sensação” dos próximos
meses. Só de ver o trailer, deduz-se que muitos sustos virão! Pode apostar,
isso foi o que não faltou e dizem que a tal entidade é a nova Samara, de ‘O
Chamado’.


A trama acompanha Rebecca
(Teresa Palmer), jovem que quando foi embora de casa, pensou que havia deixado
os medos da infância para trás, tais como o pavor de escuro, já que vivia dizendo que era aterrorizada por um ser sinistro toda vez que ia dormir. Na fase adulta, ela
nunca teve certeza do que se tratava nem se era real o que acontecia quando
apagava as luzes. Quando percebe que seu irmão caçula, Martin (Gabriel Bateman), está
presenciando os mesmos eventos terríveis e inexplicáveis que já testaram sua sanidade
e ameaçaram a segurança de sua própria vida, Rebecca e seu namorado 
Bret (Alexander DiPersia) passam a enfrentar uma
entidade assustadora que possui uma misteriosa ligação com sua mãe, Sophie
(Maria Bello). Porém, à medida que Rebecca vai chegando mais perto de descobrir
a verdade, não há como negar que a vida de todos está em perigo, uma vez que as
luzes se apaguem. A história carrega uma proposta simples, mas perturbadora. Damo-nos
conta de que não se trata apenas de uma criatura que assombra a vida de uma
família aleatória; há toda uma questão mais profunda envolvida e pasmem, a
Diana é de dar calafrios. Se o diretor pretende arrepiar as pessoas “da cabeça aos
pés”, certamente assim fará.

Sobre o elenco: temos aqueles atores queridinhos de
Hollywood, a começar pela belíssima Teresa Palmer, de ‘Meu Namorado é um Zumbi’
e ‘A Escolha’, cuja atuação foi uma das que mais fez jus ao destaque. Sua
protagonista, Rebecca, é uma daquelas jovens que 
cresceu em um ambiente árduo e passou a vida inteira cuidando
da mãe, Sophie, que está sem tomar os medicamentos e prestes a ter um ataque de esquizofrenia. Entendemos os motivos que
caracterizam sua personalidade atual, o porquê dela não se aproximar de
ninguém nem querer cuidar de ninguém, preferindo ser reservada e ficar “na dela”, como costumamos dizer. Devido ao passado conturbado que ela passou ao lado de Sophie, bem como as assombrações da pressuposta criatura, o realismo consegue enquadrar um certo drama dentro do terror, algo que não tem sido tão visto em
filmes desse gênero, diga-se de passagem. Sobre a personagem de Maria Bello,
de ‘Gente Grande’ e ‘Sem Saída’: ressalto que ela teve grande importância para o
contexto (engraçado que a atriz revelou que nem mesmo é fã do gênero). Maria
interpretou uma mulher que enfrenta muitos problemas pessoais (doenças mentais, preocupações e angústias) e graças ao esforço que ela faz para compreender tudo
o que está acontecendo, seu desempenho é a razão dela
ser chave para todos os mistérios ocultos no enredo. Já Gabriel Gateman, de ‘Outcast’ e ‘Code
Black’, arrasou no papel de Martin. Ele incorpora um garoto que em meio a todo esse alvoroço,
faz de tudo para sobreviver e rende boa parte das cenas tensas! Esse ator mirim tem um grande futuro pela frente, assim como Jacob
Tremblay, de ‘O Quarto de Jack’. Houve também outra pequena participação de Billy Burke, de ‘Crepúsculo’
e ‘A Garota da Capa Vermelha’, que faz o pai da família, Paul. Apesar de curta,
sua aparição marcou um dos momentos mais agoniantes da fita. Os demais
coadjuvantes como Alexander DiPersia, Alicia Vela-Bailey e Lotta Losten (que
inclusive esta no curta-metragem do filme), foram plausíveis.

Quanto ao roteiro, do meu ponto de vista, foi bem escrito. Mostrou alguns furos, porém nada que atrapalhe “à beça”; ele não é ruim a ponto de te fazer sair reclamando do cinema e querer seu dinheiro de
volta. Ao mínimo todo o aspecto misterioso se mantém ao longo
da projeção, com tomadas focadas 90% no período noturno e que prendem a nossa
atenção. O jogo de câmeras foi capaz de captar os ângulos perfeitos, criando uma
fotografia instintiva. Com relação a sua duração, ele tem
cerca de 1 hora e 20 minutos, tempo relativamente baixo, porém realço novamente
um detalhe: o comprimento de uma película nem sempre é a causa para que seja ruim; cito ‘King Kong’, ‘Titanic’ e ‘Pearl Harbor’ como exemplos de filmes
longos e ‘Hush – A Morte Ouve’, ‘Gravidade’ e ‘[REC]’, como curtos. São filmes que não deixam de serem muito bons, sem embargo do breve período.



Em conclusão, ainda
lembrou ‘Mama’ em alguns instantes, embora a aparência física da entidade não
tenha sido lá aquela coisa bizarra ao extremo. Portanto, indico-o para quem curte ambos os filmes
e produções de James Wan e está curioso em desvendar os segredos por trás da
trama enigmática; será um prato cheio e ao mesmo tempo uma experiência 
repleta de previsíveis “jump scares”! Em minha visão, valeu o entretenimento!

Nota: 8


Título Original: Lights Out


Direção: David F. Sandberg


Elenco: Teresa Palmer, Maria Bello, Gabriel Bateman, Alexander DiPersia, Alicia Vela-Bailey, Amiah Miller, Andi Osho, Billy Burke, Elizabeth Pan, Lotta Losten, Maria Russell, Rolando Boyce.


Trailer:
Mais imagens do filme:

(Obs.: não deixe de conferir o curta-metragem abaixo lançado em 2013 e baseado em cima do longa!)

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