Crítica: Boa Noite, Mamãe (2016, de Severin Fiala, Veronika Franz)

Lançado no Brasil há alguns meses atrás, o suspense austríaco ‘Boa Noite, Mamãe!’ deu o que falar! Tendo o alemão como o idioma predominante, seu desenvolvimento foi um pouco lento, mas não o bastante para contar com cenas insanas e até um pouco confusas. Afirmo que é meio difícil escrever sobre esse filme, por conta de toda a tensão que ele apresenta ao longo da película.


A história gira em torno de uma família que vive em uma residência isolada em meio a árvores e plantações de milho; Lukas e Elias (Lukas Schwarz e Elias Schwarz), são dois irmãos gêmeos que aguardam o regresso de sua mãe, afastada de casa por alguns dias devido a cirurgias plásticas. Ao retornar, ela não é reconhecida pelos filhos. As crianças, de nove anos, duvidam que a mulher de rosto coberto seja realmente sua mãe. Daí em diante, nada será como antes. Com uma trama misteriosa, o espectador com certeza já vai querer acompanhar até o final única e simplesmente para saber se ela é a mãe de verdade deles ou não, eu garanto.

O elenco todo está de parabéns, temos os dois atores mirins Lukas Schwarz e Elias Schwarz interpretando muito bem os gêmeos Lukas e Elias. Sem contar a atuação de Susanne Wuest, que incorporou a suposta mãe dos meninos, ou não. O público pensa de primeira que o decorrer será cansativo, mostrando os dois correndo pela casa, brincando e nada mais. Porém, quando o clima começa a esquentar, o revertério é geral e você passa por momentos tensos e bizarros! Quanto ao roteiro, ele é raso, achei que o filme começou regular, mas melhorou na metade e trouxe um desfecho pesado. Tanto que nem saquei a charada ali presente desde o início; aposto que boa parte do público deve ter desvendado de cara. Outra questão que levanto foi o fato dele ter sido encarado como um terror; eu não o vejo bem assim. Enxergo ele mais como um misterioso thriller do que horror propriamente dito, sinceramente.

Por conseguinte, dei lugar as deduções e acabei errando mais uma vez; pelo jeito isso me serviu de lição pra ficar mais atento. O enredo se ateve em deixar o mistério previsível, mas engraçado que nem me liguei nisso. Fiquei tão perplexo com o requinte de crueldade das cenas decorrentes que esqueci de desvendar o óbvio. Ademais, advirto que certas cenas possuem conteúdo impactante, o que pode deixar alguns telespectadores desconfortáveis. Enfim, no meio de todo esse suspense psicológico, o filme conseguiu ser bom sim; na minha opinião, está longe de ser ruim. Portanto, indico-o para quem curte thrillers psicológicos!

Nota: 7

Título Original: Ich Sech, Ich Sech

Direção: Severin Fiala e Veronika Franz

Elenco: Lucas Schwarz, Elias Schwarz, Suzanne Wuest, Hans Escher, Elfriede Schatz, Karl Purker, Georg Deliovsky, Christian Steindl, Christian Schatz, Erwin Schmalzbauer, Michael Ande, Ruth Leuwerik.

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