Oscar 2015: Para Sempre Alice (2014, de Richard Glatzer e Wash Westmoreland, Indicado ao Oscar de Melhor Atriz)

Baseado em um livro, o filme Para Sempre Alice traz um drama em que uma mulher de apenas 50 anos, enfrenta o terrível mal de Alzheimer, uma doença que provoca deterioração das funções cerebrais, como perda de memória, da linguagem, da razão e da habilidade de cuidar de si próprio. Um papel desses não é qualquer um que sabe interpretar, exige um esforço para demostrar todas as frustrações e raiva de uma pessoa nessa situação, uma pessoa que irá se tornar incapaz de ser ela mesma. Mas Julianne Moore não deixou a desejar e assim como ela já ganhou o Globo de Ouro, SAG, e o Bafta, é quase certo que ela ganhe o Oscar de Melhor Atriz.

Apesar de uma longa lista de filmes, Julianne nunca chamou tanto a atenção dos críticos como agora, mesmo ela tendo bastante destaque em filmes e já ter sido indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante em As Horas. Mas já antes de Para Sempre Alice ela mostrou uma atuação incrível em Mapa Para as Estrelas, que também é do ano passado. Mas ela não foi a única a chamar a atenção no longa, Kristen Stewart a eterna “Bela” de Crepúsculo, saiu do seu casulo, revelando um interesse em papéis mais dramáticos. E não é que ela se saiu bem, devo admitir que subestimei ela. Sua atuação não está ótima ainda, mas o que mais me impressionou foi ela ter feito uma piada consigo mesma sobre seu fracasso no meio cinematográfico depois de ficar conhecida como a jovem inexpressiva. E parece que o Robert Pattinson também se arrepende de ter atuado como o “vampiro brilhante” e quer fazer papéis mais adultos, como em Mapa Para as Estrelas. Alec Baldwin não ganha muito destaque no filme, mas o romance entre ele e Julianne Moore convence, pois eles já haviam se conhecido no seriado 30 ROCK, onde eles também interpretavam um casal.

A direção do filme foi bem feita principalmente em uma cena que (ALERTA DE SPOILER) Alice molha as calças. A cena foi feita sem corte, então eles focaram no rosto da atriz para não mostrar a pessoa que estava atirando água na Juliane Moore. O roteiro do filme é bem simples, a história apenas acompanha o desenvolvimento da doença, que vai ficando pior a cada dia. O que faz um filme desse gênero se tornar comovente é a atuação de cada um envolvido na trama. Para evitar de se esquecer certas coisas como os nomes dos filhos, Alice anota tudo no celular, na tentativa de não se esquecer de quem ela é, mas lá no fundo ela sabe que vai chegar um dia que ela não vai poder se comunicar e isso deixa ela com muita raiva (é justamente nessas cenas que Julianne Moore dá o seu melhor). A triste verdade que o filme traz é que não importa o quão inteligente nós somos, não importa o nosso grau de escolaridade, um dia isso vai ser esquecido, seja por meio do Alzheimer ou da morte.


Diretor: Richard Glatzer, Wash Wesmoreland

Sinopse: A Dra. Alice Howland (Julianne Moore) é uma renomada professora de linguistica. Aos poucos, ela começa a esquecer certas palavras e se perder pelas ruas de Manhattan. Ela é diagnosticada com Alzheimer. A doença coloca em prova a a força de sua família. Enquanto a relação de Alice com o marido, John (Alec Baldwinse), fragiliza, ela e a filha Lydia (Kristen Stewart) se aproximam.

Elenco: Julianne Moore; Alec Baldwin; Kristen Stewart; Kate Bosworth; Shane McRae; Hunter Parrish

Trailer:

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