Os Mercenários 3 (2014, de Patrick Hughes )





Quando uma brincadeira se leva a sério demais, há problemas e o filme não emplaca. Mas quando um filme é assumidamente uma grande brincadeira, há nostalgia e motivos de sorrisos cinéfilos. Depois dos dois primeiros Os Mercenários brincar com o gênero e até mesmo com as personagens típicas da ação, chega o terceiro capítulo. Vazando em boa qualidade para download bem antes da estreia, recebendo críticas ruins e amargando nas bilheterias, Os Mercenários 3 é uma das injustiças do ano. Assim como nos anteriores, o filme tem fôlego, nos dá uma nostalgia com estes dinossauros dos filmes B e ainda tenta inovar, criando uma relação emocionante entre ‘antigo/novo’ e ‘aposentar/continuar’.


O grandioso elenco continua brilhando. Os antigos estão novamente todos bem, então falarei dos novos mercenários. Mel Gibson interpreta um vilão insano, Harrison Ford é uma verdadeira lenda em cena (brilhando em um helicóptero, digno de suas acrobacias em Star Wars). Wesley Snipes surpreende não apenas por apresentar um bom papel como a tempos não fazia, mas também por surgir de maneira engraçada (e até humilde), fazendo auto-crítica com sua situação quando esteve preso por causa dos impostos. Antonio Banderas é o que há de melhor no filme, roubando todas as cenas, atuando bem e sendo simplesmente hilário, o melhor personagem da trilogia! Ronda Rousey manda bem para uma lutadora de MMA e as investidas de Banderas com a moça são um tempero à mais no ato final do longa.


A direção do novato Patrick Hughes é boa e mantém a adrenalina do filme, ao mesmo tempo em que o roteiro aposta em algumas questões mais sérias. Há acrobacias bem impossíveis, a ação é empolgante e o filme tem um ritmo bom. Novos e velhos talentos B se cruzam numa trama que tenta o tempo todo passar nostalgia e saudosismo. E consegue! Mesmo que já não tenha a novidade do primeiro filme e o público sinta falta de um pouco de sangue e violência mais exagerada como nos anteriores (este aqui é um filme bem limpo), Os Mercenários 3 cumpre seu papel em reunir um time de primeira, ação incessante e diálogos e piadas internas ligadas a vida e carreira do elenco. O mais bacana é ver que o grande elenco se diverte fazendo o filme. Não se levam a sério e aproveitam o tempo todo a espécie de reunião. É uma grande brincadeira, que em nós – o público – fica aquela sensação de décadas passadas, quando assistíamos aos filmes de algumas dessas lendas. Filmes impossíveis, alguns de tão ruins foram bons, filmes de lutas, cenas assumidamente B ou C e filmes de guerras com um exército de um homem só.






Direção: Patrick Hughes

Elenco: Sylvester Stallone, Jason Statham, Jet Li, Antonio Banderas, Wesley Snipes, Dolph Lundgren, Mel Gibson, Harrison Ford, Arnold Schwarzenegger, Kellan Lutz, Terry Crews, Sarai Givaty, Kelsey Grammer, Natalie Burn, Randy Couture, Victor Ortiz, Glen Powell, Ronda Rousey.

Sinopse: Barney (Sylvester Stallone), Christmas (Jason Statham) e o resto do time ficam cara a cara com Conrad Stonebanks (Mel Gibson), que anos atrás co-fundou Os Mercenários com Barney. Stonebanks tornou-se um traficante de armas cruel e Barney foi forçado a matá-lo… Ou assim ele pensava. Stonebanks, que escapou da morte, tem como missão acabar com Os Mercenários, mas Barney tem outros planos. Ele decide que precisa encarar o sangue velho com sangue novo e traz uma nova era de membros para a equipe, recrutando indivíduos que são mais jovens, mais rápidos e mais tecnológicos. A última missão se tornará um embate entre o estilo clássico dos veteranos contra conhecimento em alta tecnologia na batalha mais pessoal dos Mercenários.


                                  
                                  Trailer:
























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