
Desde que surgiram, é notável que as Tartarugas Ninja (jovens e mutantes) sempre fizeram sucesso. Com uma trilogia de filmes noventista, um longa de animação em 2007 e uma infinita linha de desenhos, séries, jogos, brinquedos e HQ’s; já era de se esperar que elas retornassem às telonas. Com um visual mais agressivo e realista, ação desenfreada estilo Transformers e uma direção clichê de Jonathan Liebesman, este filme vem fazendo um grande sucesso comercial. E de fato é uma superprodução que diverte, embora seja um filme mediano. Saí da sala de cinema querendo mais. Tanto em ver mais das répteis como em quem sabe ver uma continuação melhor.
A bela Megan Fox aqui interpreta a repórter April O’Neil. O visual está fiel, a jaqueta amarela da personagem está presente o tempo todo. Mesmo que a atuação de Megan não seja e nunca tenha sido boa, não é das piores. E sua beleza combinada ao estilo de filmes que ela participa ajudam a relevar a moça. Com um título destes seria incoerente esperar boas atuações. E Megan Fox ao menos não decepciona. Sem falar que parece que a moça fez as pazes com Michael Bay, após suas desavenças em Transformers 2 – A Vingança do Derrotado. Irônico é que no segundo filme dos robôs gigantes há cenas (uma específica e uma moto) em que Fox faz poses sensuais e o diretor foca no corpo, no “traseiro” da moça. E aqui acontece o mesmo. Há uma piada envolvendo o “traseiro” da moça, isso em plena perseguição! Michael Bay, que aqui sede o posto de diretor para Liebesman e ataca de produtor do longa – parece se vingar da morena. Piadas com a sensualidade da atriz à parte, Fox dá conta do recado e atrai o público masculino (e até feminino) mesmo sem ser uma boa atriz.
Mas não se deve negar que pelo menos na ação o diretor sabe filmar, sendo um dos grandes atrativos de sua trajetória. Isso explica que, mesmo recebendo críticas bem pesadas, seus filmes fazem bastante sucesso. As Tartarugas Ninja vem arrecadando muito mais do que o esperado e a continuação já está sendo feita. Tomara que esta tenha um roteiro melhor, algo que neste filme carece. As situações não são ruins ao todo, mas você já viu isso em outros filmes.
No aspecto técnico, os efeitos visuais estão realmente bons! As cicatrizes e os objetos das tartarugas as tornam bem reais. O mestre Splinter tem movimentos na orelha, trejeitos e detalhes típicos de um roedor, parecendo mais real – mesmo que em computação. A fotografia é assinada pelo brasileiro Lula Carvalho, que apresenta um trabalho acima da média. Há várias cenas com bela iluminação, algumas vezes com feixes de luz sendo jogados contra a câmera, deixando o filme mais belo visualmente. A ação é exagerada, tudo se destrói e na maioria das vezes empolga, mesmo sendo rápido demais.
Trailer:
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