CRÍTICA: Superman – O Filme (1978)

É difícil pensar em alguém que nunca tenha visto esse filme. Ele marcou uma época, uma geração. Marcou o cinema com os avanços em efeitos especiais que representou e marcou o coração de crianças e jovens que cresceram com o gostinho fantasioso de terem tido a oportunidade de ver um homem voar.
Há poucos dias eu escrevi a crítica do mais novo filme do Superman – O Homem de Aço – (http://minhavisaodocine4.hospedagemdesites.ws/2013/07/critica-o-homem-de-aco-2013.html). O fato é que no sábado passado, no instante em que eu cheguei à noite em casa depois de ter visto o filme em questão no cinema, a primeira coisa que eu fiz foi assistir no conforto da minha sala Superman – O Filme, de 1978! Simplesmente me bateu essa urgência e, acreditem, é inteiramente compreensível.
Sim, é duvidoso se fazer comparações entre filmes é justo, mas eu simplesmente não vou poder evitar de crescer com comparações aqui entre o infinitamente bem sucedido filme do super herói da década de 70 e essa nova versão.
Essa versão tão cultuada da estória que veio dos quadrinhos e atraiu multidões para os cinemas em 1978 viverá para sempre por muitos motivos. Primeiro porque Christopher Reeve é o Superman mais
carismático e “fácil de amar” que já existiu e outro igual nunca existirá (o novo não chega nem perto de conquistar tal carisma). Margot Kidder como Lois Lane também é um mega acerto que ainda não foi superado e assim os dois formam o casal “herói e mocinha” que funciona de forma tão perfeita que é admirável. Uma química muito importante para o funcionamento de um filme com tal estrutura.
Confesso que assim que comecei a assistir (reassistir) o filme na minha sala, veio aquele medo de que eu ia considerar tudo bobo e ingênuo demais. Afinal, eu tinha acabado de assistir a versão hiper moderna que trazia o que há de mais inovador em efeitos especias, para então assistir a versão onde o super herói corre junto de um trem de forma “amadora em efeitos” e em alguns momentos temos a certeza de que aquilo que estamos vendo não passa da miniatura irreal de uma cidade… Mas isso não aconteceu e aí eu chego ao ponto crucial dessa comparação “Superman 2013 vs. Superman 1978”.
A versão dos anos 70 é ingênua e deliciosa por ser ingênua. É perdoável. Os efeitos visuais que hoje em dia não acreditamos (embora assistindo e considerando os recursos da época admitimos que foram conquistas e tanto nesse departamento), os vilões que na maior parte do tempo “caricatos” demais… Esses são os elementos que na época fizeram dele um fenômeno e hoje um festival nostálgico perfeito! Já a versão recente… Igualmente descompromissada e tola… Quando não tinha nenhum direito de ser!


Superman – O Filme poderia ser um pouco mais curto em duração e eu ainda não engoli como a melhor das escolhas a parte do herói voando em torno do planeta para fazer com que a mesma gire na direção oposta, assim fazendo voltar o tempo para que seu amor viva novamente. Embora eu tenha chegado bem perto de me convencer por alguma emoção ali. A expressão de Superman enquanto voa atormentado lutando para ter de volta sua amada. E só para uma última comparação… É o tipo de emoção que a nova versão rala e rala para conseguir sem nunca ser capaz (e é hilário pensar que a única parte do novo filme que eu achei emocionante foi porque na verdade eu entendi a fala errada! Achei que tinha ouvido a fala “Nenhum mundo é melhor do que o nosso”, quando na verdade é “Faça um mundo melhor que o nosso”. Nossa…)
Enfim, assista Superman – O Filme mais uma vez (porque aposto que você já viu). Nele haverá muito para repensar… E se divertir.
NOTA 8,5 de 10
TRAILER



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