Gavião Arqueiro – Hora dos presentes! (Análise do episódio 6)

Atenção: spoilers do episódio final!

Depois de um mês acompanhando as aventuras do vingador arqueiro, a última série de 2021 da Marvel Studios chega ao seu final, onde após muitos lançamentos contínuos da Marvel neste ano, e também encerrando o ano com o fenômeno Homem-Aranha: Sem volta para Casa com grande peso emocional, o final dessa série natalina do MCU está gerando debates e discussões sobre decisões polêmicas em seu encerramento e um fechamento que não pontua caminhos futuros, mas em troca oferece uma decisão criativa muito curiosa.

Primeiramente o episódio final busca encerrar as pontas soltas deixadas ao longo da temporada, como finalmente descobrirmos a ligação sombria de Eleanor Bishop com o perigoso Wilson Fisk, o Rei do Crime. Na cena de encontro vemos o famoso vilão sendo representado novamente pelo ator Vincent D’Onofrio, demonstrando toda a sua imponência e perigo que ele dominava na série do Demolidor da Netflix, com pequenas mudanças no seu visual, como por exemplo, vemos ele com a sua famosa bengala preta com um diamante na ponta, utensílio que o vilão possui em suas aparições nos quadrinhos. Nesse diálogo já descobrimos que a conexão dele com a família Bishop era porque o pai de Kate devia muito dinheiro a Fisk, gerando uma dívida imensa com o vilão que a própria Eleanor tentava remediar com a empresa Sloan, que estava de nome de seu noivo Jack. Mas isso não era o suficiente para Fisk, fazendo ele desejar encerrar isso por conta dele e em grande estilo.

E grande estilo não falta nesse episódio, como é costume nos episódios finais das séries da Marvel, a história se vê concluída ao redor de um episódio cheio de ação, já que vemos o Clint e a Kate se preparando para a batalha final criando inúmeras flechas especiais e envolvendo tecnologia recorrentes do MCU, como a tecnologia Stark do Homem de Ferro e a das empresas PYM do Homem-Formiga, rendendo ao grande momento climático desse final, na festa de final de ano das empresas Bishop, que logo não medem esforços para o ataque desencadeado da Gangue de Agasalho e o contra-ataque de Kate e Clint.

Ainda mantendo o clima natalino que a série se mostrou ao abraçar em todos os episódios, vemos a luta final dos dois heróis na famosa árvore de natal do Rockfeller Center, cenário muito tradicional no natal para quem visita Nova York, e rende cenas de ação muito criativas para as flechas de variadas formas, para deter a gangue, sendo facilmente derrotados pelos heróis, que agora vemos finalmente usando um uniforme, principalmente o Clint, que nunca usou em toda a sua trajetória no MCU, fazendo novamente referência ao traje do personagem da fase desenhada pelo espanhol David Aja, se tornando a tradição das séries da Marvel os protagonistas ganharem um traje definitivo no episódio final.

Mas a luta apoteótica que não esperávamos era de Kate Bishop contra o Rei do Crime, mostrando o retorno do personagem em grande forma, o vilão foi mostrado até mais forte do que de costume e com uma resistência até mesmo sobre-humana, aguentando atropelamento, flechada no peito e até mesmo a explosão eletromagnética das flechas do Gavião, finalizando o arco inicial de Kate se tornar uma vingadora como o seu herói, deixando até mesmo um gosto do que podemos esperar dela no futuro.

Ainda falando em fechamento de arco, a nova heroína apresentada no seriado, Maya/ECO já começa a pontuar um caminho para se tornar uma justiceira, se desgarrando de vez do império de crime de Fisk, ela se desconecta de vez com a pouca família que lhe restou na Gangue de Agasalho, ao matar seu amigo e finalmente confrontar de vez Wilson Fisk, apontando uma arma na sua cara. Remetendo de vez com a famosa cena nas histórias do Demolidor quando ela descobre que foi de fato o Fisk que matou o seu pai, que basicamente foi adaptada fielmente para a série.

O seriado também não deixou brecha ou gancho para a personagem ECO, ainda mais sabendo que a personagem ganhará também uma série para o Disney+ e muito provávelmente veremos a sua jornada para desmantelar o império de Fisk e expandindo o universo de heróis urbanos no MCU, indicando até mesmo mais presença de Fisk nesses seriados, apesar da cena final deixar dúbio se ele morreu ou não do tiro de Maya. Seria muita estupidez a Marvel Studios jogar fora um personagem muito importante e tendo um retorno de um ator que fez uma atuação aclamada em outras produções, a aposta mais certeira é de que, se for mais fiel às histórias do Demolidor, é que Fisk retorne cego e com os olhos danificados por um certo tempo.

O episódio também se preocupou em finalizar o conflito de Yelena com Clint, finalmente tendo os dois se acertando e finalmente ela entendendo o real sacrifício de Natasha em Ultimato, uma cena que é rápida, mas emotiva para ambos os personagens já que ambos tem uma conexão profunda com a Viúva Negra, sendo ela a irmã e ele o melhor amigo, deixando ainda aberto do que esperar da Yelena no futuro, já que ainda não sabemos os próximos passos dela no MCU, mas temos ciência que ela está com a Condessa Valentina que a recrutou para fazer o seus serviços sujos. Talvez ela possa chegar ao ThunderBolts como muito se foi especulado desde a aparição da Condessa nesse universo, ou até mesmo nos Jovens Vingadores, pois muitas interações que vimos de Yelena com a Kate roubaram muito a cena, dando uma esperança de vermos mais dessas personagens com os outros heróis mirins que estão aparecendo entre as produções.

Assim a série chega nos seus finalmentes com a Kate prendendo a sua mãe pelos crimes que Eleanor estava envolvida, principalmente a morte de Armand III que vimos no primeiro episódio, e deixando aberto para o espectador que agora a Kate está livre de sua família por um tempo e já é recebida de braços abertos até mesmo pela família de Clint, onde mantendo o clima natalino, o seriado se encerra no dia de natal com o vingador finalmente retornando ao lar para as festas, e já notando que a amizade dele com a Kate ainda tem muito chão para andar no MCU. Além disso, descobrimos finalmente nos minutos finais a resposta do mistério do relógio que era tão questionado pelos fãs da Marvel, e surpreendendo todos nós, o relógio não era nada de muito valor de tecnologia ou de ligação com os heróis, mas valioso para a esposa de Clint, Laura Barton, pois é deixado entendido que era dela, marcando que ela tinha um passado como agente da SHIELD, e principalmente como o codinome de Agente 19, como mostra no dispositivo com o logo da agência.

Isso é muito revelador, pois sugere fortemente que a Laura pode ser, na verdade, a Bobbie Morse, a famosa heroína Harpia, pois nos quadrinhos, a Harpia era uma agente da SHIELD de codinome Agente 19 que chegou até mesmo a se casar com o Gavião Arqueiro. Isso comprova a teoria que os fãs estavam especulando de que a personagem Laura Barton possuiu uma identidade falsa para proteger o seu passado como agente e assim ter uma família com o Clint. Por um lado, é animador vermos uma personagem importante do universo do herói no MCU integrada de maneira surpreendente, mas é mais uma prova que certas séries antigas da Marvel não estão sendo trazidas para o cânone do MCU, já que a Harpia já apareceu em Agents of SHIELD como uma coadjuvante importante vivida pela atriz Adrianne Palick. Isso já dificulta um pouco do retorno de personagens queridos que existem e revela uma mínima possibilidade de retomar como a Daisy ‘Quake’ Johnson para o MCU. Nos resta aguardar o que vem no futuro.

O seriado chega no final de maneira simbólica com o próprio Clint queimando de vez o seu uniforme de Ronin e finalmente se desgarrando do seu passado sombrio, e pelo que vemos na sua jornada de acertos de contas e sua amizade com Kate, nos deixa muito esperançosos do que podemos esperar desses personagens que foram devidamente apresentado, prometendo grandes interações no futuro.

Porém, como toda tradição no MCU, todas suas produções sempre se encerram com as suas tradicionais cenas pós-créditos, muito para pontuar os caminhos futuros de produções. Só que o seriado do Gavião optou por uma decisão polêmica, ao invés de vermos ganchos empolgantes para o futuro para, por exemplo, a Kate, a Yelena, o Rei do Crime, ou até mesmo a provável a série da ECHO, o seriado se encerra de vez com a versão estendida da música I Can do this all day do musical da Broadway sobre a vida do Capitão América, como um presente despretensioso do Marvel Studios em suas produções como foi o caso da série que acabamos de acompanhar do Gavião. É uma ideia que não será bem vista nos fãs da Marvel que esperavam respostas para o futuro, principalmente sobre o que será de Kate Bishop, aonde ela irá a partir daqui? Segundo uns rumores, a atriz interprete de Kate foi vista nas gravações do Homem-Formiga 3 e já é possível esperar que ela possa se juntar com mais uma heroína mirim que é Cassie Lang, a filha do Homem -Formiga, alimentando ainda mais a esperança de vermos os Jovens Vingadores no futuro. O que nos resta é esperar as próximas produções da Marvel Studios, seja para cinema ou para streaming!

O que achou da nossa análise? Gostou do final da série? O que acha que vai acontecer com a Kate Bishop no MCU?

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