Crítica: LOKI (2021, De Michael Wadron)

Estamos na metade do ano e já tivemos três séries exclusivas do streaming Disney+ feitas pela Marvel Studios, e cada uma abordou aspectos muitos particulares e ofereceu um novo tipo de entretenimento no MCU após mais de 10 anos de progresso e expansão no cinema. WandaVision intercalou mistérios e misticismo em meio a uma homenagem à linguagem clássicas de sitcoms americanas, Falcão e o Soldado Invernal alinhou o texto político sobre passagem de legado do Capitão América na atualidade, agora em sua terceira produção para o streaming, LOKI, uma que muitos fãs aguardavam ansiosamente pelo retorno do querido personagem interpretado por Tom Hiddlestone após o seu destino trágico em Vingadores: Guerra Infinta, o seriado se provou em si, o mais inventivo alinhado a história e uma forte expansão do universo Marvel pela introdução de conceitos muito cruciais e atraentes para novas histórias.

Após utilizar o poder do Tesseract durante os eventos de Vingadores: Ultimato, Loki consegue escapar de seu destino sombrio, até ser barrado por uma misteriosa polícia do tempo chamada TVA, o vilão agora se vê diante de uma grande conspiração secreta que pode desencadear um poder muito mais catastrófico do que ele imaginava.

De todas as séries que a Marvel já apresentou nesse ano, LOKI se provou a mais expansiva em conceitos que podem nos demonstrar haver caminhos que o MCU pode trilhar para se provarem mais criativos do que pode ser, a própria TVA cuja identidade visual criada para o seriado se provou ser muito atraente e muito chamativo, com uma inspiração forte em escritório retrô anos 50 e uma burocracia redigida por uma tecnologia antiga e esquecida, e isso torna a identidade da série marcante na cabeça do espectador.

Ainda falando da identidade o seriado aproveita de conceitos bem particulares de séries temáticas de viagem do tempo ou exploração de multiverso, algo que fãs de seriados como Doctor Who ou Rick & Morty terão facilidade maior de se apaixonar pela temática da série. Aos menos conhecidos da temática podem até se sentir perdidos e deslocados, pois o seriado em seus 6 episódios, sente a tendência de transição de eventos e acontecimentos a cada episódio muito desenfreado e mais estranho do habitual.

Quem sentir-se assim consegue ao menos ter o conforto da diversão que as produções da Marvel sempre oferecem, com efeitos especiais de qualidade e polidos de forma impressionante para uma produção de TV, o que virou a tendência das produções do streaming da Disney. Ao lado disso o elenco ainda consegue transmitir um carisma que permite se afeiçoar pela trama de mistérios e segredo da TVA, com Hiddlestone já habituado no papel, que inclusive, se aproveitou do espaço narrativo de série de TV para conseguir dar novas camadas a sua interpretação do personagem, mostrando um pouco do lado frágil e defeituoso do personagem. Aliado aos seus coadjuvantes como o personagem Mobius interpretado pelo Owen Wilson, onde se prova confortável e até se divertindo como o aliado de Loki dentro da TVA, e a grande surpresa da nova personagem introduzida no seriado que é a Lady Loki, conhecida por Sylvie, interpretado pela Sophie Di Martino, ela é uma boa adição aos novos personagens que estão vindos no futuro do MCU nessa fase 4, demonstrando carisma e química com Hiddlestone, que oferece uma diversão a mais no seriado.

Entretanto, o seriado ainda possuiu traços polêmicos que precisam ser debatido, por mais que a produção oferece expansão significativa no MCU pela introdução da TVA e até mesmo de entrada do tão esperado Multiverso, algo que está sendo construído desde WandaVision no início do ano, o seriado deixa umas brechas mal resolvidas que serão amarrada com as produções futuras em filmes ou seriados do Marvel Studios, tudo a mercê de um grande vilão que está sendo introduzido gradualmente no MCU, semelhante ao Thanos após o primeiro filme dos Vingadores, deixando a história principal sem final. Isso soou muito aberto para a trama, que tudo bem, já tivemos uma segunda temporada confirmada no futuro, mas deixa um gosto de algo faltando para essa trama.

Algo que não será desperdiçado, pois, muito do que foi visto apenas na sua primeira temporada, LOKI pode se tornar pilar de discussões entre os fãs da Marvel que adentraram agora  no conceito de Multiverso e ofereceu muitas possibilidades de criação de tramas, nas quais somadas as qualidades já mencionadas, tem tudo para ser uma das melhores nos últimos anos do Marvel Studios.

Muito mais expansiva do que o esperado, LOKI é uma atração do Marvel Studios no Disney+ que oferece grandes ideias e possibilidades de histórias a serem contadas, que por mais que arcos grandiosos ainda estejam a ser resolvidos, dependendo da criatividade e limites extrapolados pelos personagens apresentados, o seriado pode se tornar umas das melhores produções nessa fase 4, que está adotando ideias mais desafiadoras e debates mais aquecidos perante o vácuo que o MCU deixou nos tempos em que vivemos.

Título Original: Loki

Direção: Michael Waldron

Episódios: 6 episódios

Duração: 50 – 40 minutos

Elenco: Tom Hiddlestone, Owen Wilson, Gugu Mbatha-Raw, Sophie di Martino, Tara Strong, Wunmi Mosaku.

Sinopse: Durante os eventos de Vingadores Ultimato, o vilão Loki consegue fugir de seu destino sombrio, porém é capturado pela misteriosa policia temporal TVA, desconfiando que há uma grande conspiração em torno de um poder muito grandioso e destrutivo.

TRAILER:

O que achou da série do LOKI? O que você espera na segunda temporada? Qual série da Marvel você quer ver este ano?

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