Os Live-Actions da Disney – Do Pior ao Melhor

Resultado de imagem para live-actions disney


Ao
longo dos últimos anos, a Disney se tornou um dos conglomerados de
entretenimento mais bem-sucedidos da atualidade, tendo constantemente liderado
as bilheterias com os seus blockbusters
de marcas valiosas, como a Marvel, Star Wars e suas animações vindas do
seu próprio estúdio ou da Pixar.


Mas
de todos os filmes lançados, talvez o que mais tem gerado tendência de sucesso
para o estúdio é a iniciativa de pegar o seu rico catálogo de animações e
transformarem em filmes live-action
(com atores reais
e efeitos especiais) para uma nova geração.


Muitos
torcem o nariz para essas produções, pois esses filmes são acusados de serem
meros caça-níqueis para se aproveitar nessa nova onda de nostalgia na
atualidade, e que muitas das vezes essas novas versões são criticadas por
mudarem demais a obra original e que não conseguem trazer o brilho especial que
os clássicos tinham, visto as polêmicas recentes sobre as diversas alterações
que irão ocorrer no próximo live-action
da animação de 1998, Mulan, ou até
mesmo a escalação de uma atriz negra para interpretar a icônica personagem
principal do clássico A Pequena Sereia.


Mas
é inegável o sucesso que esses filmes novos fazem nas bilheterias, e mesmo que
tenham uma decisão puramente comercial, é possível observar qualidades
admiráveis em certos filmes, que merecem ser destacadas, por isso, para
aproveitar o embalo do recente lançamento de O Rei Leão, vamos listar todos os live-actions lançados
recentemente pela Disney, e vamos categorizar do pior até o melhor.


Vamos
seguir agora:


12– O Quebra Nozes e os Quatros Reinos (2018, de Lasse Hallström e Joe Johnston)

Resultado de imagem para o quebra-nozes e os quatro reinos
De
vez em quando a Disney aposta em novas ideias para não se limitar a somente as
animações, e umas das mais frustrantes, se não a mais, foi a iniciativa de
adaptar a história clássica de
E.T.A. Hoffman sobre O Quebra Nozes para o cinema, que aliás sofreu inúmeros
problemas dos bastidores com troca de diretores no meio, e mudanças de rumos
durante as refilmagens, o filme de 2018 se prova como uma produção banal demais
considerando o clássico em que ele é baseado, que ao invés de se inspirar
 em elementos tradicionais do ballet clássico de Tchaikovsky, apostou num lado mais
comercial e óbvio. Mesmo contendo um visual deslumbrante, que ao contrário das
produções tradicionais da Disney, apostou em efeitos práticos e uma direção de
arte que remete mais à uma cenografia clássica de teatro, mas ainda assim sofre
com o roteiro clichê demais e que até mesmo remete a enredos de produção já
feitas pelo estúdio.

11– Alice Através do Espelho (2016, de James Bobin)

Resultado de imagem para alice através do espelho
Lançado
sem alarde, ou sem muito expectativa em torno, a continuação da produção de
2010 entra também nas listas de continuações desnecessárias e esquecíveis do
cinema. Principalmente vindo do fato de que a primeira produção dirigida pelo
Tim Burton não era memorável o suficiente para merecer uma continuação, que
neste caso abandona da premissa e complexidade da continuação original da obra
de Lewis Carol,
Através do Espelho,
para expandir o universo do primeiro filme, fazendo uma mescla de origens de
diversos personagens da obra original, especialmente o Chapeleiro Maluco, vivido
novamente pelo Johnny Deep, além de incluir novos personagens como o vilão
Tempo, interpretado pelo Sacha Baron Cohen. A continuação sofre pela direção
muito no piloto automático de James Bobin, que não tinha a criatividade visual
que Tim Burton possuí, mesmo que aqui não é tão exagerado como o primeiro. O
longa não fez sucesso, principalmente porque ele foi lançado no auge das polêmicas
envolvendo o astro Johnny Deep, e que era a grande figura em todos os cartazes
e materiais promocionais.

10– Alice no País das Maravilhas (2010,
de Tim Burton)



O
primeiro grande sucesso dessa nova onda de adaptações cinematográficas de
animações, esta produção foi muito esperada na época por conta do envolvimento
do cineasta Tim Burton em dar uma nova forma ao clássico desenho da Disney de
1951. Mesmo batendo um bilhão de dólares, muito por conta da popularidade que o
3D estava fazendo naquele período, a produção foi considerada decepcionante por
não sab
er aproveitar o material original, apostando apenas no visual sombrio
que é visto hoje em dia como paródico comparado ao talento que o Tim Burton foi
capaz de realizar no começo da sua carreira. Além disso a nova versão apostou
muito na premissa previsível de “o escolhido retornará para libertar o povo
oprimido” invés de aprofundar no texto rico de Lewis Carrol e ser transposta
para o cinema de uma maneira que condissesse com a capacidade do cineasta.
Mesmo contando com um grande elenco, como Johnny Deep, Helena Boham Carter,
Alan Rickman, Anne Hathaway e Crispin Glover, a direção não soube aproveitar o
talento dos atores, onde todos fazem atuações mecânicas e caricatas, o filme
que tinha tudo para ser marcante para uma geração, acabou-se amplamente
esquecido e não tem bons olhos nos últimos anos.

9- Malévola (2014, de Robert Stromberg)



Resultado de imagem para maleficent banner
Outro
sucesso dessas adaptações, e até mesmo inesperado, foi a versão de A Bela Adormecida, desta vez contada
pelo ponto de vista da vilã Malévola, o que foi uma mudança significativa para
esses novos filmes, e que contou com a escalação da estrela Angelina Jolie
fazendo a vilã. Mesmo contando com uma decisão criativa de efeitos especiais
exagerados e espalhafatosos e sem muita identidade própria, esse filme se
destacou por ter dado um certo ar de feminismo na figura da vilã e na relação
com a princesa Aurora, que foi vivida pela Elle Fenning, meio que quebrando o
clichê de que somente o amor do príncipe encantado salvaria o dia, e no lugar
foi o amor materno das duas personagens, isso deu uma certa novidade para
história original, mesmo que o conceito já foi muito bem trabalhado em outras
produções do estúdio como a animação Frozen
– Uma Aventura Congelante
, por exemplo. Apesar dessas inovações, o filme peca
pelo distanciamento da obra original de maneira desnecessária e que não
respeita as raízes da história.


8– A Bela E a Fera (2017, de Bill
Condon)



Imagem relacionada
Até
hoje é o maior sucesso dos live-actions da
Disney, a superprodução foi muito comentada em rede sociais meses antes do
lançamento, muito por conta do grande elenco anunciado, entre eles Ewan
McGregor, Emma Thompson, Dan Stevens, Ian Mackllen, e Luke Evans, e a
principal, Emma Watson, a eterna Hermione de Harry Potter, fazendo a protagonista Bela, além do fato de ser uma
animação muito amada e ter marcado a história do cinema por ter sido o primeiro
longa animado a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme. Infelizmente a nova
versão de Bill Condon deixa muito a desejar, principalmente pela atuação
mecânica e pouco interessante de Watson, e além de uma devoção extrema ao longa
original e trazer pouquíssimas novidades a história, além de contar com um CGI duvidoso e uma direção de musical
muito padrão comparado ao potencial que o filme original passava.

7- O Rei Leão (2019, de Jon Favreau)



Imagem relacionada
Um
dos filmes mais esperados do ano, principalmente pelo fato da animação clássica
de 1994 ser considerada uma obra-prima do cinema e é muito amada pelo grande
público, mas infelizmente se mostrou ser decepcionante em certos aspectos.
Assim, a nova versão está longe de ser ruim, e ao contrário da A Bela e a Fera, o CGI para recriar os animais através de uma animação fotorealista
está digno de aplausos, tudo nos mais perfeitos detalhes, além de contar com
uma direção primorosa de Favreau na fotografia e como conduzir a animação para
recriar a obra original nos detalhes e de maneira respeitosa. Mas ao mesmo
tempo que a animação realista é bela e bem-feita, se revela limitadora para o
longa, pois o realismo dos animais é tão forte e presente na obra que acaba
dificultando na expressão facial e afeta no carisma dos personagens e de vez em quando não
passa a emoção que o longa original possuía, mesmo tendo um elenco estelar como
Donald Glover, Beyonce, James Earl Jones, Seth Rogen, James Oliver e Chiwetel Ejiofor,
não é capaz de suprir o charme e o brilho original que a animação possuía. Além
disso, o roteiro se mostra com tanta devoção em recriar a história original que não
se preocupa em inovar o acrescentar algo original. Talvez se torne um
marco dos efeitos especiais, mas certamente não será memorável como a animação de
94.


6– Dumbo (2019, de Tim Burton)


Resultado de imagem para dumbo 2019
Tim
Burton retorna para mais um live-action,
e ao contrário de sua experiência anterior, aqui se mostra mais bem-sucedido.
Mesmo não sendo perfeito, a nova versão da história do elefante voador
demonstra qualidades significativas, pois ela se preocupa em expandir a
narrativa original da animação, dando um contexto maior do filme de 1941,
tirando as partes controversas do original que não envelheceram bem, como o alcoolismo do
Dumbo, e as partes racistas em certos momentos. Além do fato de Tim Burton
conseguir tomar decisões criativas mais próximas ao seu cinema, como por exemplo
na direção de arte e na trilha sonora, e até certos momentos ousados quando faz
uma crítica à própria figura do criador icônico do estúdio, Walt Disney, com o
personagem do Michael Keaton. O que peca ao filme mesmo é o seu elenco
infantil, com nenhum carisma e sem expressão significativa, ou até mesmo adulto
como Colin Farrell e Eva Green. Infelizmente a produção foi considerada o
primeiro fracasso comercial dessa tendência de live-actions, chegando até mesmo dar prejuízo ao estúdio.


5– Christopher Robin – Um Reencontro Inesquecível
(2018, de Marc Foster)



Imagem relacionada
A
princípio soaria piada fazer um live-action
sobre a turma do Ursinho Pooh, mas a produção de 2018 sob comando de Marc
Foster se provou uma grata surpresa. Ao contrário da maioria das produções multimilionárias,
onde há extenso envolvimento de efeitos especiais grandiosos, esse longa
aposta numa pegada mais singela de drama sobre nostalgia e sobre se reconectar com a imaginação
infantil, algo muito pertinente nas histórias originais do personagem. O longa
impressiona pela precisão de recriação do período pós-segunda guerra mundial, e
com isso o ambiente engrandece a premissa de colocar o personagem Christopher
Robin, interpretado muito bem por Ewan McGregor, sendo um adulto amargurado e
viciado em trabalho, e que precisa se reconectar com a felicidade do passado
que deixou para trás, através do reencontro com os seus queridos amigos de
pelúcia do Bosque do 100 Acres. O resultado que dá é um filme leve, gostoso de
assistir e que passa uma mensagem reconfortante sobre família.


4– Cinderela (2015, de Kenneth
Branaght)



Resultado de imagem para cinderella 2015
A
produção de 2015 feita para recontar novamente a história da princesa que perde
o sapatinho de cristal é um deleite visual, é um bom exemplo de como ser devoto
ao longa original no visual, mas ao mesmo tempo ter uma própria identidade,
muito se deve à direção de Kenneth Branaght, cujo o repertório de sua carreira
vem de adaptações de obras shakespearianas no cinema, então condiz
essencialmente a vontade de se aproximar ao estilo clássico europeu do conto
original. Apesar de ser uma recontagem da história clássica sem muitas
alterações, o longa é uma homenagem à
beleza do clássico da Disney em essência
e espirito, tendo um elenco ótimo que respeita a essência dos personagens, como Lily James fazendo a protagonista, Cate Blanchet fazendo a
madrasta má, Helena Bohan Carter sendo a fada madrinha e Richard Madden como o
príncipe encantado.


3– Aladdin (2019, de Guy Ritchie)



Resultado de imagem para aladdin 2019
Contra todas as expectativas, a adaptação da
clássica animação de 1992 estava sendo massacrada pelo público antes de
estrear, por todas as controvérsias em torno de seu lançamento. Mas ,surpreendentemente, a nova versão do Guy Ritchie consegue ter uma identidade
própria sem superar o clássico. Ao contrário das produções anteriores, o filme
atualiza muitos elementos da animação, dando um protagonismo mais presente da
princesa Jasmine, um contexto maior da região de Agrabah, dando um subtexto na
motivação do vilão Jafar, além de darem uma atualização de ritmo e melodia das
músicas clássicas, tornando ainda tão boas como as músicas originais, e
principalmente o mais esperado que era a nova representação do Gênio, para
muitos é insuperável a interpretação clássica do personagem de Robin Williams,
mas a versão encabeçada pelo astro Will Smith é tão cativante como o original de
maneira única.

2– Meu Amigo, o Dragão (2016, de David
Lowrey)


Imagem relacionada
Temos
aqui o mais desconhecido da lista, mas também é o mais subestimado, além de
ter uma execução muito impressionante. Para quem não conhece, o longa é uma
refilmagem de uma produção de 1977, e consegue ser muito superior ao longa
original, pois o seu maior mérito é mudar o gênero e garantir uma assinatura
visual muito própria. Se o primeiro longa era algo muito infantil e bobo, a
nova versão surpreende pelo teor mais dramático e até mesmo sombrio, algo muito
diferente vindo da própria Disney, mas ainda assim a direção de Lowrey é
contida e consegue dar uma dinâmica que remetem aos filmes de aventura dos anos 1980, com uma execução admirável e surpreendente, tudo isso garante uma boa diversão aliado à
personagens e atores carismáticos, como Bryce Dallas Howard, Robert Redford e
Karl Urban.

1- Mogli – O Menino Lobo (2016, de Jon
Favreau)


Imagem relacionada
Essa
produção coleciona muitos méritos, de todas as formas possíveis, e são muito
mais que merecidos. Se Jon Favreau deixou a desejar com O Rei Leão em termos de novidades narrativas, o longa de 2016
consegue brilhantemente atualizar a animação de 1967, deixando a história mais
madura e complexa, ao misturar o enredo da animação clássica com elementos da
história original de
Rudyard Kipling, a história do garoto criado por lobos
torna uma proporção inesperada e consegue até mesmo ser melhor que a animação
original. Além, claro, da cereja do bolo que são os efeitos especiais primorosos
e reconhecidos pelo Oscar ao recriar um universo florestal denso e rico em
detalhes, tudo isso aliado à direção primorosa de Favreau que consegue conduzir
o longa
e todo o carisma e espírito guiado pela atuação do jovem Neel Stehi, fazendo o protagonista que é capaz de atuar com naturalidade em meio de animais
d
igitais que são dublados por grandes astros de Hollywood, como Bill Murray,
Idris Elba, Christopher Walken, Ben Kingsley, Lupita Nyong’o e Scarllet
Johansson.


O que achou da nossa lista? Concorda com ela? Qual é o seu live-action preferido?



Deixe uma resposta