A Equipe do Blog Comenta: Cemitério Maldito (2019, de Kevin Kölsch e Dennis Widmyer)

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Rodrigo Zanateli

Cemitério Maldito de 2019 é uma produção competente. O clima bem construído que se baseia principalmente a partir das grandes atuações de todos os atores principais da trama, é de uma inquietude sem tamanho. As nuances dos personagens, as mudanças de perspectivas e distúrbios que crescem na psique da família, faz com que o espectador fique vidrado no filme na medida em que consegue esquecer que a obra é a adaptação do livro de mesmo nome.  

A história inova em relação as outras produções de mesmo nome e, na minha visão, é uma espécie de realidade alternativa para o livro de Stephen King, o que a faz se distanciar significativamente da obra original. O filme é raso sim, mas não se propõe ser outra coisa, e ainda tem um final que é no mínimo interessante. 

Entendo que a expectativa de muitos quanto a esse filme não será suprida, visto o carinho que os fãs carregam pelo livro. Mas é uma ótima experiência para se ter no cinema e o melhor filme com este título que tivemos até agora. 




Yago Tanaka


Remando contra a maré de cinéfilos raivosos, eu não critico releituras e continuações de sucessos antigos, ainda que sinta muita falta de projetos originais. Cemitério Maldito ganhou uma nova versão mais séria e menos trash do que o original, que convenhamos, não é uma obra-prima do terror, mas como as adaptações do Stephen King voltaram à moda, não podiam deixar de fora um dos seus maiores sucessos. 


Cemitério Maldito acerta em criar um bom clímax de suspense e em ter atores competentes, mas o protagonista é muito chato e não dá para criar empatia ou vínculo nenhum com ele, o que é fundamental em filmes de terror, além disso, a paleta de cores incomoda, já que se quiser enxergar, vai ter que forçar muito a vista.



Se um filme de terror não consegue te fazer torcer para o protagonista e nem te deixar com medo, algum problema tem, não é mesmo? Mas algumas cenas são bem filmadas, os efeitos especiais e a maquiagem também são bons e o clímax é mantido até o final.








João França


A nova versão da adaptação de Cemitério Maldito num primeiro momento parece utilizar aquela velha fórmula do terror, apoiada em jump scares, mas, pouco a pouco começamos a notar uma diferença matadora (com o perdão do trocadilho) entre as versões: nesta há um esmero com a construção dos personagens. 

Existe, inclusive, em relação ao original, uma mudança do arco dramático que envolve mãe e a falecida irmã, que somado ao ótimo trabalho do roteiro, confere mais veracidade nas reações dos personagens.
Essa boa construção tem um preço, que é a impressão que o suspense acaba durando menos do que poderia, com a sensação de estranheza crescente se perdendo durante o segundo ato. Aqui, obviamente, existe o fator conhecimento da história, que acaba por atrapalhar essa experiência do suspense, mas, ainda por isso, acredito que aqui, o trabalho poderia ser mais criativo, como foi, por exemplo, o da fotografia.

De toda forma, estamos diante de um belíssimo exemplar de um terror clássico, com nuances modernas e o principal, cenas que nos fazem contorcer na cadeira.



Ettore R. Migliorança

Leia a crítica completa dele aqui!

Nota-se que esse novo filme demonstra intenções boas e que prometia ser uma adaptação tão emblemática e marcante como a obra de Stephen King (…), só que se comparar com essa produção e com as demais do mestre King sua diferença marcante nasce na execução, e o novo Cemitério Maldito demonstra que a importância da boa direção é o que concretiza essa visão para um filme funcionar e faz este filme entrar naquele patamar de adaptações/refilmagens que não serão marcantes comparado ao potencial. Infelizmente ficará para a próxima oportunidade.


Léo Costa

Tenho visto muita gente detonar este remake do clássico Cemitério Maldito, terror dos anos 80 baseado no livro do mestre do horror Stephen King. É interessante que o original, considerado cult hoje em dia, na época do seu lançamento também não foi muito agraciado em crítica e público, tampouco sua continuação. O curioso é que este remake não faz tão diferente do original. Ok, existem algumas diferenças, mas elas não são ruins a ponto de interferir na trama básica: quem for enterrado no tal cemitério, retorna como algo maligno. Dito isso, essa nova empreitada possui atuações interessantes, uma atmosfera pesada crescente (o que é algo raro em filmes hoje em dia) e interessantes paralelos sobre as fases de um luto, a negação de perder alguém na morte e indaga até onde iríamos para contornar-mos a morte. 


O final, bastante climático e corajoso, afunda de vez a trama no bizarro e macabro. Embora seja este um ponto detonado por muitos, é justamente esta virada que considero como o maior acerto do filme, fugindo bastante do normal. Clichê e por vezes ambicioso demais, não é nada espetacular, mas diverte enquanto filme de gênero. Merece ser conferido sem aqueles velhos preconceitos com as refilmagens. 

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Título Original: Pet Sematary

Direção: Kevin Kölsch e Dennis Widmyer

Duração: 101 minutos

Elenco: Jason Clarke, John Lithgow, Amy Seimetz, Jeté Laurence, Obssa Ahmed
Sinopse: Uma família se muda para uma nova cidade pequena querendo recomeçar a vida, mas ao descobrirem que perto do terreno da nova residência existe um cemitério de animais com um passado macabro, coisas terríveis e não naturais começam a acontecer provando que a morte é mais sinistra do que se imagina.


Trailer:


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