Em outubro de 1941 os estúdios Disney lançavam sua quarta animação original nos cinemas. O longa-metragem contava a história de Jumbo Jr., um bebê elefante que nasceu em um circo e é ridicularizado por ter orelhas bem grandes, mas descobre que consegue voar com a ajuda delas. Jumbo ganha o maldoso apelido de Dumbo, que no inglês remete a palavra dumb que significa estúpido ou bobo, e dá título ao filme. Inspirado na história infantil da escritora Helen Aberson, Dumbo ganhou uma nova versão para os cinemas assinada pelo renomado diretor Tim Burton, neste ano.
A
animação tradicional fica de lado na versão de Burton e o enigmático elefante
ganha vida através das novas ferramentas proporcionadas pela inovação da
computação gráfica e se torna um live-action. Além disso, outra diferença
perceptível é a duração do longa, em 1941 eram 64 minutos e agora são 48
minutos a mais em que o diretor precisou criar uma história paralela para
colocar seu toque no clássico da Disney.
Dumbo em 1941 |
E,
certamente, essa é a parte em que o filme perde seu encanto. É claro que não
é fácil mexer em um filme considerado clássico e não era de se esperar que
ficasse exatamente igual ao original, apesar do filme ser considerado um
remake. Porém, o universo criado pelo roteirista Ehren Kruger e Tim Burton
parece raso e previsível. Entendemos que o tema é limitado, criar algo com o
tema de circo e um elefante voador não deve ser simples, mas não encontramos a
magia, o toque de esquisitice e a riqueza de detalhes que tornam as histórias de
Tim Burton tão reconhecíveis e amadas, o que já faz essa versão perder um pouco
do brilho.
certamente, essa é a parte em que o filme perde seu encanto. É claro que não
é fácil mexer em um filme considerado clássico e não era de se esperar que
ficasse exatamente igual ao original, apesar do filme ser considerado um
remake. Porém, o universo criado pelo roteirista Ehren Kruger e Tim Burton
parece raso e previsível. Entendemos que o tema é limitado, criar algo com o
tema de circo e um elefante voador não deve ser simples, mas não encontramos a
magia, o toque de esquisitice e a riqueza de detalhes que tornam as histórias de
Tim Burton tão reconhecíveis e amadas, o que já faz essa versão perder um pouco
do brilho.
Na
nova versão, os animais falantes saem de cena para o núcleo de humanos entrar e
guiar a narrativa. O primeiro que conhecemos é Holt Farrier (Colin Farrell),
uma ex-estrela do circo Medici que precisou deixar sua família para ir para
Primeira Guerra Mundial. Quando ele retorna, depois de perder seu braço esquerdo e sua esposa, o dono do circo Max Medici (Danny DeVito) lhe dá a tarefa de
cuidar dos elefantes. Milly (Nico Parker) e Joe (Finley Hobbins) são os filhos
de Holt que não conseguem criar um laço de confiança com o pai e ajudam Dumbo,
fazendo o mesmo papel de Timóteo, o ratinho do filme de 1941.
nova versão, os animais falantes saem de cena para o núcleo de humanos entrar e
guiar a narrativa. O primeiro que conhecemos é Holt Farrier (Colin Farrell),
uma ex-estrela do circo Medici que precisou deixar sua família para ir para
Primeira Guerra Mundial. Quando ele retorna, depois de perder seu braço esquerdo e sua esposa, o dono do circo Max Medici (Danny DeVito) lhe dá a tarefa de
cuidar dos elefantes. Milly (Nico Parker) e Joe (Finley Hobbins) são os filhos
de Holt que não conseguem criar um laço de confiança com o pai e ajudam Dumbo,
fazendo o mesmo papel de Timóteo, o ratinho do filme de 1941.
Holt Farrier (Colin Farrell), Milly (Nico Parker) e Joe (Finley Hobbins) |
Depois
que todos descobrem o talento do elefante, o grande empresário circense VA
Vandevere (Michael Keaton) junto com sua parceira Colette Marchnat (Eva Green),
uma fantástica trapezista, convencem Max Medici a fazer uma sociedade para
criar a Dreamland, um lugar onde a magia acontece e Dumbo é a estrela. Não é difícil
identificar o personagem de Keaton como vilão, pois o mesmo é muito caricato.
que todos descobrem o talento do elefante, o grande empresário circense VA
Vandevere (Michael Keaton) junto com sua parceira Colette Marchnat (Eva Green),
uma fantástica trapezista, convencem Max Medici a fazer uma sociedade para
criar a Dreamland, um lugar onde a magia acontece e Dumbo é a estrela. Não é difícil
identificar o personagem de Keaton como vilão, pois o mesmo é muito caricato.
Apesar
dos nomes de peso, o elenco é outro problema do filme. Quando os atores humanos são responsáveis
pela cena, eles não convencem e não passam a emoção que a história pede, principalmente
Nico Parker, que interpreta uma personagem chave, mas parece ter sempre a mesma
expressão no rosto. Aliás, uma das características de Milly é a vontade de ser uma cientista, porém essa ideia sempre é desmotivada pelos outros, principalmente por seu pai, que se redime com sua filha em uma cena que tenta abordar um pouco de feminismo, mas acaba sendo um momento forçado e até desnecessário.
dos nomes de peso, o elenco é outro problema do filme. Quando os atores humanos são responsáveis
pela cena, eles não convencem e não passam a emoção que a história pede, principalmente
Nico Parker, que interpreta uma personagem chave, mas parece ter sempre a mesma
expressão no rosto. Aliás, uma das características de Milly é a vontade de ser uma cientista, porém essa ideia sempre é desmotivada pelos outros, principalmente por seu pai, que se redime com sua filha em uma cena que tenta abordar um pouco de feminismo, mas acaba sendo um momento forçado e até desnecessário.
VA Vandevere (Michael Keaton) e Max Medici (Danny DeVito) |
Assim
como no original, Dumbo não fala uma palavra, mas consegue transmitir todo seu
carisma no olhar. Seja na animação tradicional, seja feito digitalmente, o pequeno
elefante carrega a mesma magia de sempre. Vê-lo voar pela primeira vez no
live-action tem a mesma emoção do primeiro filme. Vê-lo triste e angustiado por
ter sido separado de sua mãe parte seu coração da mesma forma. Vê-lo se
libertar das correntes do circo e das correntes da sua insegurança continua
sendo tão comovente quanto antes, se não mais. Pode-se dizer que o filme vale a pena por conta dele, independente de histórias paralelas.
como no original, Dumbo não fala uma palavra, mas consegue transmitir todo seu
carisma no olhar. Seja na animação tradicional, seja feito digitalmente, o pequeno
elefante carrega a mesma magia de sempre. Vê-lo voar pela primeira vez no
live-action tem a mesma emoção do primeiro filme. Vê-lo triste e angustiado por
ter sido separado de sua mãe parte seu coração da mesma forma. Vê-lo se
libertar das correntes do circo e das correntes da sua insegurança continua
sendo tão comovente quanto antes, se não mais. Pode-se dizer que o filme vale a pena por conta dele, independente de histórias paralelas.
Dumbo em 2019 |
Após 78
anos, o live-action de Dumbo surge para reacender o carinho que sentimos pelo
animal, mas não surpreende como o esperado. O filme também coloca aquela pulga atrás
da orelha que nos faz questionar: será que realmente precisamos de versões
live-action dos clássicos da Disney? Para o estúdio, a resposta deve vir em
forma de bilheteria deste e de outros longas que já estão programados para este
ano.
anos, o live-action de Dumbo surge para reacender o carinho que sentimos pelo
animal, mas não surpreende como o esperado. O filme também coloca aquela pulga atrás
da orelha que nos faz questionar: será que realmente precisamos de versões
live-action dos clássicos da Disney? Para o estúdio, a resposta deve vir em
forma de bilheteria deste e de outros longas que já estão programados para este
ano.
Título Original: Dumbo
Direção: Tim Burton
Duração: 112 minutos
Elenco: Colin Farrell, Danny DeVito, Nico Parker, Finley Hobbins, Michael Keaton, Eva Green e outros.
Sinopse: Holt
Farrier é uma ex-estrela de circo que retorna da guerra e encontra seu mundo
virado de cabeça para baixo. O circo em que trabalhava está passando por
grandes dificuldades, e ele fica encarregado de cuidar de um elefante
recém-nascido, cujas orelhas gigantes fazem dele motivo de piada. No entanto, os filhos de Holt descobrem
que o pequeno elefante é capaz de uma façanha enorme: voar.
Trailer:
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Ever since I love Dumbo. Can't wait to watch this. Thank you for sharing this.