Os 11 filmes de língua não-inglesa que foram Indicados ao Oscar de Melhor Filme


A raridade de um filme de língua não-inglesa ser indicado ao Oscar de Melhor Filme é muito maior do que imaginamos. Visto a existência de uma outra categoria que, em tese, está lá para justamente abrigar os filme de outros idiomas, tais produções parecem ser colocadas em uma espécie de ambiente subalterno para serem lembradas ao mesmo tempo que não estão no holofote da noite de premiações. Por isso quando, de tempos em tempos, um filme consegue figurar na categoria de melhor filme, algumas vezes até nas duas, como no caso de Roma, um certo favoritismo paira sobre essas obras, quase por conta de uma força quebradora de paradigmas que estas podem carregar.

Ao todo, apenas 11 filmes nas 91 edições do Oscar alcançaram tal feito, elemento que, por isso, nos motivou a levantar todos estes filmes para que você possa maratoná-los antes da tão famosa noite. Atenção ao fato de que estamos falando apenas do idioma falado no filme, visto que a produção da maioria destes envolvera um número razoável de países, de diferentes idiomas.




A Grande Ilusão (1937, de Jean Renoir – Francês)

Durante a Primeira Guerra Mundial, num campo de prisioneiros na fronteira franco-alemã, as dificuldades levam homens antes inimigos a se unirem. Os gestos de solidariedade prevalecem sobre o conceito de nacionalidade e razões políticas. As ligações entre os dois oficiais inimigos parecem mais fortes que as de soldados de um mesmo exército.



Z (1969, de Costa-Gavras – Francês)

Tendo como trama básica o assassinato de um político liberal (Yves Montand) cometido como se fosse um acidente, é retratado o caso Lambrakis, fato acontecido na Grécia no início da década de 60 no qual a investigação sobre a morte do político foi escandalosamente encoberta por uma rede de corrupção e ilegalidade na polícia e no exército.


Os Emigrantes (1971, de John Troell – Sueco)

Na metade do século 19, o casal Kristina e Karl-Oskar vive numa vila rural no interior da Suécia. Mas o pequeno pedaço de terra que possuem é praticamente infértil, o que não lhes garantem boas colheitas. Certa vez um dos filhos quase morre de fome. É quando eles decidem emigrar para os Estados Unidos na companhia de outras famílias nas mesmas condições – e todos conduzidos por um padre local. Eles vendem o pouco que têm e embarcam numa longa jornada. Mas alguns desses emigrantes jamais chegarão ao Novo Mundo.


Gritos e Sussurros (1971, de Ingmar Bergman – Sueco)

Em uma casa no campo uma mulher está bastante enferma e recebe cuidados
de suas duas irmãs e de uma empregada da família, que precocemente
perdeu sua filha e por isso extravasa seu amor de mãe dando o maior
carinho possível para aquela moça tão debilitada. Dentro deste contexto,  lembranças, frustrações e imaginações em um misto de amor e ódio surgem
no interior de cada pessoa.

O Carteiro e o Poeta (1994, de Michael Radford – Italiano)

Mario (Massimo Troisi) é um carteiro que, ao fazer amizade com o grande poeta Pablo Neruda (então exilado político), vira seu carteiro particular e acredita que ele pode se tornar seu cúmplice para conquistar o coração de uma donzela. Descobre, assim, a poesia que sempre existiu em si, assemelhando-se às descobertas de verdade pelos meios dialéticos de Sócrates-Platão.


A Vida é Bela (1997, de Roberto Benigni – Italiano)

Na Itália dos anos 40, Guido (Roberto Benigni) é levado para um campo de concentração nazista e tem que usar sua imaginação para fazer seu pequeno filho acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam. 


O Tigre e o Dragão (2000, de Wo Hu Cang Long – Mandarim)

A história de duas mulheres, ambas exímias lutadoras, cujos destinos se tocam em meio Dinastia Ching. Uma tenta se ver livre do constrangimento imposto pela sociedade local, mesmo que isso a obrigue a deixar uma vida aristocrática por outra de crimes e paixão. A outra, em sua cruzada de honra e justiça, apenas descobre as consequências do amor tarde demais. Os destinos de ambas as conduzirão uma violenta e surpreendente jornada, que irá forçá-las a fazer uma escolha que poderá mudar suas vidas.

 Cartas de Iwo Jima (2006, de Clint Eastwood – Japonês)

Junho de 1944. Tadamichi Kuribayashi (Ken Watanabe), o tenente-general do exército imperial japonês, chega na ilha de Iwo Jima. Muito respeitado por ser um hábil estrategista, Kuribayashi estudara nos Estados Unidos, onde fizera grandes amigos e conhecia o exército ocidental e sua capacidade tecnológica. Por isso o Japão colocou em suas mãos o destino de Iwo Jima, considerada a última linha defesa do país.




Babel (2006, de Alejandro Iñárritu –  Espanhol, japonês, árabe e inglês)

Um trágico acidente no Marrocos deflagra uma sucessão de eventos que irão ligar quatro grupos de pessoas, divididas por diferenças culturais e longas distâncias, que vão compartilhar um destino que vai conectá-los definitivamente.


Amor (2012, de Michael Haneke –  Francês)

Amour trata da relação de Georges e Anne, um casal de idosos apaixonados pela arte e, principalmente, um pelo outro. Os desafios da terceira idade e terem de lidar com a proximidade da morte afetam sua forma de viver e o modo como se relacionam com a filha, mas o amor entre eles segue inabalável. 

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Roma (2018, de Alfonso Cuarón – Espanhol)

Cidade do México, 1970. A rotina de uma família de classe média é controlada de maneira silenciosa por uma mulher (Yalitza Aparicio), que trabalha como babá e empregada doméstica. Durante um ano, diversos acontecimentos inesperados começam a afetar a vida de todos os moradores da casa, dando origem a uma série de mudanças, coletivas e pessoais.

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