Crítica: A Incrível História de Adaline (2015, de Lee Toland Krieger)


Em meio a tantos blockbusters lançados no cinema, os filmes de menor destaque acabam passando despercebidos pela maioria do público. A Incrível História de Adaline chegou nos cinemas brasileiros em 21 de maio de 2015. A trama segue Adaline Bowman, nascida em 1908. Ela tinha uma vida normal, marido, uma filha, até sofrer um grave acidente de carro. Desde então, o tempo, milagrosamente, parou para Adaline ficando indefinidamente com a aparência de 29 anos. Ela vive uma existência solitária, nunca se permitindo criar laços com ninguém, para não ter seu segredo revelado até conhecer o jovem filantropo, Ellis Jones, um homem por quem pode valer a pena arriscar sua imortalidade. Devo dizer que este filme surpreende positivamente!


O longa é uma mistura de romance com drama, ficção científica e com toques de fantasia. Uma jogada inteligente do roteiro foi assumir o tom de contos de fadas e colocar um narrador na trama, que encaixou perfeitamente na proposta do filme, principalmente no momento em que o narrador está explicando os fatos ocorridos com Adaline, baseando-se em uma teoria que ainda nem foi descoberta. Simplesmente genial e engraçado.

Outro fator que agrada, são as atuações, principalmente de Blake Lively (Gossip Girl), que está bem segura e passa toda a tranquilidade e experiência de uma pessoa com mais de cem anos de idade, além das angústias e sofrimentos que a mesma passou por todo esse período, como por exemplo, o fato de ficar longe da filha e de não poder se envolver intimamente com as pessoas por muito tempo. Outro que se destaca é Harrison Ford, que mesmo sendo uma participação especial, agrega muito ao desenvolvimento da história, além de nos brindar com uma excelente atuação.


O fato de o roteiro não apelar para aqueles típicos melodramas dos personagens com sua condição de especiais é interessante, pois aqui a personagem de Lively aceita a sua diferença, mesmo que ela tenha que se afastar das pessoas para não ter seu segredo revelado. A visão que o filme passa a respeito da juventude eterna é diferente, pois ela não é mostrada como uma dádiva, nem mesmo a protagonista a vê desse modo. A eternidade é como uma maldição, que impede as pessoas de se relacionarem, por saber que vão viver e ver seus entes queridos morrerem.


Outro ponto de destaque no longa, é a química do casal, que está muito boa, bem como o desenvolvimento do relacionamento. Em todo o desenrolar da história, você torce para que eles fiquem juntos. Também é necessário destacar o excelente trabalho de fotografia, que está perfeito, principalmente na cena do acidente, onde fica nítido a qualidade visual empregada, bem como nas cenas de flashback. Os figurinos também são um ponto alto, pois estão em constante mudanças, acompanhado a moda de cada década que a personagem vive.


Talvez o final possa gerar divergência porém, como foi mencionado no início, o filme desde de o começo assumiu o tom de contos de fadas e como tal, o final não poderia ser melhor e mais condizente com a proposta. Enfim, para quem gosta de romances dramáticos com toques de fantasia, essa produção é uma excelente dica, as atuações são boas, a química do casal principal está excelente e a história é bem envolvente.

Título Original: The Age of Adaline

Diretor: Lee Toland Krieger

Elenco: Blake Lively, Michiel Huisman, Harrison Ford, Ellen Burstyn, Kathy Baker, Amanda Crew, Lynda Boyd, Hugh Ross.

Sinopse: Adaline Bowman (Blake Lively) nasceu na virada do século XX. Ela tinha uma vida normal até sofrer um grave acidente de carro. Desde então, ela, milagrosamente, não consegue mais envelhecer, se tornando um ser imortal com a aparência de 29 anos. Ela vive uma existência solitária, nunca se permitindo criar laços com ninguém, para não ter seu segredo revelado. Mas ela conhece o jovem filantropo, Ellis Jones (Michiel Huisman), um homem por quem pode valer a pena arriscar sua imortalidade.

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