Crítica: Um Dia Para Viver (2018, de Brian Smrz)

Um Dia Para Viver é mais um longa-metragem de ação com um ator carismático e com pinta de galã, Ethan Hawke, que dá vida a Travis Conrad, um assassino que trabalha para uma organização chamada ‘Montanha Vermelha’, que tem como finalidade matar pessoas, por diversos motivos, dentre eles, aqueles que se intrometem em seus negócios. 



Enquanto Travis tira uns dias de férias ao lado do sogro, Frank (Rutger Hauer), em Florida Keys, EUA, em Namíbia, na África, Lin (Xu Qing) e Keith Zera (Tyrone Keogh) estão aparentemente fugindo (sim, porque de cara isso não fica claro, como algumas outras coisas no filme); e são alvejados na fronteira com a África do Sul, e a partir desse momento, ainda nos primeiros minutos de filme, começa a ação desenfreada.


O roteiro é assinado por Zach Dean, que já foi roteirista em A Fuga (2013), também do gênero ação e foi, aparentemente, outro fracasso, pois apesar de terem bons elencos, os filmes pecam em roteiro. É aquela velha história: gastam uma fortuna com o cachê de bons atores e entregam um filme mais ou menos. Um Dia Para Viver tem uma hora e meia de duração (ainda bem), onde vai tiro e vem tiro e quase nada acontece, até o momento em que Conrad (Hawke) é convocado para uma de suas missões e morto em um confronto com Lin (Qing). O que ele e nem os espectadores esperavam era sua sobrevivência; surge então a chave de ouro ou cereja do bolo, o elemento que teria feito do filme razoável, um filme muito bom, mas que não é desenvolvido. A ‘Montanha Vermelha’ não é apenas uma empresa assassina de aluguel, mas vem desenvolvendo um experimento criado pela Doutora Helen (Nathalie Boltt), chamado Lazarus, que permite trazer o morto de volta à vida, com um prazo de 24 horas (isso explica o título do filme), e é o tempo que Travis tem pra cumprir sua missão.



O elemento secreto do filme, que é dirigido por Brian Smrz, lembra, pelo menos, dois outros longas-metragens, como Renascida do Inferno (2015), que apesar do nome, consiste no mesmo experimento, e que por “coincidência” tem o mesmo nome, Lazarus. Para quem não se lembra, Lázaro, foi o homem que Jesus trouxe de volta à vida. Mas, como o filme é de terror, a história relata que a pessoa nunca é a mesma quando retorna dos mortos. O outro é O Preço do Amanhã (2011), em que o preço para viver é o tempo; todo mundo possui um marcador de tempo no pulso, aqueles com mais poder tem mais tempo e vice- versa. O tempo é marcado no pulso, igual é no pulso de Travis Conrad.



Com diretor e roteiristas que já trabalharam em outros filmes de ação, poderiam ter unido suas experiências e melhorar o que erraram no passado usando Um Dia Para Viver para acertar, mas não, eles fazem como a maioria faz: mais do mesmo! Produzem um filme que tem um bom elenco e uma premissa boa, mas que se perde no meio de tantos tiros, sangue e mortes. Falando em elenco, o ponto alto do filme é sem sombra de dúvidas, a interpretação de Ethan Hawke, que mostra que ainda está em ótima forma física e apresenta seu lado mais tira da pesada.





Título Original: 24 Hours To Live 
Direção: Brian Smrz 
Elenco: Ethan Hawke, Xu Qing, Tyrone Keogh, Natalie Boltt, Paul Anderson, Liam Cunningham, Rutger Hauer 

Sinopse: Um assassino (Ethan Hawke) ganha uma segunda chance quando seu empregador o traz de volta à vida temporariamente, logo após ter sido morto no trabalho. Ele tem 24 horas para realizar sua missão e se redimir.

Trailer:

Ansioso para assistir Um Dia Para Viver? Deixe aqui o seu comentário sobre o que acha dos filmes de ação que vem sendo produzidos. Obrigada pela leitura, espero que tenha gostado da crítica. 🙂

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