Somando cinema com criatividade já resulta algo maravilhoso – não é atoa os inúmeros filmes sensacionais existentes -, acrescentando a tecnologia nessa dupla fica ainda melhor, pois não há quem não adore aquelas super produções visuais e sonoras, com histórias e estórias envolventes, dramáticas, românticas, aterrorizantes, etc. É nítido perceber o quanto o cinema evoluiu e tem evoluído cada vez mais ao longo dos anos. Não dá pra negar que o cinema é mesmo a Sétima Arte – não é mesmo? -.
Como quase todo lado da história tem um “mas”, aqui não deixaria de ser diferente, mas, não é para um lado negativo e sim, super positivo – e ousado! -! Assim como tem produtores investindo em super produções milionárias, cheias de efeitos e tendo filmes basicamente dentro de salas verdes, àqueles que preferem fazer algo bem “diferentão”, que foi o caso desse filme em questão. Levan Gabriadze, diretor do filme, inovou a indústria do cinema lançando um filme em que a imagem é somente uma chamada no Skype entre alguns amigos – e a qualidade nem é tão boa assim -. Há quem diga que seria um retrocesso cinematográfico mas, nós, do Minha Visão do Cinema, acreditamos que é algo apenas ousado, e, assim como todo e qualquer filme, tem suas chances de serem muito bons ou muito ruins.
Se formos parar para analisar a grande maioria dos filmes de terror, com toda tecnologia que temos atualmente, facilmente podemos concluir que menos pessoas teriam morrido se existisse um celular com utilidades que valessem a pena o deixar sempre carregado – porque sempre acaba a bateria, né?! – e internet móvel. Tendo isso em vista, os filmes não podiam continuar sempre no mesmo clichê, e foi aí que Gabriadze acertou. Para que uma ideia mais inovadora que produzir um filme que se passa o tempo todo no mundo virtual e com praticamente zero de recursos? Pois, por mais simples que possa ser e parecer, a trama não deixa de impactar, além de ser muito familiar, pois tirando uma coisa cá outra lá, a experiência do filme é a mesma da realidade de muitos.
O filme é, basicamente, um retrato falado do momento em que estamos vivendo: conectados o tempo todo na internet, amizades, zoeiras excessivas que muitas vezes tornam-se desastrosas, segredos, bullying, suicídio… São premissas ótimas compactadas em poucos minutos de filme. E os atores, até mesmo os de primeira viagem, conseguiram demonstrar o medo, desespero, desinteresse e estresse da situação, mesmo sentados na frente do computador a maior parte do filme. Logo, não são de todo ruins, e seria injusto compará-los com quem já está no mundo da atuação há anos.
Se o filme for comparado com a maioria das demais – e bem altas – produções do cinema, obviamente será considerado ruim. No entanto, o filme merece ser analisado por outras perspectivas que não somente a da fotografia, trilha sonora, atuações espetaculares, efeitos visuais e sonoros, entre outros aspectos super desenvolvidos de hoje, mas, sim, pela ideia inovadora que trouxe. Não parece inútil dizer, todo filme tem algum aspecto que podia ter sido melhorado ou feito de forma diferente, e com Amizade Desfeita não seria diferente, mas, só pelo fato de ter quebrado vários clichês já vale a pena ser assistido!
Outro ponto a ser levado em consideração é o puro e simples fato de que tirando o sobrenatural, a estória facilmente poderia ser uma história. O que acaba por deixar o telespectador deveras aflito, porque o terror não está do lado de fora, não está no barulho que se ouve no corredor, no demônio que aparecerá no espelho ou espírito que vai puxar sua coberta e abrir todas as portas do armário, o terror acaba sendo as consequências de todas as atitudes negativas de alguém sobre a vida de outrem, e o quanto pode ser tão ruim para quem foi vilão quanto para quem foi vítima.
A dúvida é: existe mesmo um espírito por trás ou a mente pode ser tão influenciada pelo medo que o ser humano pode se auto punir – da pior e mais bruta forma possível – pelos próprios erros?
Título original: Unfriended
Direção: Levan Gabriadze
Elenco: Heather Sossaman, Moses Storm, Renee Olstead, Shelley Henning, Will Peltz, Cal Barnes, Christa Hartsock, Courtneu Halverson, Jacob Wysocki, Matthew Bohrer, Mickey River.
Sinopse: Laura (Heather Sossaman) após ter sido vítima de bullying a nível descomunal, não aguentou o sofrimento e se suicidou. Agora, seus amigos são assombrados virtualmente por uma entidade misteriosa e com sede de vingança, que usa a conta online de Laura, e quer mostrar a todo custo e por meio de qualquer chantagem, que naquele círculo talvez ninguém seja amigo de ninguém e que todos podem ter sua parcela de culpa no suicídio, até mesmo sua melhor amiga, Blaire (Shelley Henning).
Trailer:
Galeria de Imagens:
Gostou? Não deixe de assistir o filme e nos contar em nossas redes sociais o que você achou desse formato inovador no mundo do cinema.