Quem assistiu a série teenager Gossip Girl, com certeza se lembrará do incrível Chuck Bass (Ed Westwick), namorado da socialite Blair. Chuck Bass, na série, era um jovem milionário que possuía uma autoconfiança e atitudes impulsivas que deixavam qualquer um sem fôlego.
Assistindo à Gossip Girl, observávamos um Chuck Bass que pendia mais para vilão, mas com carisma. Era o vilão que a gente gostava.
Como já disse algumas vezes, eu curto vilões ou pessoas desajustadas em filmes e séries pois eles me parecem mais reais que os demais “certinhos”.
Em White Gold (Ouro Branco), situada em Essex (1983), temos a história do vendedor Vincent Swan, que decide prosperar em seu novo emprego (uma loja de janelas) e usa seu carisma e lábia para conseguir fechar seus negócios, custe o que custar. O ator repete a mesma fórmula de Chuck Bass, mas sem o glamour do original.
Produzida pela BBC, sua dinâmica é bem leve, com apenas seis episódios de 30 minutos cada. White Gold é aquela serie despretensiosa e politicamente incorreta, inteligente, que vale assistir de uma vez.
O diretor e roteirista da série, também é o mesmo de The Inbetweeners, Damon Beesley, e dois dos principais atores também (Joe Thomas e James Buckley), em alguns momentos lembra The Inbetweeners, pois há personagens e piadas bem semelhantes, porém esta paridade não tira o brilhantismo de White Gold.
Ed Westwick, com seu carisma e olhar 47, consegue entreter o público, mesmo nas cenas mais absurdas como na em que [[ATENÇÃO SPOILER!]] dança de cueca vermelha ao som de Laura Branigan – Glória, na abertura da série.
Repleta de trechos de músicas ícones dos anos 80, a série nos trasporta para esta época saudosista.
Observamos uma constante quebra da quarta parede, que dá o tom especial na série, e que lembra muito às apresentadas pelo personagem de Frank Underwood (Kevin Spacey) em House Of Cards. Sentimos também uma leve semelhança com o personagem de Leonardo DiCaprio em O Lobo de Wall Street.
Vicent Swan é o Lobo de Wall Street britânico, com pitadas de House of Cards, vendedor de janelas. Melhor referência não há.
Seus parceiros, trapaças e a fotografia em tons terrosos que remetem à película oitentista dão contorno a série.
Recomendo para dar um brilho à sua tarde do final de semana.
Trailer: