Crítica – Emoji: O Filme (2017, de Tony Leondis)

Público alvo é basicamente o principal pilar para a
construção de um bom produto, ou empresa. Em âmbitos cinematográficos, e,
principalmente no mundo das animações, é o que define a estrutura de um
roteiro, seus pontos de clímax, trilha sonora, trama, argumentos visuais para
um diretor, e como ele deve trazer tudo isso em cena. Em outras palavras,
quando se foca em um público alvo, um grande potencial de qualidade é
alcançado, mas infelizmente, Emoji: O
Filme
foca em tudo, menos nisso.

Textopolis é a cidade onde os Emojis favoritos dos usuários
de smartphones vivem e trabalham. Lá, todos eles vivem em função de um sonho:
serem usados nos textos dos humanos. Todos estão acostumados a ter somente uma
expressão facial – com exceção de Gene, que nasceu com um bug em seu sistema,
que o permite trocar de rosto através de um filtro especial. Determinado a se
tornar um emoji normal como todos os outros, ele vai encarar uma jornada
fantásticas através dos aplicativos de celular mais populares desta geração – e
no meio do caminho, claro, fazer novos amigos.


Com a falta de foco em um público alvo, uma animação tende a
passar por uma série de problemas, perceptíveis ou não. Começando pela construção
de narrativa, na qual uma das perguntas chave para essa parte da obra é “para
quem?”, quando se anula esse questionamento, quebra-se parte dessa construção,
dificultando um futuro desenvolvimento, tomada de decisões, encabeçamento de
trama e fios de lógica/enredo.

A consequência disso – no caso de Emoji: O Filme, é a rasa imersão do espectador no filme. Ocasionando
na falta de diversão ao longo da obra, sendo algo morno, sonolento – apesar do
ritmo aceitável, sem objetivo e esquecível. Tudo pelo esquecimento de uma
simples pergunta: “para quem?”.


É evidente que a culpa disso está nas mãos dos roteiristas e
até mesmo do diretor. Roteiristas que produzem algo inconsistente, que dialoga
com vários públicos e acaba agradando nenhum, não diverte a criança por não ter
o conhecimento de mundo exigido pelo filme; não agrada o adolescente por ser
infantil e sem graça; e não agrada o adulto, por apresentar poucos motivos
para o mesmo dar a devida atenção – sendo assim, sonolento e morno. E diretor,
que não enxerga isso, e apesar da válida tentativa de fazer algo bom, cai nos
mesmo problemas do roteiro, assim errando em construção de tensão, trama visual
e obra.

Apesar dessa maré de erros, o filme tem pegadas legais. Tem
um discurso final importante, tanto para o público mais velho, quanto para a
formação das crianças, tem nos seus personagens principais um bom movimento de
trama, sem falar nas qualidades técnicas.

Nisso, Emoji: O Filme,
realmente acerta. Mostra uma boa qualidade de animação, além de um
design/mixagem de som interessante, que acaba tendo boas transições e presença
importante no filme.
Por fim, apesar de visualmente ser um bom filme, Emoji: O Filme erra em anular uma das
principais peças de uma pré-produção – e nem de filme, de roteiro –, acarretando
em uma avalanche de erros que podem prejudicar até mesmo ao mais otimista
diretor. Inconsistente, sem foco, morno, sonolento e nada recomendável. 


Título Original: The Emoji Movie

Direção: Tony Leondis

Elenco: T.J. Miller, James Corden, Anna Faris, Maya Rudolph, Jennifer Coolidge, Jake T. Austin, Patrick Stewart, Sofia Vergara.

Sinopse: Textopolis é a cidade onde os Emojis favoritos dos usuários de smartphones vivem e trabalham. Lá, todos eles vivem em função de um sonho: serem usados nos textos dos humanos. Todos estão acostumados a ter somente uma expressão facial – com exceção de Gene, que nasceu com um bug em seu sistema, que o permite trocar de rosto através de um filtro especial. Determinado a se tornar um emoji normal como todos os outros, ele vai encarar uma jornada fantásticas através dos aplicativos de celular mais populares desta geração – e no meio do caminho, claro, fazer novos amigos.

Trailer: 



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1 thoughts on “Crítica – Emoji: O Filme (2017, de Tony Leondis)”

  1. O que mais eu gostei deste filme é a musica com a que a ambientaram cada situação da historia. Emoji é um dos filmes mais divertidos que já vi, gostei muito como se desenvolve a história, o roteiro é muito divertido para pequenos e grandes, em todo momento nos fazem rir, é um excelente filme infantil um filme que sem importar o estado de animo em que você se encontre, irá lhe ajudar a relaxar um pouco, você irá gargalhar e os personagens são adoráveis.

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