A nova série da Netflix – Gypsy – dirigida por Sam Taylor Johnson, e escrita por Lisa Rubin, possui pontos de discussão interessantes, mas não se aprofunda em nenhum deles.
Com longos episódios e com dinâmica demorada, Gypsy lembra uma colcha de retalhos, que poderia explorar assuntos relevantes, como identidade de gênero, traição, perseguição, ética no trabalho, crise de meia idade, manipulação de informações privilegiadas e falta de uma fiscalização rígida dos profissionais de saúde.
Farei uma resumo da série, então atenção, haverão alguns Spoilers!
No início da série, observamos a protagonista Jean Halloway (Naomi Watts), como uma psicóloga bem sucedida financeira e socialmente, casada, com o advogado apaixonado Michael (Billy Crudup) e com uma filha Dolly (Maren Heary).
Dolly é uma criança com transtorno de identidade de gênero e que se identifica como menino. Apesar de psicóloga, Jean observa a transição de sua(seu) filha(o), como uma telespectadora e nada faz, ficando alheia aos acontecimentos.
Jean se mostra uma profissional sem ética, que se envolve na vida das pessoas próximas à seus pacientes e passa a ministrar conselhos totalmente distorcidos, manipulando a realidade à seu bel prazer.
Não se sabe se a personagem, sem empatia com o público, quer se auto-sabotar ou se ela é uma sociopata doentia.
Ao longo da série, que possui cenas sensuais como um romance lésbico entre Jean (como sua dupla personalidade – Diana) e Sydney, um estereótipo de uma jovem roqueira confusa, que é ex-namorada de um de seus pacientes, faz com que ela entre em um emaranhado de sentimentos confusos e atitudes duvidosas que beiram à insanidade.
O enredo apesar de lento, com longos diálogos, possui uma mistura de O Homem Duplicado (filme adaptado do romance de José Saramago) e Mulholland Drive – Cidade dos Sonhos do genial diretor David Lynch. Onde nada acontece e no final tudo acontece rapidamente e de uma maneira tão enrolada, duvidosa e sem resposta que não entendemos se é realidade, sonho ou apenas loucura.
As atitudes de Jean, faz com que sua vida se torne uma avalanche de situações que fazem valer o ditado: “Em casa de ferreiro, o espeto é de pau”, e “Nada é o que parece ser”.
Em relação ao título Gypsy – algo como “Cigana” – traz a ideia de não se prender à apenas uma vida, crença e ter o espírito livre, sem raízes, como mencionado diversas vezes na trama.
Devemos frisar que a fotografia é incrivelmente competente e há cenas muito bonitas de se ver; e apesar da antipatia da protagonista, Naomi Watts, que está linda na série, consegue se mostrar uma pessoa brilhantemente controversa e perturbada sem perder a classe. Os personagens secundários são mostrados como rasos, caricatos ou sem paixão.
A série em si não é ruim, pois assisti aos 10 episódios de em média 55 minutos cada em dois dias, mas senti-me frustrada sem as resposta do porquê a personagem age daquela forma, sabemos apenas de sua insanidade clara. Apesar da pegada Cult, o desenvolvimento não envolve nem convence quem assiste.
Título Original: Gypsy
Direção: Alik Sakharov, Coky Giedroyc, Sam Taylor-Johnson, Scott Winant, Victoria Mahoney.
Elenco:
Sinopse: Jean Hollaway é uma psicóloga que começa a se relacionar intimamente com pessoas próximas de seus pacientes.
Trailer:
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Para mim, as séries são muito interessantes por que podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, Lisa Rubin, criador da série, optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador, que esperarava reencontrar de cara as queridas crianças. Desde que vi o elenco de Gypsy imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, Pessoalmente eu irei ver por causo do actriz Naomi Watts, uma atriz muito comprometido (Os Filmes de Naomi Watts para Eles são uma ótima opção para entreter), além disso, acho que ele é muito bonito e de bom estilo. Não posso esperar para ver a nova temporada, estou ansiosa.
Ótima Analise Fabricio. Infelizmente nã teremos outras temporadas para entender o desenrolar da série.
Fiquei frustrada sem entender o real sentido da série
Olá. Eu compreendo sua frustração, infelizmente com a série finalizada na primeira temporada, várias questões a ser resolvidas realmente ficamos sem entender o objetivo
Fiquei curiosa pra ver final ,cade segunda temporada
Olá. Tudo bem? A série foi cancelada, então ficaremos somente na expectativa infelizmente.