A Equipe do Blog comenta: Mulher-Maravilha



A DC e a Warner vinham lutando para criar seu universo de super-heróis e a Liga da Justiça. Mas após a recepção morna de O Homem de Aço e o massacre da crítica com Batman vs Superman e Esquadrão Suicida – apesar de todos serem estrondosos sucessos em bilheteria -, Mulher-Maravilha vinha cercado de expectativas, medos e até preconceitos (sim, quando se julga algo sem ver antes, é preconceito). Mas o novo longa da DC chegou pegando a todos de surpresa. Mesmo que um ou outro do público não tenha gostado tanto, vamos aos fatos: em menos de um mês, o filme está chegando na barreira dos 700 milhões de dólares arrecadados, podendo ainda ganhar fôlego e ganhar mais. A recepção da crítica foi praticamente unânime, com notas médias gerais de 7 a 9, e alguns raros 10. Aprovadíssimo em agregadores de críticas (no Rotten Tomatoes tem uns 92% de aprovação), o longa é considerado o melhor filme deste novo universo da DC e o segundo melhor de todos filmes de heróis da produtora, perdendo apenas para o imbatível Batman: O Cavaleiro das Trevas. Além disso, um fato vitorioso é que a obra é o blockbuster dirigido por uma mulher de maior sucesso da história, algo extremamente importante e representativo, já que a direção de um filme ainda é um trabalho majoritariamente masculino. Agora, parte da equipe do blog se une para falar um pouco sobre a produção. Embarque nessa aventura amazona com a gente.





Helen dos Santos


Mulher-Maravilha é um filme ótimo, a começar pelo fato de que você não precisa ser nenhum fã entendedor de super-heróis, tão pouco precisa ser PhD em HQ’s. O filme não é baseado em nenhum quadrinho específico, no entanto, o plano de fundo consegue ser bem introduzido para as telonas, contando o principal da história da personagem; que ela é uma Amazona, bem como de onde surgiram as Amazonas, como vivem e para que foram criadas. Vale ressaltar que por ser um filme de super-herói, tendo como protagonista uma heroína, o figurino foi pensado e adaptado para o conforto da lutadora, deixando um pouco de lado aquele estereótipo “sexy” de sempre. Outro ponto importante para ser destacado é o confronto de crenças que a personagem sem querer – querendo – aborda, como por exemplo, ela aterrissando em meio a Primeira Guerra Mundial, provando as roupas da época e perguntando como ela iria lutar com aquele tipo de roupa.

Acredito que Gal Gadot teve uma responsabilidade muito grande dando vida a Mulher-Maravilha, pois, em se tratando de super-heroína, ela acaba sendo a primeira que nos vem à mente. E há quem diga que não, mas em minha ótica, ela fez o papel muito bem! Porém, confesso que, fisicamente acharia mais interessante ter Cobie Smulders (How I Met Your Mother, Agents of S.H.I.E.L.D., Vingadores: Era de Ultron), talvez por ter traços mais parecidos a uma imagem da personagem e lembrar um pouco a original, Lynda Carter. Mas, o mais importante para mim – e eu espero que isso não se perca nos filmes futuros – é a busca pela paz, tendo como arma principal o amor, além de seus braceletes, seu laço da verdade e toda sua invencibilidade. Assista para entender! Eu recomendo!

NOTA: 8


Marvin Brito

Mulher-Maravilha consegue algo muito difícil, agradar os fãs exigentes de quadrinhos e ao grande público. A direção segura de Patty Jenkins nos brinda com um visual lindo e cenas de batalhas estilizadas. O filme respeita a história da personagem e coloca elementos de humor no tom certo e em momentos oportunos.

O vilão Ares parece ter sido tirado diretamente da páginas dos quadrinhos, onde diz frases de efeito e tenta a todo momento convencer Diana a lutar ao seu lado. A escolha da Gal Godot para o papel foi perfeita, a personagem mostra inocência quando se encontra no mundo dos homens, e ao mesmo tempo, a força de uma guerreira nas cenas de luta.

NOTA: 8


Silvio Parreira

Fui assistir Mulher-Maravilha com expectativas altas, devido as várias críticas positivas ao seu respeito e o imenso hype causado pela aprovação de 92% dos críticos no Rotten Tomatoes. Ao final da sessão, não me deparei com o mesmo filme que causou tamanho alvoroço. O filme é bom, mas não vi nada demais que o possa se destacar entre os melhores filmes de super-heróis já feitos, como foi dito por alguns críticos estrangeiros. Achei que no máximo, se equipara a histórias de origem do Capitão-América: O Primeiro Vingador ou Thor. Ao meu ver, faltou mais ação, vemos poucas vezes a Mulher-Maravilha em combate, e quando vemos, são relances bastante curtos. 

Além disso, no final a Mulher-Maravilha ganha poderes de maneira inexplicada pelo roteiro. Mas pelo que vem sendo aquele desastre dos recentes filmes da DC (Esquadrão Suicida, Batman vs Superman), Mulher-Maravilha pode ser algum suspiro revigorante à franquia, principalmente por introduzir a carismática Gal Gadot, que eleva o filme às alturas, com sua beleza e forte presença, passando um ar heroico e determinado à amazona, que o público sempre esperou ver nas telas do cinema. 

NOTA: 6




Yago Tanaka

O tom é o maior acerto do filme. É um filme de heroína onde há uma mescla de ação, drama, romance e comédia, sem nunca deixar de ser um filme de aventura. O filme inteiro é equilibrado e vai somando várias características positivas até seu terceiro ato, que mesmo com seus defeitos, termina com uma sensação de dever cumprido.

Mulher-Maravilha não é um filme inovador e criativo, mas é um filme muito bem feito, que têm inúmeras qualidades técnicas e inúmeros acertos de clímax, graças a sensibilidade de Patty Jenkins e ao carisma da Gal Gadot. Se a DC realmente precisava desse aval dos críticos eu não sei, mas que agora o Universo Cinematográfico da DC deslancha, ah, deslancha!

NOTA: 9,5


Leonardo Costa


Embora eu tenha me decepcionado com Esquadrão Suicida (mas pontuo alguns acertos), e achado algumas críticas negativas ao Batman vs Superman exageradas e midiáticas, o universo de filmes da DC precisava alavancar, precisava ter ao menos um filme bem conceituado, para mostrar seu valor e mostrar que quando o assunto é super-herói, não é só a Marvel que existe. Mulher-Maravilha acerta onde outros filmes da DC e da própria Marvel recentemente erraram: não lança um roteiro ousado demais, não perdendo-se ou se inflando demais. Não exagera nas piadas, não é pesado demais e nem tira sarro demais. Apenas apresenta uma aventura épica, com uma mensagem simples e bela sobre o peso da guerra e o valor do amor e redenção. E mantém um estilo de filme clássico de matinê, deliciosamente retrógrado. Resultado?

Melhor filme do novo Universo da DC, segundo melhor de todos filmes da DC (só perde para Batman: O Cavaleiro das Trevas), melhor filme de origem de herói desde os dois primeiros Homem-Aranha de Sam Raimi. E o que mais gostei é que é um herói clássico. Não é uma desconstrução com vilões ou anti-heróis, como Deadpool, Logan, Esquadrão Suicida ou Guardiões da Galáxia (que tem os seus valores). É uma história de origem clássica e correta, com herói bem intencionado e forte. Estava com saudades de um bom e simples filme de herói, que diverte, mas mantém valores tradicionais e humanitários. Gal Gadot segura bem o papel, o elenco está em sintonia, há química com Chris Pine, o feminismo mostra força sem apelar ou desmerecer os homens da trama. Patty Jenkins prova que mulheres também sabem filmar cenas de ação, especialmente os horrores da guerra. Obra incrível, que redime a DC, a Warner e traz esperança! E que venha a Liga da Justiça.

NOTA: 9




Natália Vieira:


Defensora da paz e igualdade entre homens e deuses é o que tecnicamente Mulher-Maravilha é conhecida entre nós humanos, entretanto, a direção de Patty Jenkins nos mostra seu lado humano que chega a ser inocente perante a maldade humana que, até então era desconhecida. Apesar de todos os contras, ela ainda consegue ver bondade no coração dos homens, o que me faz pensar muito sobre o que nós vemos sobre nós mesmos e o quanto somos corrompidos. Os homens são tão ruins assim ou algo os move, algo os corrompe? 


No fim do dia, ainda prefiro pensar igual ela, que a esperança, a bondade e o amor ainda são maiores que a violência, a arrogância e o medo, que mesmo sem deuses entre nós, ainda somos capazes de fazer o bem. Mulher-Maravilha apenas materializa uma esperança que no fundo, todos nós sentimos, e por isso ele é bom de ser visto. Além das cenas de ação e efeitos especiais, no fundo, são apenas pessoas odiando pessoas por motivos que nem elas mesmo entendem. E isso é algo muito atual, algo que infelizmente não muda. Não custa acreditar em deuses que fazem o bem, porque no final, nós somos os responsáveis por tudo. 



NOTA: 8




Paulo Rogério:


Após estrear nos quadrinhos da editora DC Comics, uma série de TV protagonizada pela atriz Lynda Carter e dividir a liderança com o Homem de Aço e o Homem-Morcego nos desenhos animados Superamigos e Liga da Justiça, a super-heroína considerada um dos maiores ícones da cultura pop do sexo feminino da nona arte, tem seu filme solo. Cuja sequência  de aparição no filme Batman vs Superman (Zack Snyder, 2016) foi muito elogiada pela critica e pelos fãs, tornando o ponto forte do desastre audiovisual que tem assolado os estúdios Warner Bros. Diana (Gal Gadot), princesa da ilha de Themyscira, filha de Hipólita (Connie Nielsen), a rainha das amazonas, como o nome sugere, nasceu e cresceu na Era de Ouro da mitologia grega, já sabendo do retorno do deus da guerra, Ares, como vingança aos deuses por defenderem a humanidade e sua imperfeição na alma.  Um dia, Diana resgata o capitão da Aeronáutica Steve Trevor (Chris Pine), um espião americano a serviço da Inteligência Britânica, depois que seu avião cai na costa por um vórtex de espaço-tempo. Interrogado com o Laço da Verdade, Steve revela que a Primeira Guerra Mundial está devastando o mundo e os inocentes. Ele roubou o caderno da cientista espanhola Isabel Maru (Elena Anaya), conhecida como “Doutora Veneno”,  contendo detalhes sobre sua criação mortal de gás mostarda sob as ordens do general Erich Ludendorff (Danny Huston).  Acreditando na responsabilidade de Ares pela guerra, Diana se arma com a espada cerimonial “God Killer”, Laço da Verdade e os Braceletes da Vitória, deixa sua ilha natal com Steve e vai em busca do deus. 



O filme é uma grande aposta dos heróis da DC como resposta ao sucesso da Marvel.  Trata-se de uma mensagem anti-bélica e humanista sem negligenciar o mal inerente. Além de promover o feminismo, tema muito forte e atual em produções hollywoodianas, embora haja queixas nas diferenças trabalhistas e representatividade de gêneros. Gal Gadot, além do portifólio de Velozes e Furiosos 4, 5 e 6 (Justin Li, 2009, 2011, 2013), aproveitou seu tempo de serviço militar israelense como base para interpretar o papel, o que não a impediu de conquistar o título de Miss Israel em 2004 e representou o país no Miss Universo. Fatores fluentes para os produtores escalarem ela pro papel icônico. 


NOTA: 10




Ana Paula Araújo:


O novo filme da Mulher-Maravilha pode ser considerado uma obra-prima e um dos melhores filmes da DC. Na pele da amazona temos Gal Gadot, que consegue passar ao espectador toda a coragem e força da personagem e o mais importante da figura feminina, o que serve de destaque do filme e de gatilho para diversas cenas e diálogos marcantes dentro desse contexto. 



O filme arrebenta em roteiro, efeitos e tudo mais, por mais que tenha pouco mais de duas horas de duração, você não cansa, ao contrário, fica até com um desejo de quero mais. O fato de apresentar desde a origem, o desenvolvimento, passando até a Mulher-Maravilha em ação, causa surpresa e fascínio.


NOTA: 9




Vinicius Carlos Dellvale


Mulher-Maravilha acerta em muitos pontos que normalmente se vê a solto em grandes obras do gênero. Além de ter uma qualidade técnica aceitável, apresenta bons temas no seu roteiro e grandes variedades de enredo. Além disso, no que se compromete a fazer, faz, e muito bem.



Claro, há seus problemas, mas eles simplesmente não atrapalham o que há de melhor no filme, e isso é emocionalmente fantástico. Ficou na cabeça, me emocionou e me conquistou. Talvez não seja uma obra-prima dos filmes desse gênero, mas com certeza vai estar na sua lista de melhores, ou bons filmes de herói, como está na minha. Tendo em mente sobre o que o filme se trata, vá ver, recomendo bastante. Não é ótimo, mas é aquele bom com gostinho de melhor ainda. 

NOTA: 7


Crítica completa do Vinicius aqui!




Nota Média Geral: 8,5






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