Crítica: The Walking Dead – 7ª Temporada (2016 – 2017, Alrick Riley e outros)

Uma das mais aclamadas séries no mundo termina seu sétimo ano com uma temporada monótona. Comparada com as outras, deixou a desejar em vários pontos, principalmente na dinâmica e no desenvolvimento dos episódios, que nesse ano focou mais em mostrar o lado humano dos personagens do que somente na força e capacidade de lidar com os problemas. Vem ler a crítica e descubra o que achamos!




AVISO: SPOILERS!


Nada descreve melhor o começo dessa temporada do que a foto acima. Todos a mercê da vontade de uma figura até então desconhecida. Finalmente conhecemos o tão esperado e conhecido vilão dos quadrinhos e pensamos: “Será que vai ser tudo isso mesmo?” e a resposta é muito melhor do que eu mesma esperava. Acho que todo mundo lembra o gostinho azedo que veio a boca quando Negan (Jeffrey Dean Morgan) matou Glenn e Abraham na paulada. Talvez, a melhor cena até hoje em toda a série. Não contente o episódio simplesmente acabou! Como lidar com isso?




Bom, tivemos a temporada toda para lidar com isso.

Todos os episódios mostravam um lado de cada personagem que, até então, era desconhecido. Monótono, porém novo. Vimos Rick, ao longo da história, de glória ir ao lixo em um episódio, quando Negan praticamente o quebra ao meio com toda aquela conversa psicológica que o deixou completamente acuado. Pela primeira vez, Rick não está no topo da cadeia alimentar e isso desestabiliza todo mundo. Conhecemos uma Carol carregada de culpa e Morgan questionando suas escolhas, onde ele passa a viver em uma linha bem tênue entre a loucura e a sanidade, e a raiva de Rosita em praticamente todos os episódios, o que acabou deixando-a cega para muitas coisas, tornando-a uma personagem bem chata. Temos Maggie tentando lidar com a perda e com a vida ao mesmo tempo. E isso é só os personagens que já conhecemos, vamos muito além nessa temporada e chegamos ao Reino. Finalmente conhecemos Ezequiel e sua tigresa Shiva (talvez o melhor personagem da temporada).

Porém, mesmo com toda segurança que o lugar aparentemente tem, eles ainda respondem a Negan. O que nos faz pensar, até onde vai o poder dele? Negan em si é um personagem e tanto. Ao mesmo tempo que ele faz todas as m*rd@$ possíveis para controlar as pessoas e sim, nós odiamos isso, no fundo, bem no fundo, ainda é possível sentir simpatia por ele. Diria que ele veio para dar um alivio na série, que por si só já andava carregada.




Entretanto temos que lembrar de um fato importante antes, a série é dramática, então nem só de ação ela vive. Claro que essa temporada foi, no mínimo lenta, mas a profundidade das ações esse ano foi totalmente movida pela dor, angustia e sentimentos que eles tiveram que lidar após o primeiro episódio. Nesse ano a luta foi com eles mesmos, com seus medos e vontades, o que é muito mais difícil do que matar uma horda de zumbis. Até onde eles aguentariam após anos e anos lutando e perdendo ou ganhando. Nunca se ganha totalmente sem perder algo e aqui, geralmente se perde alguém. Claro que muitos personagens ficaram em segundo plano e outros tiveram planos até demais. A cada episódio víamos as pessoas tentando recuperar a autoconfiança em Rick e no grupo. Rick em si teve todos os episódios para se recuperar do baque, conseguindo finalmente nos últimos capítulos ser aquele líder de outrora. Temos também um sacrifício de um personagem importante e descobrimos a partir de flashbacks o que a fez levar a isso.


Eu diria que o problema não foi a história em si, mas como ela foi conduzida. Com a audiência não se brinca e essa teve a pior audiência desde a 3ª temporada. Aconteceu tanta coisa que, muita gente deixou de prestar atenção. Tivemos vários novos núcleos essa ano: Reino, Oceanside e o Lixão, sem contar Hilltop e o Santuário. Vimos as pessoas se reorganizando em sociedade novamente, cada um a seu termo, mas já é um começo. 


No episódio final, tive quase um sentimento de déjá vu quando Negan mais uma vez coloca Carl e Rick ajoelhados. Mas dessa vez, Rick não baixou a cabeça como no começo. O que demonstra que nada vai impedi-lo agora. Mesmo tendo Shiva abrindo a batalha entre eles, a luta que traria Alexandria, o Reino, Hilltop, o povo do Lixão e os Salvadores para o campo de batalha não foi algo no nível do que era esperado. E como esperamos! Enfim, não adianta começar bem e terminar mediano se o meio da história não for bem trabalhado. Veremos se o oitavo ano da série trará de fato a guerra entre Negan, Jadis e Rick, ou se teremos só dois episódios falando sobre isso novamente. 




Direção: Alrick Riley, Darnell Martin, David Boyd, Greg Nicotero, Jeffrey F. January, Kari Skogland, Michael E. Satrazemis, Rosemary Rodriguez.

Elenco: Andrew Lincoln, Chandler Riggs, Christian Serratos, Danai Gurira, Jeffrey Dean Morgan, Josh McDermitt, Lauren Cohan, Lennie James, Melissa McBride, Norman Reedus, Ross Marquand, Seth Gilliam, Sonequa Martin-Green, Alanna Masterson, Khary Payton.

Sinopse: A primeira parte da sétima temporada mostrará nosso grupo fraturado, quebrado, enlutado, juntando seus pedaços enquanto sobrevivem sob o jugo da opressão. Negan conseguirá ter os sobreviventes sob seu controle, brutalmente convencendo-os a viver sob as suas regras, dando um exemplo terrível do que acontecem a quem não o faz. Outros personagens sequer imaginam o que aconteceu, e se separaram do grupo tanto por acidente como por escolha — eles aprenderão que não podem escapar deste novo mundo também. Esta metade da temporada é sobre estes personagens e seu recomeço. O tema geral da temporada é recomeço. O mundo não é o que eles imaginavam. É maior e ainda mais perigoso.


Trailer:


Imagens:




Que?


Imagens retiradas do site The Walking Dead Brasil.


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