Crítica: O Matadouro (2016 de Darren Lynn Bousman)

Todos sabemos que nunca devemos morar em um casarão antigo localizado no meio do nada cujo valor de venda seja bem abaixo do mercado, muito menos em uma casa construída em cima de algum cemitério ou que tenha sido palco de algum crime macabro, pois as chances de tais imóveis serem habitados por entidades sobrenaturais são muito grandes e o que era para ser um bom negócio acaba se tornado um verdadeiro pesadelo. Mas agora  pergunto a vocês leitores do Minha Visão do Cinema, seria possível construir uma casa mal-assombrada?





É com base nessa proposta interessante que o roteiro de O Matadouro se desenvolve. Essa ideia de certa forma me lembrou o longa 13 Fantasmas. A trama começa nos apresentando a repórter Júlia que inicia uma investigação acerca  do desaparecimento de cômodos que foram utilizados para cometer crimes graves. Boa parte da premissa fica nesse plot de investigação, o que acaba sendo um dos maiores erros da película, pois  no meu caso e acredito que de todos que acompanharam a divulgação já sabiam da proposta do filme e inevitavelmente o motivo do desaparecimento desses locais , o que acaba tirando qualquer suspense em torno desse mistério. Então qual seria o motivo de uma trama de investigação que já sabemos a resposta? Fico por entender.


Outro aspecto negativo é o subaproveitamento da tal casa mal-assombrada que só da as caras nos 20 minutos finais do filme, que é justamente o momento em que a história começa a empolgar, mas que não são suficientes para apagar toda uma trama arrastada, confusa, com diálogos longos e que demora a engrenar. Os personagens são todos ruins e mal desenvolvidos, Jessica Lowdes (Altitude e Autópsia) até se esforça para entregar uma boa atuação, mas o roteiro ruim a impede de conseguir um resultado satisfatório. Outra atriz que também acaba sendo desperdiçada em um papel ridículo é a veterana Lin Shaye (Sobrenatural).


Como pontos positivos destaco toda a ambientação, o interessante é que mesmo a história se passando nos dias atuais ele tem um clima meio antigo principalmente pelos figurinos, carros e construções de época que acabam contrastando com as tecnologias dos dias atuais, algo bem peculiar. Outro ponto que merece destaque é a casa mal-assombrada que apesar de ser pouco aproveitada chama a atenção pela riqueza de detalhes, uma pena ela não ter sido aproveitada de maneira correta o que acaba nos deixando mais frustrados pelo grande potencial desperdiçado.



No geral, O Matadouro é mais um daqueles filmes medianos que tinha muito mais a oferecer. Confesso que esperava outro tipo de história com uma pegada totalmente diferente. O diretor Darren Lynn Bousman (Jogos Mortais 2, 3 e 4) poderia ter entregado um dos melhores filmes de terror desse ano, mas ao contrário ele investe em uma trama desinteressante, que não funciona nem como terror e muito menos como um suspense. Nem nas mortes, uma das especialidade do diretor há novidades ou algum impacto. A produção num todo carece de identidade e ousadia. Não recomendo.


Título Original:Abattoir


Direção: Darren Lynn Bousman

Elenco: Jessica Lowdes, Joe Anderson, Lin Shaye, Michale Paré, Dayton Callie Bryan Batt, Aiden Flowers, Thomas Francis Murphy, John McConnell, Jay Huguley, J. LaRose, Susan Davis, Terence Rosemore, Hannah Chenevert, Brian Oerly, Julianne Alexander, Allison Gobuzzi, Brielyn Sexeny, Cary Alexander, Charles Barber, Carl Palmer, Josh Berger.


Trailer:






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