Crítica: Cúmplices de um Segredo (2014, de Stanley M. Brooks)


‘Cúmplices de um Segredo’
(ou ‘Perfect Sisters’, título original) é um drama canadense dirigido
por Stanley M. Brooks. Baseado em fatos reais, o longa relata a conturbada vida
de duas inseparáveis irmãs, Beth (Georgie Henley) e Sandra (Abigail Breslin,
sim, nossa eterna “Pequena Miss Sunshine”), que pertencem a uma família
totalmente desestruturada. A mãe, Linda, é alcoólatra e, por isso, acaba sempre
sendo despedida de qualquer emprego, fazendo com que a família tenha que se
mudar constantemente. O pai, que já não mora mais em casa, é uma figura
inexistente. O irmão pequeno, Bobby, cresce sem a atenção e os cuidados
necessários para uma criança.  



O papel de mãe acaba sendo
exercido pelas duas irmãs que acabam tendo que realizar todas as atividades da
casa, participar das reuniões escolares do irmão e, além disso, tomar conta da
própria mãe, que já não consegue mais se manter sóbria. Ainda assim, o que já
era ruim começa a ficar pior ainda: como uma espécie de solução para todos os
problemas financeiros da família, Linda consegue um novo namorado. Rico e mais
velho, o homem passa a pagar o aluguel do apartamento onde a família morava, o
que o fazia se sentir no direito de abusar – física e sexualmente – não só de
sua própria namorada como de suas filhas.

Cansadas da situação, Beth
e Sandra decidem dar um fim a essa situação que tanto as impedia de viver a
vida como duas adolescentes normais deveriam viver. Com a ajuda de dois amigos
da escola, as garotas, agora não somente irmãs como também cúmplices, planejam
o crime perfeito. A salvação para todos os seus problemas. 
No entanto, tanto a
polícia quanto eu, que sou formada em
CSI, Criminal Minds e incontáveis horas
de ‘Investigação Discovery’ , podemos afirmar com precisão que o crime perfeito
não existe . Logo, os rumores se iniciaram e as garotas começaram a sofrer com a
conseqüência do ato tão planejado e esperado por elas.




A impressão é de que a
direção fez de tudo para deixar mais leve e “
teen” uma história brutal, marcada
por abusos e violências. O que não é tão complicado assim de entender: pense
num filme baseado em fatos reais em que a história envolva uma mãe com
problemas de alcoolismo, violência doméstica, estupro, violência sexual contra
menores, tentativas de suicídio e assassinato. Pesado, certo? Dos dois caminhos
possíveis – fazer um filme extremamente cru e pesado ou tentar conduzir a trama
de maneira mais leve, para um público mais amplo – a direção optou pelo
segundo. 



A trama, então, foca não somente no crime propriamente dito, mas na vida
amorosa das duas adolescentes e nos dramas escolares vividos por elas. E o
resultado não foi ruim assim. A escolha do elenco chama a atenção por conter Abigail Breslin – as atuações, no entanto, deixam um pouco a desejar. Dica: para aqueles curiosos de plantão assim como eu,
digo que vale a pena, após assistir ao filme, dar uma pesquisada na história
real!

Nota: 6,5/10


Direção: Stanley M. Brooks


Elenco: Abigail Breslin,
Georgie Henley, Mira Sorvino


Sinopse: Cansadas do
alcoolismo da mãe e da violência de seus incontáveis e abusivos namorados, duas
irmãs planejam o crime perfeito para se livrarem da conturbada situação. 


Trailer: 




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