Crítica: Quarto de Guerra (2015, de Alex Kendrick)

Sucesso de bilheteria tanto nos EUA quanto aqui no Brasil, o drama ‘Quarto de Guerra’ estreou recentemente e conquistou o público. Como uma nova premissa do cinema Gospel, o longa passa uma forte mensagem de coragem e fé ao espectador e garante muitas reflexões no final.

A história acompanha Tony Jordan e Elizabeth, casal que aparenta ter a vida perfeita: uma filha linda e a casa dos sonhos. Mas a realidade é outra: o casamento está em crise e a filha, se tornou um dano colateral. Certo dia, ao visitar um dos clientes do trabalho, Elizabeth conhece Miss Clara Williams, simpática senhora que quando é convidada para tomar um café na sua casa ouve um pouco de sua vida pessoal e sente que Deus tem um propósito para tratar com ela. Clara então a ensina como lutar por sua família ao invés de lutar contra ela. A medida que o poder da oração e fé de Elizabeth transformam a sua vida, resta saber se Jordan irá se tornar o homem que ele sabe que precisa ser. O inimigo aqui é referido por Clara como está escrito em João 10.10: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir”, ressaltando que o que ele quer está acontecendo e eles precisam tomar uma atitude para mudar a situação.


No roteiro praticamente não existem furos, a trama teve um decorrer tranquilo e os pouquíssimos estribilhos (clichês) não são notados. Com algumas partes até engraçadas, elas não atrapalham o desenvolvimento em si, mas também não precisava estar ali, serviu só para entreter e não ficar aquele longa melancólico demais. A trilha sonora é bem boa; suas faixas são fascinantes. Temos aqui atuações um pouco forçadas, mas aceitáveis. Inclusive o próprio diretor também atua. O seu papel tem certa importância no longa. Nas cenas em que está presente, nos colocamos no lugar dele e de Jordan, por incrível que pareça. Também destaco aqui a presença de Karen Abercrombie, que fez um trabalho incrível ao interpretar a sábia Miss Clara; ela consegue transmitir todo o seu conhecimento para o espectador fazendo com que ao seu término, paremos pra pensar sobre nossa própria fé. Como meu tio o descreveu ao assistir: “Foi um tapa bem grande na minha alma!”

É emocionante sim, mesmo com seus poucos defeitos, vale a pena conferi-lo em um fim de semana, tranquilamente. Recomendo não apenas para o público-alvo, os fãs de conteúdo religioso, mas para todas as idades. É aquele filme pra se ver com a família, posso garantir. Independente da religião, serve de lição para todos nós!


Nota: 8

Direção: Alex Kendrick

Elenco: T.C. Stallings, Priscila C. Shirer, Alena Pitts, Karen Abercrombie, Ashley Bratcher, Ben Davies, Kimberly Hester, Meg Crosbie, Noël Baker, Alex Kendrick, Rusty Martin Sr.

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