Crítica: A Travessia (2015, de Robert Zemeckis)

O mais novo filme do diretor Robert Zemeckis chegou aos cinemas e já está disponível em DVD. Por ser baseado em fatos verídicos, foi o que mais me chamou a atenção: saber que esses eventos realmente aconteceram e que o personagem passou por tudo aquilo. Superou as expectativas e quem o conferiu nos cinemas, principalmente em IMAX, vai saber do que estou falando.




Desde pequeno, Philippe Petit (Joseph Gordon Levitt) foi fascinado com o mundo circense, em particular com os equilibristas que ao seu ver, fazem o que é mais arriscado: andar sobre as alturas em cordas finíssimas. Seu sonho a partir de então é se tornar um desses grandes artistas quando crescer e mais, tornar a sua vida uma verdadeira obra de arte. Ele conhece Annie (Charlotte Le Bon), do bom ‘A 100 Passos de Um Sonho’, na praça onde faz seus espetáculos de rua e ao iniciar um relacionamento, fica do seu lado pro que der e vier. Seguindo os aprendizados de seu mestre Papa Rudy (Ben Kingsley), Petit coloca seu plano em prática e pretende realizar seu sonho a qualquer preço. Deixo destaque para a atuação de Levitt, que faz jus ao incorporar Philippe. Ao longo da obra, a homenagem a ele é notada e o elenco está de parabéns! Todo o carisma apresentado pelos atores convence e nos fazer torcer por cada um deles.




Quanto ao roteiro, vi que foi tolerável, pouquíssimos chavões são notáveis e o realismo do filme é impressionante. O interessante foi que o filme despertou minha atenção desde a cena inicial, pois ele volta no tempo para mostrar o que aconteceu, até chegar onde Petit está. Com tiradas cômicas, a comédia nele funciona, visto que a maioria das cenas de humor também te cativam. É difícil dizer quando parei para olhar que horas eram no relógio, mal esperando quando iria acabar. Por conseguinte, esse excelente diretor tem o dom de dirigir filmes que podem ter a maior duração possível, porém no fim das contas, elas passam despercebidas pelo público. Por outro lado, alguns podem achar que 2 horas tenham sido desnecessárias para contar a sua história de vida, mas eu discordo. Em particular, acho que a duração de um filme não define sua qualidade. Afinal, já vi filmes que duram 1 hora e 20 minutos e são fantásticos. ‘Hush – A Morte Ouve’ é um exemplo deles.




Ainda sobre o roteiro, ambos o primeiro e segundo ato foram verossímeis, agora o terceiro, foi uma das melhores sensações que tive. Quando chega a tal “travessia”, meu coração já começou a bombear mais forte. Não diria é medo e sim adrenalina, pois só ao ver uma simples foto de um lugar muito alto, minhas mãos e pés já começam a suar. Mas valeu a emoção que foi inevitável, só digo isso. Quem está pensando em ver, assista. Sendo narrado em primeira pessoa, ele diverte, te deixa com calafrios, mas não tem desfecho vago. Tudo é esclarecido e o público sai satisfeito. Só advirto que quem tiver medo de altura, evite assistir esse filme!


Nota: 10


Direção: Robert Zemeckis


Elenco: Joseph Gordon-Levitt, Charlotte Le Bon, Ben Kingsley, James Badge Dale, Adam Bernett, Alain Bonneau, Benedict Samuel, Clément Sibony, Steve Valentine, César Domboy, Ben Schwartz.


Sinopse: Doze pessoas caminharam na lua. Apenas uma pessoa caminhou, e caminhará, pelo imenso vão entre as Torres Gêmeas do World Trade Center. Philippe Petit, guiado pelo seu mentor de vida Papa Rudy e ajudado por um improvável grupo internacional de recrutas, ele supera todas as probabilidades, traições, discussões e incontáveis adversidades para executar seu plano maluco.


Trailer:
Mais algumas imagens do filme:








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