Crítica: O Segredo (2011, de Michael Landon Jr.)

ATENÇÃO: SPOILERS À VISTA! LEIA SE MESMO ASSIM NÃO SE IMPORTAR.

Não é de hoje que o gênero Gospel tem feito parte da indústria do cinema. Desde produções com lançamentos nos cinemas àqueles lançados direto em DVD, o mercado de filmes cristãos tem tido relevância há décadas e não há motivo para serem descartáveis. Muitos deles possuem mensagens lindas, que nos fazem parar para pensar e refletir sobre a vida. ‘O Segredo’ por incrível que pareça foi um deles.

A trama gira em torno de Katie Lapp (Danielle Panabaker), doce jovem que sempre sentiu falta de algo faltando no estilo de vida que sua família vive, os Amish. Eles são um grupo Cristão Anabatista dos EUA e Canadá, cujos costumes são conhecidos por serem conservadores, como o uso proibido de equipamento eletrônicos, incluindo telefones e automóveis. Conhece alguma vida mais sossegada e diferente que essa?! Acho que não, hein? Óbvio que hoje em dia ninguém consegue viver sem tais equipamentos, claro, diria que é difícil, mas não impossível. Estes costumes são vistos de forma natural no filme, o que faz com que o espectador sofra junto com a personagem.





Ademais, Katie enfrenta várias dificuldades, a principal aqui é um violão, com o qual ela toca e canta músicas escondido de seus pais. Porém, não obstante, essa privacidade é descoberta por seu pai e com graves consequências. Desolada e sem conseguir mudar, ela tem vários devaneios com seu falecido namorado que a dá conselhos para tomar atitudes cabíveis e não se preocupar com os tempos difíceis. As conversas imaginárias entre eles são interessantes e claro, ideias assim já foram exploradas em outros filmes múltiplas vezes. O roteiro não foi ruim, já vi piores. O único exagero, de certa forma, foi ele ter se preocupado mais em trazer a aflição da personagem principal do que ter o primeiro, segundo e terceiro ato bem construídos. Suas escolhas feitas após os eventos ocorridos com a descoberta da sua verdadeira origem também acrescentaram uma qualidade.


Com a chegada de um inglês misterioso ao condado procurando pelo bebê que deu para adoção há 19 anos atrás, Katie fica desconfiada e começa a se perguntar se toda a sua vida foi uma mentira e o que está acontecendo. Ao descobrir a verdade da pior forma possível, ela se sente muito confusa, pois sua mãe adotiva decide lhe contar como tudo começou e sugere que isso não seja motivo para que ela os odeie para o resto da vida, nem tente agir sozinha e acabar cometendo erros. É aí que o segredo é revelado (um pouco previsível, mas nada extraordinário). O roteiro não foi ruim, já vi piores. O único exagero, de certa forma, foi ele ter se preocupado mais em trazer a aflição da personagem principal do que ter o primeiro, segundo e terceiro ato bem construídos. Suas escolhas feitas após os eventos ocorridos com a descoberta da sua verdadeira origem também acrescentaram uma qualidade.




Quanto as atuações, sem dúvidas a melhor é a de Danielle Panabaker, de ‘Os Seus, Os Meus e os Nossos’, ‘Sexta-Feira 13’ e a ótima série ‘The Flash’. Ela entra na personagem de forma tão convincente que consegue encantar o público até o final, onde muitos podem se revoltar, mas pelo menos não foi insatisfatório. Em seguida temos Sandra Elise Williams e Bill Oberst Jr., que fazem os pais de Katie e tem importância considerável no enredo. Não sei se foi a trilha sonora (por sinal, muito boa) ou o próprio desenvolvimento que me cativou, mas esse filme me tocou de um jeito inexplicável. Ele certamente transmite a realidade de adolescentes que foram adotados quando crianças sem saber e quando chega a hora deles e seus pais terem a temida “conversa”, ficam sem reação.




Enfim, não posso contar mais nada do que acontece, óbvio, isto acabaria com a graça, só conferindo pra ver! Para isso que recomendo para quem quer saber o desfecho dessa bela história. Para quem curte os gêneros drama/ gospel, vai curtir com certeza, mas até mesmo quem não é, creio que não custa nada tirar 1 hora e 25 minutos de um fim de semana, ou até mesmo das férias para ver este filme! É uma pena que sua continuação ‘A Confissão (2013)’ até hoje não foi lançado em DVD aqui no Brasil. Já tive a oportunidade de conferir ele, mas afirmo que é inferior ao primeiro, pois eles erraram em não escalar Danielle Panabaker para reprisar o papel de Katie. Ao invés disso, colocaram a insossa Katie Leclerc e mantiveram a atriz Sherry Stringfield, que neste atuou muito bem. Garanto que é entretenimento que inspira e emociona aos mais sensíveis!




Nota: 8,5
Direção: Michael Landon Jr.

Elenco: Danielle Panabaker, Sherry Stringfield, Bill Oberst Jr. Burgess
Jenkins, David Topp, Lindsey Moser, Alexa Yeames, Jana Allen, Jimmy Hager,
Richard Fullerton, Sandra W. Van Natta.
Sinopse: A bela Katie Lapp sempre sentiu que algo faltava em sua simples existência Amish, até que um Inglês misterioso vem ao condado de Lancaster procurar o bebê que deu para adoção há 19 anos atrás. Nunca mais nada vai ser igual.
Trailer:





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