Especial: Star Wars – A força que encanta gerações.



“Há muito tempo, numa
galáxia muito, muito distante …”




Estas são as palavras que
iniciam esta história épica, que marcou gerações. Mas por que o novo ‘Star Wars
– O Despertar da Força’ foi tão comentado? O que esta saga tem de tão especial?
Por que pode ser considerada como um dos pilares do cinema e da cultura pop?
Por que pode-se dizer que de certa forma sem ‘Star Wars’ não haveriam as
superproduções com grandes efeitos especiais, como ‘Jurassic Park’, ‘Piratas do
Caribe’, ‘Star Trek’ e até mesmo ‘Vingadores’? Embarque agora nesta matéria
espacial, onde conheceremos os filmes, curiosidades e o contexto da história,
cheio de referências à política, religião e lições sobre o uso do poder. Que a
força esteja conosco.







– A Época do Lançamento


Até os anos 70, as produções
de ficção científica, juntamente com os filmes de terror e de contos de fadas,
todos eram vistos como produções B, para públicos mais restritos, como jovens,
hippies, estudantes e pessoas mais alternativas ou “moderninhas” para
a época. Claro que o gênero da ficção sempre teve seus adeptos, mas realmente
eram filmes mais restritos e limitados. Os chamados efeitos especiais eram
plásticos e mecânicos. Usava-se fantasias, robôs e inúmeras invenções, afim de
dar-se vida a mundos, cenários e criaturas. Mas tudo ainda parecia muito
atrasado. As produções que faziam mais sucesso eram aquelas mais contidas, em
um estilo mais clássico, como os filmes da Hammer, da atriz Marilyn Monroe ou
do diretor Alfred Hitchcock. Na época, os faroestes, musicais, épicos (alguns
bíblicos) e dramas típicos do Oscar era o que havia de melhor, estilos que
ainda tinham muita força.


Mas na música, na literatura
e na arte estavam acontecendo revoluções. Surgiram as drogas, o rock mais
pesado, quebras de tabus, o homem pisou na lua, a TV começava a estar em toda
parte. Na Guerra Fria e na Guerra do Vietnã as comunicações evoluíram, surgindo
os conceitos iniciais que mais tarde se tornariam os celulares e a internet. O
uso do computador engatinhava. A própria atitude dos jovens já era outra. O
mundo estava em ebulição e no cinema isto começava a se mostrar saliente.
Jovens cineastas começavam a trazer ideias visionárias, principalmente na parte
visual. Os filmes começavam a ficar mais fortes, mais gráficos e chamativos. ‘O
Exorcista’ e ‘O Massacre da Serra Elétrica’ chocaram plateias como nunca antes
havia acontecido. Na ficção, um pouco antes em 1968 o brilhante diretor Stanley
Kubrick havia feito algo invejável: ‘2001 – Uma Odisseia no Espaço’ havia se
tornado um clássico, um sucesso de crítica que trazia filosofia e reflexões em
uma superprodução classe A, colocando assim o gênero no centro das atenções.
Começou então uma certa tendência de jovens cineastas apresentarem suas ficções
científicas, não tão precárias. Um destes cineastas se chamava George Lucas,
que tentou fazer seu próprio ‘2001’, um filme chamado ‘THX’, mas que foi um
enorme fracasso. Mal sabia ele que sua sorte iria mudar.


– O Primeiro Filme


George
Lucas frequentou a University of Southern California, onde ficou amigo de outro
grande cineasta,
 Francis Ford Coppola (que faria a trilogia ‘Poderoso
Chefão’, dentre outros clássicos) e começou a ganhar pequenos prêmios com seus
curtas. Depois, aceitou um estágio na Warner e convenceu a empresa, auxiliado
por Coppola, a assinar um contrato para que o estagiário transformasse seu
curta ‘THX’ em um longa-metragem. Mas como já comentado o projeto foi um
fiasco, a Warner odiou o resultado, exigindo que o dinheiro investido fosse
devolvido e retalhando o filme para lançamento nos cinemas. Seu próximo
projeto, também bastante cortado foi ‘Loucuras de Verão’ (‘American Graffiti’),
comédia ambientada na década de 1950. Sucesso de público, o longa deu certo
fôlego para que o cineasta tirasse do papel seu mais ambicioso projeto, uma
ópera espacial inspirada nos seriados cinematográficos de Flash Gordon e Buck
Rogers. Inicialmente o projeto seria equivalente a um faroeste espacial.




George Lucas (esquerda) e Coppola (direita).

O roteiro foi parcialmente
inspirado pelas aulas do historiador Joseph Campbell. Lucas planejava fazer
apenas um filme de seis horas de duração, mas obviamente o projeto foi vetado
pela produtora. Assim ele optou por cortá-lo em três pedaços e realizar apenas
o primeiro ato. Mas vender o projeto foi ainda mais difícil já que a ideia do
filme era completamente equivocada para uma época em que filmes de guerra
estavam em baixa, a ficção científica era considerada o pior gênero do momento
e filmes para crianças – que seriam o principal público de ‘Star Wars’ – não
despertavam qualquer interesse nos executivos de Hollywood. De cara, a
Universal e a Warner recusaram o filme, assim como a Fox teria feito, não fosse
a intervenção de Alan Ladd Jr., chefe de recursos criativos da empresa, que
apaixonou-se pela visão de Lucas (devidamente ilustrada pelas artes conceituais
de John Barry) e convenceu a diretoria do estúdio a investir no filme. Os
termos do acordo fizeram história: Lucas ficou com os direitos para uma
sequência (que ninguém acreditava que aconteceria) e também garantiu a
propriedade de todo o merchandising que poderia ser derivado de sua criação.


Com 8
milhões de dólares em mãos, Lucas começou o trabalho de inventar o que não
tinha condições de ser inventado. Com a crise dos filmes de ficção científica,
todos os estúdios de efeitos especiais tinham falido e os departamentos das
grandes empresas haviam sido fechados. Sem ter para quem apelar, o cineasta
reuniu um time de talentos e criou seu próprio estúdio: a ILM – Industrial
Light And Magic, hoje sinônimo de inacreditáveis efeitos visuais.


A
produção esbarrou em todos os problemas possíveis – estúdio descontente com o
elenco, tempestades de areia na Tunísia, atrasos nas filmagens, calor
insuportável e cenários e figurinos que não funcionavam direito. O orçamento
foi estourado e a Fox ameaçava cancelar toda a produção. Também não ajudava o
fato de boa parte da equipe achar que tudo aquilo que estava sendo rodado era
totalmente ridículo.




Set de filmagens.


– Frutos do Sucesso



Finalmente,
no dia 25 de maio de 1977, ‘Star Wars’ (ainda sem o subtítulo ‘Uma Nova
Esperança’) entrou em cartaz em apenas 32 cinemas nos Estados Unidos. O sucesso
foi gigantesco. Todas as salas tiveram recordes de público, apesar da Fox não
ter feito grandes investimentos em publicidade para o filme. A inteligente
divulgação de ‘Star Wars’ foi gerada pela própria Lucasfilm, que conseguiu
convencer a editora Del Rey a lançar uma novelização oficial do filme quase
seis meses antes de seu lançamento. O livro vendeu impressionantes 500 mil
cópias, que criaram grande expectativa entre os compradores para o filme. 


Em
apenas cinco semanas, ‘Star Wars’ recuperou o investimento inicial,
abrindo caminho para as continuações e garantindo 10 indicações ao Oscar 1978,
ganhando 6. 
Na época da sua estreia foi a maior bilheteria de todos os
tempos, arrecadando US$ 775.398.007 milhões de dólares. 
Os icônicos personagens também despertaram o interesse do
público em adquirir colecionáveis, bonequinhos e outros produtos, iniciando em
escala os licenciamentos de merchandising que Lucas anteviu em seu
contrato com a Fox. Aliviado, o diretor pôde começar a preparar os outros dois
filmes de sua saga, agora totalmente financiados por um banco, sem qualquer
intervenção do estúdio. Era uma época nova em Hollywood, com um cineasta tendo
total controle sobre a sua criação.




C3PO e R2D2 recebendo o Oscar de Melhores Efeitos Visuais.

As
continuações também quebraram recordes. ‘O Império Contra-Ataca’ em 1980 e ‘O
Retorno de Jedi’ em 1983 foram verdadeiros marcos dos anos 80. Toda aquela
geração foi conferir as produções no cinema. Minha mãe foi uma daqueles jovens
apaixonados por ‘Star Wars’. Eu cresci vendo a saga na TV e em VHS, sendo estes
filmes fatores fundamentais pela minha personalidade cinéfila. 
 


Os filmes foram relançados
nos anos 90 com a abertura revelando as numerações ‘Episódio V’ e ‘Episódio VI’
respectivamente e o primeiro ‘Star Wars’ com o subtitulo: ‘Episódio
IV: Uma Nova Esperança’. O motivo foi porque na época tinha sido anunciado pelo
George Lucas uma trilogia de prequela, que seria lançada no final dos anos
90, e que a trilogia original seriam os capítulos 4, 5 e 6 da saga. Em 1999
chegava aos cinemas ‘A Ameaça Fantasma’, em 2002 ‘O Ataque dos Clones’ e em
2005 ‘A Vingança dos Sith’. Esta nova trilogia foi menos elogiada e badalada do
que a primeira, possivelmente por não causar o mesmo impacto, já que pegou
concorrência com filmes modernos como ‘Matrix’ e ‘Homem-Aranha’. Mas os novos
capítulos foram bons e fizeram sua parte em mostrar o início da trama. Eu pude
assistir ‘A Vingança dos Sith’ nos cinemas em 2005 e foi realmente marcante,
uma grande experiência cinematográfica. 10 anos depois, em 2015, é lançado ‘O
Despertar da Força’, outro marco na minha vida cinéfila. Uma obra que resgata a
nostalgia dos três primeiros longas da franquia.





– O Imp
ério de George Lucas


Com o sucesso do primeiro filme, Lucas fundou a Lucasfilm,
de onde saíram os demais ‘Star Wars’ e todos ‘Indiana Jones’, além de outras
produções variadas. Dentro da empresa temos subdivisões. A Skywalker Sound
elabora efeitos sonoros de centenas de filmes, não apenas das sagas citadas
acima, mas de longas como ‘Capitão América: Guerra Civil’, ‘Mogli’, ‘O
Regresso’, e muitos filmes da Disney, Marvel, etc. Já a Industrial Light
and Magic (ILM) é responsável pelos efeitos especiais de centenas de
superproduções modernas, como os filmes da Marvel, ‘Jurassic World’,
‘Transformers’, ‘Star Trek’, etc. Resumindo: de certa forma se não fosse a
mente visionária de George Lucas para o primeiro ‘Star Wars’ dar certo e fazer
o sucesso que fez, hoje não teríamos os grandiosos efeitos visuais e sonoros de
obras que amamos. De certa forma, não teríamos ‘Jurassic Park’, ‘Vingadores’ e
tantas outras obras favoritas.


Ainda temos a LucasArts, responsável por centenas de jogos de computador,
desde games sobre ‘Star Wars’ até os mais variados estilos, quase sempre
baseados em algum grande filme. Sem falar que todo e qualquer produto como figurinha,
brinquedo ou desenho animado baseado em ‘Star Wars’ rende a Lucas algum lucro,
por causa dos direitos de imagem. E ainda temos várias séries animadas e filmes animados sobre ‘Star Wars’, sem falar em todos produtos do ‘Star Wars Lego’ e ‘Angry Birds Star Wars’. Realmente se tornou um império próprio.


‘Star Wars’ na versão ‘Angry Birds’.
‘Star Wars’ na versão ‘Lego’.
‘Star Wars’ na versão ‘Lego’.



‘Star Wars’ na versão ‘Lego’.



– As Frases Marcantes


“Que a força esteja com
você.”


“O medo é o caminho
para o lado negro. O medo leva a raiva, a raiva leva ao ódio, o ódio leva ao
sofrimento.”


“Faça ou não faça. A
tentativa não existe.”


“Dificil de ver. Sempre
em movimento está o Futuro.”


“Grandes líderes inspiram
a grandeza em outras pessoas.”


“Você não pode impedir
as mudanças, assim como não pode impedir o pôr do sol.”


“Então é assim que a
liberdade morre… com um estrondoso aplauso!”


“Em um lugar escuro nos
encontramos, e um pouco mais de conhecimento ilumina nosso caminho.”


“Muitas das verdades
que temos dependem de nosso ponto de vista.

Guerras não faz grande
ninguém.”




– Curiosidades


Na década de 80, por causa
do sucesso dos ewoks entre as crianças, foram lançados os filmes para
TV: ‘Caravana da Coragem: Uma Aventura Ewok’ (1984) e sua
sequência, ‘Ewoks: A Batalha de Endor’ (1985). Os Ewoks também
ganharam uma série animada exibida entre 1985 e 1987 na ABC assim
como os droids C3PO e RD2-D2 tiveram uma série animada entre 1985 e 1986 também
da ABC.



Cenas de ‘Caravana da Coragem’.








































As feições de Mestre Yoda foram inspiradas em Albert
Einstein.


Para manter o segredo de ‘O Império Contra-Ataca’, somente George Lucas, Mark
Hamill e o diretor Irvin Kirshner sabiam que Darth Vader iria afirmar ser pai
de Luke.


Segundo o American Film Institute a expressão “Que a força esteja com
você” é a 8ª mais famosa da história do cinema.


‘Vader’, de Darth Vader, significa pai em holandês.


Samuel L. Jackson é o único Jedi a ter um sabre de luz roxo e 
as
palavras “bad mother fucker” estavam gravados em seu sabre de luz. A frase é
famosa pelo filme ‘Pulp Fiction’, de Tarantino.




O modelo de roupa usado por Leia (Carrie Fisher) em ‘O Retorno de Jedi’ virou um famoso bikini nos anos 80.



Carrie Fisher fazendo propaganda do bikini inspirado em sua roupa usada em ‘O Retorno de Jedi’.



Os seis primeiros filmes arrecadaram U$4,410 bilhões. Já o recente ‘O
Despertar da Força’ arrecadou mais de U$1,100 bilhão.


Grandes amigos desde os tempos de faculdade, os cineastas George Lucas e Steven
Spielberg fizeram uma aposta que custou a Lucas US$ 40 milhões. Eles
concordaram em doar um ao outro 2,5% dos lucros de ‘Episódio IV’ (do Lucas) e
‘Contatos Imediatos do Terceiro Grau’ (do Spielberg). E tem mais, eles são
tão amigos que três seres iguais ao personagem E.T., do filme de 1982 do
Spielberg, aparecem na série ‘Star Wars’ de George Lucas.


Mark Hamill sofreu um acidente grave de carro no início das filmagens de ‘O
Império Contra-Ataca’, ficando com cicatrizes no rosto. Para justificar as
marcas, foi criada a cena em que Luke é espancado por um Wampa (uma espécie de
monstro das neves), onde o personagem fica com cicatrizes.




O ataque deste Wampa foi adicionado para justificar as cicatrizes de Luke, após o ator sofrer um acidente de carro.

Muitas das construções feitas para gravar as cenas de Tatooine, cidade natal de
Skywalker, ainda estão em pé na Tunísia, servindo como turismo e algumas e são
até habitadas.


As filhas de George Lucas pediram ao pai que colocasse o grupo ‘NSYNC na
segunda trilogia. As cenas foram gravadas, porém cortadas por reclamações dos
fãs.




– Analisando a Saga




É interessante como a saga nos leva para outros planetas, nos apresenta toda uma magia e fantasia, mas na verdade acaba falando de conceitos reais e conhecidos. Conceitos como escolher um lado, lutar por um ideal, família, amizade e aceitar seu lugar. Fala sobre os perigos da política e da ambição pelo poder. É também louvável o fato das trilogias terem sido feitas com bastante distância uma da outra, mas no final as características e acontecimentos se ligarem perfeitamente, completando os ciclos da saga e da história. Mesmo sendo uma história épica intergaláctica, seus conceitos base são palpáveis e sua moral continua atual, ainda mais hoje com padrões tão importantes como família e moral sendo arruinados. Enfim, é uma grande saga com um grande legado.

Star Wars Episódio IV: Uma
Nova Esperança
  (1977, de George Lucas)




Ah, o primeiro. Não apenas lançou a saga, mas mudou os conceitos de se fazer um
filme com efeitos especiais. A história flui naturalmente, nos apresentando já
de cara todo um novo universo. A maneira como se apresentam o império, os
rebeldes, os jedis, a força; tudo é tão novo mas é tão bem concebido dentro da
própria mitologia. Mark Hamill encara bem o papel de um herói virtuoso e que
anseia por aventura. Luke Skywalker representa toda criança que um dia já quis
aventuras intergaláticas. Carrie Fisher encara uma princesa Leia Organa
temperamental, com uma atuação marcante e que já demonstrava força feminista
nos cinemas, mesmo que contida naquela época. Mas o queridinho do trio
principal seria mesmo Harrison Ford e ser eterno Han Solo. Um canastrão
mercenário, além de engraçado, tem um ótimo desempenho na ação. Suas cenas com
Leia são demais, cheias de um romance ácido e alfinetado. Entre os seres
fantásticos, encontram-se os simpáticos robôs R2D2 e C3PO, talvez a dupla
coadjuvante mais marcante da história do cinema. Eles são baseados na dupla de
camponeses do clássico japonês ‘A Fortaleza Escondida’. Também temos o
companheiro de Han Solo, o peludo Chewbacca, com seus grunhidos e valentia. O
mal está representado pelo capacete de Darth Vader, que simplesmente é um dos
maiores vilões do cinema. Ele comanda um exército de Stormtroopers, com suas
armaduras brancas. Ambas armaduras também foram criadas a partir de trajes de
guerreiros samurais. 


Com estas referências ao cinema oriental e em um estilo de faroeste espacial, o
filme funciona como referência ao cinema mais clássico. Mas injeta sangue novo,
um novo conceito em efeitos especiais de tirar o fôlego, um marco para a época.
Tudo neste primeiro ‘Star Wars’ joga a seu favor, o que o tornou um clássico
instantâneo. Talvez o filme de maior importância na cultura nerd e pop,
imortalizou elementos que serão copiados ou influenciarão gerações para sempre.






NOTA: 10




Os heróis reunidos no final do filme.



Trailer original da versão de 1977:




Trailer da versão remasterizada:



Star Wars Episódio V: O Império
Contra-Ataca

(1980, de Irvin Kershner)




É considerado pela grande maioria como o melhor. Este capítulo é o mais denso,
obscuro e bem estruturado da saga. Apesar de levemente mais lento, o filme
explora mais a fundo como o Império está organizado. Darth Vader é mais bem
desenvolvido, temos a presença do Lorde Sith (o líder supremo) e aqui as coisas
se complicam. Enquanto Luke aprende duramente a usar a força ao ser treinado pelo lendário Mestre Yoda, aos poucos vemos nosso herói sentir o peso
do lado negro da força, uma ótima jogada do roteiro. Yoda pode ser pequeno e
parecer engraçado, mas nas suas frases há lições e filosofias que realmente se
aplicam à vida. O romance de Han e Leia é melhor aproveitado, temos uma
abertura de batalha em um planeta gelado muito bem construída e é aqui
 que temos o que talvez seja a maior reviravolta, o maior plot twist da
história do cinema. Além de ser ferido e perder a mão, Luke descobre que Darth
Vader é seu pai. Algo que marcou gerações e arrepiou milhares de pessoas dentro
do cinema na época. Os efeitos especiais novamente são ótimos e o congelamento
de Han Solo no fim do filme deixa diversas questões em aberto, deixando os fãs
loucos e ansiosos para o desfecho.






NOTA: 10




A revelação de que Darth Vader é o pai de Luke, talvez seja a maior reviravolta da história do cinema.


Trailer original da versão de 1980:




Trailer da versão remasterizada:





Star Wars Episódio VI: O
Retorno de Jedi

(1983, de Richard Marquand)




‘O Retorno de Jedi’ é considerado o menos bom dentre a primeira trilogia. Isto
por causa de alguns errinhos do roteiro e a presença de seres peludos e
fofinhos, que tiraram um pouco da seriedade do filme. Inserir os fofos Ewoks
foi uma jogada para deixar o final mais leve, depois do sombrio segundo
capítulo. Talvez realmente tire um pouco da seriedade e da atenção central da
trama, mas nada que atrapalhe muito na minha opinião. Eles servem de alívio
cômico, a mesma coisa que as piadinhas dos filmes da Marvel. O início do filme,
onde Luke, Leia e companhia vão ao resgate de Han, nas áridas terras de Jabba
the Hutt é sensacional, cheio de emoção, combates e já começa a apontar para o
desfecho. Temos a última grande aparição de Yoda dentro da saga (na linha temporal).
As batalhas são mais ferozes e os efeitos especiais foram os mais grandiosos da
história até aquele presente ano. A trilha sonora é grandiloquente e remete a
momentos épicos. 


A luta final de Luke contra Vader é sofrida, não somente fisicamente, como
também emocionalmente. É pai contra filho. E o Lorde sombrio assiste a tudo. O
fato do Lorde oferecer o lugar de Vader para Luke é outro ótimo acerto do
roteiro. Apresenta-se assim uma característica marcante da saga: a repetição de
ciclos. Vemos um herói cada vez mais sombrio, lutando contra seu pai, mas de
certa forma seguindo os seus passos. Todas sequências finais são muito bem
dirigidas e passam toda emoção necessária para um final. Este último capítulo
pode não ser perfeito, mas fecha com respeito e “chave de ouro” uma
trilogia que mudou os parâmetros de como se fazer cinema. 


NOTA: 9




O pesado confronto final entre Luke e seu pai Darth Vader.



Trailer original da versão de 1983:



Trailer da versão remasterizada:





Star Wars Episódio I: A
Ameaça Fantasma

(1999, de George Lucas)




É considerado o pior dos filmes e o elo fraco da saga. Isto se deve tanto pela
longa espera e expectativa de um novo capítulo, quanto ao fato do filme ser
mais focado na infância de Vader e ter poucas ligações com a trilogia inicial.
Também se critica bastante o et Jar Jar Binks, que definitivamente não caiu no
gosto popular. Seja pelas piadinhas ou pela computação não tão boa, ele é
bastante detonado dentro da franquia. Sinceramente acho este o menos bom da
saga, mas não é ruim. Conhecemos como foi a vida de Vader, que aqui é o menino
Anakin Skywalker. Filho de uma profecia e sem pai, ele se equivale a Cristo.
Ewan McGregor é o jovem Obi-Wan Kenobi e Liam Neeson é o Mestre Qui-Gon Jinn,
os dois jedis que descobrem a criança profética. Vemos como a política e o
comércio corrupto começam a planejar o golpe, o que futuramente se tornará uma
ditadura, o Império. Visualmente o filme tem efeitos de computador bons. Alguns
datados em uma época que esta característica estava crescendo. Outros são de
fato fantásticos. O final consegue empolgar e há uma sequência de ação
envolvendo uma corrida mortal que é de longe a melhor cena do filme. 


NOTA: 8




Confronto final de Obi-Wan e Qui-Gon contra o terrível Darth Maul.



Trailer: 



Star Wars Episódio II: O
Ataque dos Clones

(2002, de George Lucas)




Com Anakin adolescente, na pele do ator Hayden Christensen (duramente
criticado), o filme traz um avanço em comparação do anterior. Temos um roteiro
mais direto, mostrando melhor a política espacial e o romance de Anakin com
Padmé (a excelente Natalie Portman). Aqui os acontecimentos começam a tomar
rumos mais obscuros. Vemos a criança prometida de trazer equilíbrio para a
força, se tornar aos poucos um homem vingativo e amargurado. Temos a revelação
de como  são criados os clones, que futuramente seriam os Stormtroopers. A
ação é frenética na última uma hora de filme, com lutas em arenas, ataques de
exércitos e pela primeira vez vemos Mestre Yoda lutando com um sabre de luz. Na
pele do vilão Conde Dookan, temos o poderoso Christopher Lee, que já deixa
saudades. ‘O Ataque dos Clones’ é um blockbuster de respeito!


NOTA: 9




Todos os Jedis reunidos na luta da arena.



Trailer:



Star Wars Episódio III: A
Vingança do Sith

(2005, de George Lucas)




Este vi no cinema e me marcou. ‘A Vingança dos Sith’ vinha com a difícil missão
de encerrar a nova trilogia de maneira épica e casar perfeitamente com o início
da velha trilogia, mais especificamente com ‘Uma Nova Esperança’. Resumindo: o
final deste filme aqui deveria ser o início do primeiro. E conseguiu! Muito
sombrio e com grandiloquência épica do começo ao fim, são duas horas e meia de
emoção e espetáculo. Os acontecimentos são tristes e marcantes, os cenários são
grandiosos, as lutas são eletrizantes, é um épico de space ópera genuíno. O
massacre dos jedis, inclusive crianças, é de rachar o coração. Temos finalmente
o nascimento de Luke e Leia, além de todo cenário se armar para o que viria no
primeiro filme. Um ciclo se completa e um outro se inicia. A luta final entre
Anakin e Obi-Wan é gigantesca, dura e com diálogos marcantes, que contrastam o
amor fraternal contra a ambição pelo poder. Vemos uma profecia se cumprir de
maneira equivocada, privilegiando o lado negro. Uma superprodução grandiosa,
que deixa um gostinho de despedida e um outro de reinício.


NOTA: 10




O trágico romance entre Anakin e Padmé são o foco, além da transformação do herói em vilão.





Trailer original da versão de 2005:





Trailer da versão remasterizada:






Star Wars Epidódio VII: O Despertar da Força



(2015, de J.J. Abrams)




É energizante vermos um filme tão incrível na
telona.  ‘Star Wars Episódio VII: O Despertar da Força’ honra a saga
toda, especialmente a trilogia antiga, que marcou gerações. É ótimo
ver Carrie Fisher, Mark Hamill e Harrison Ford em papéis tão
importantes tanto para sua carreira como para o cinema mundial. Oscar
Isaac tem se revelado um grande ator. O pouco conhecido John Boyega (do
ótimo ‘Ataque ao Prédio’) é engraçado e corajoso ao mesmo tempo, impossível não
se contagiar com o ritmo de Finn, que corre, aparenta cansaço mas empolgação o
filme todo. Mas de certa forma o filme acaba sendo dela, a novata Daisy
Ridley entrega uma Rey carismática, humilde, corajosa e com grande desenvoltura
na ação. Tanto no quesito “quebrar na ação” quanto nos momentos
dramáticos, a jovem surpreende com uma atuação monstruosa de tão boa. É a nova
queridinha dos cinéfilos, críticos e possivelmente veremos muito ela. Em um
filme de drama a garota consegue fácil indicações ao Oscar, tem tudo para ser
uma atriz fantástica. É a grande revelação de 2015. Entre os personagens, é bom
vermos Chewbacca, C3PO e R2D2 de volta. E o novo androide BB-8 é fantástico,
fofo e o novo queridinho da saga. Todos amarão e comprarão brinquedos e
pelúcias. 


Os velhos elementos estão lá bem representados, ao mesmo
tempo em que são jogados em novas direções (algumas amargas). É legitimamente
‘Star Wars’, realmente está de volta! É um capitulo marcante de uma saga
que revolucionou a maneira de se fazer cinema, se fazer dinheiro e influenciou
gerações. Uma bela homenagem à trilogia inicial, parece que você volta
para os anos 70 e 80, vendo um filme simples, sincero e cheio de senso de
diversão e magia. Prepare seus lenços, o final é triste e de destruir seu
coração. Acorde sua criança interior e volte a sonhar e viajar pelo espaço com
este, que é um dos mais espetaculares filmes dos últimos anos. É um filme
extremamente emocionante, que só quem é fã de fato se arrepiará. É um presente
de um diretor nerd para uma legião de fãs nerds. J.J. Abrams nos brinda com um
filme inesquecível, é sucesso de crítica e bilheteria e deverá marcar a atual
geração.


NOTA: 10



Nossa crítica completa aqui!



Temos o retorno de Han, Chewbacca e outros elementos clássicos, em um filme emocionante.






Trailer: 








O que esperar de ‘Rogue One: Uma História Star Wars’?




‘Star Wars Episódio VII: O Despertar da Força’ não apenas inicia uma nova trilogia (‘Episódios VII a IX), como também inicia todo um universo interligado, que assim como os filmes interligados da Marvel, esta saga também terá seus derivados. ‘Rogue One: Uma História Star Wars’ é o primeiro dos filmes derivados e contará com uma história original, passada entre o ‘Episódio III: A Vingança dos Sith’ e ‘Episódio IV: Uma Nova Esperança’. Mostra um grupo especial da Aliança Rebelde recrutado para roubar os planos da primeira Estrela da Morte. A talentosa Felicity Jones (de ‘A Teoria de Tudo’) é a protagonista Jyn Erso, que curiosamente poderá ser uma personagem ambígua. Como é um capítulo que se passa entre os episódios do meio da saga, dentre as várias teorias em volta da produção há a de que poderão aparecer personagens clássicos que estavam vivos, como Obi-Wan, Yoda e Darth Vader.



O elenco traz nomes fortes como Alan Tudyk, Diego Luna, Forest Whitaker e Mads Mikkelsen. Ainda sabemos pouco sobre o filme e o trailer não revela muito (o que é ótimo), então não podemos afirmar várias das teorias que surgiram. Mas é fato que o filme não apenas ligará acontecimentos históricos dos episódios III e IV, como também deverá trazer alguma ligação surpreendente com ‘O Despertar da Força’. Bem, o que importa é que ‘Rogue One’ é ‘Star Wars’ na sua essência, talvez apenas com uma pegada mais obscura e em clima de guerra. A direção é do competente Gareth Edwards, que trouxe os bons ‘Monters’ e ‘Godzilla’ (versão recente de 2014). A estreia acontece dia 14 de Dezembro de 2016. 



E não para por aí, em 2017 teremos o esperado ‘Episódio VIII’, que dá continuidade aos acontecimentos de ‘O Despertar da Força’. Nos anos seguintes teremos o ‘Episódio IX’ que encerrará a nova trilogia e ainda teremos outros filmes derivados, um focado em Han Solo e outro focado no caçador de recompensas Boba Fett.







Assista ao misterioso trailer de ‘Rogue One’:










*Bônus: 



Star Wars: A Guerra dos Clones (2008)


Esta animação lançada nos cinemas em 2008 se passa entre o ‘Episódio II: O Ataque dos Clones’ e o ‘Episódio III: A Vingança dos Sith’ e serve como o pontapé inicial da série animada ‘The Clone Wars’ que durou até 2014 com seis temporadas. Ela traz confrontos entre os exércitos clônicos e a força do lado negro. A animação de origem é divertida e surpreendentemente mostra Anakin sendo mestre de uma jovem jedi, a alienígena Ahsoka Tano. Apesar de não ser encarada como uma história oficial da saga de filmes, a animação resgata o estilo de diversão típico da franquia e é bem elaborada, sem contar da boa animação investida na produção. É um bom representante do universo interligado da franquia.











A Trilha Sonora:



A melodia e principal tema sonoro da saga, do compositor mestre John Williams.




Ostras belas trilhas sonoras, todas do mestre John Williams.














– Galeria de Fotos dos Bastidores




Os diferentes tipos de máscaras e maquiagens de alienígenas.

Mark Hamill e Carrie Fisher nas gravações.



Anthony Daniels se preparando para atuar como C3PO.

Mark Hamill e Harrison Ford nas gravações.

Os cineastas George Lucas (criador da saga e diretor dos Episódio I, II, III e IV)  e J.J. Abrams (grande cineasta nerd da atualidade, diretor do Episódio VII).


Técnica de captura de movimentos.

À direita temos Frank Oz, que dá a voz ao Mestre Yoda.

Carrie Fisher, Mark Hamill e Harrison Ford. O trio clássico dando coletivas para ‘O Despertar da Força’.

Ewan McGregor (Obi-Wan) e Hayden Christensen (Anakin) ensaiando as cenas de lutas em ‘A Vingança dos Sith’.

Carrie Fisher e Harrison Ford.

À direita temos Peter Mayhew, o intérprete de Chewbacca.

Peter Mayhew e Harrison Ford.

À direita temos Kenny Baker, o intérprete de R2D2.

Anthony Daniels e seu personagem C3PO.

Velhos e jovens astros nos bastidores de ‘O Despertar da Força’.



– Galeria de Fotos dos Filmes





Pôster do relançamento em 3D de ‘A Ameaça Fantasma’.

A lendária nave Millenium Falcon, de Han Solo e Chewbacca.



A eletrizante corrida de ‘A Ameaça Fantasma’.



O terrível Darth Maul de ‘A Ameaça Fantasma’.



Jango Fett, cujo filho clônico se torna o Boba Fett.



Mestre Yoda.






Anakin ferido em ‘A Vingança dos Sith’.





O lendário Darth Vader.



A Estrela da Morte sendo reconstruída.






Luta de Anakin contra Obi-Wan em ‘A Vingança dos Sith’.

O pequeno Anakin e sua mãe ajudam os visitantes em ‘A Ameaça Fantasma’.














C3PO e R2D2.



O terrível General Grievous.













Kyle Ren, o vilão de ‘O Despertar da Força’.







Rey, BB8 e Finn, novos protagonistas da saga em ‘O Despertar da Força’.



BB8, o mais novo dróide queridinho dos cinéfilos, de ‘O Despertar da Força’.




O odiado Jar Jar Binks. Um pouco de exagero detonar tanto o personagem.

BB8 e Rey, os novos heróis de ‘Star Wars’ em ‘O Despertar da Força’.


Algumas curiosidades, informações históricas e informações técnicas são conteúdos públicos que se encontram em várias fontes. Algumas fontes que utilizamos foram:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Star_Wars







Todas opiniões e críticas que demos sobre a saga e a qualidade dos filmes foram de nossa própria autoria.






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