Crítica: Deus Não Está Morto 2 (2016, de Harold Cronk)



‘Deus Não Está Morto 2’ chegou aos cinemas recentemente e infelizmente não fez tanta bilheteria quanto seu antecessor, sendo visto por muitos como uma continuação desnecessária, mas isso não significa que o filme seja fraco. Ele é bom, tem uma história cativante e para quem não curte o tema, tem uma variedade de títulos para conferir. Entretanto o gênero Gospel tem aberto espaço no cinema, com filmes lançados se não de um a dois por ano e é assim que tem sido nos últimos anos.

A trama gira em torno da vida de Grace Wesley (Melissa Joan Hart), professora Cristã dedicada que ao ser questionada em sala sobre sua fé, responde a uma simples pergunta, mas essa simples dúvida que um de seus irá desencadear o inimaginável, a ponto de sofrer demissão por justa causa, de acordo com a política do Colégio, que proíbe falar sobre a religião e mencionar o nome de Deus (tem como não ser a realidade de muitas escolas ao redor do mundo?) A situação sai do controle e é aí que “o bicho pega”.




O Juiz contrata o advogado Tom Endler (Jesse Metcalfe) para o processo judicial contra Grace. Os questionamentos então se iniciam e a história toma um rumo que por incrível que pareça não é tão previsível. Se houver, o espectador não desiste de acompanhar até o desfecho. Como sempre digo, a maioria dos filmes têm clichês, é difícil encontrar algum que não o tenha.

O princípio apresentado pelo filme é de que não importe pelo que você passe, sua ética deve permanecer intacta, cabe a você fazer o certo, ou o errado e fingir que está fazendo o certo por uma boa causa. Foi-nos mostrado ao longo da película que, comparado com o que o primeiro filme aborda, a questão do confronto entre pessoas de diferentes religiões não é totalmente igual aquilo mostrado nos filmes. As falhas são inevitáveis, mas faz parte. Nem um dos blockbusters chegou ao auge da perfeição. Como vi há um tempo atrás uma matéria com o seguinte título: ‘Já Não Se Fazem Mais Filmes Como Antigamente’.



Os personagens são estrategicamente encaixados, principalmente o papel da jovem Brooke (Hayley Orrantia), que tem importância relevante para entendimento do filme. Já a atuação especial do grupo ‘Newsboys’ trouxe mais uma vez aquele encanto a produção. Sua trilha sonora é linda, eles recantam seu Single ‘God’s Not Dead (Like A Lion)’ que foi sucesso absoluto! As demais músicas também são muito envolventes, especialmente a inicial ‘Sounds of the Saints’.


David A.R. White retorna como Dave. Não é de se surpreender que esse ator esteve presente na maioria dos filmes do gênero “Por Que Eu, Senhor?” “Tudo É Possível” “O Arrebatamento 3” “Paraíso Perdido – O Caminho Para a Eternidade 2”, além de reprisar seu papel do primeiro.

Além disso, o que realmente importa em todo filme é o roteiro acertar em cheio, evitando ao máximo os clichês, para não tornar as sequências monótonas. Do meu ver, esse filme cumpriu bem o seu papel. Óbvio que já vi piores e ele está longe de ser ruim. Recomendo ver ele em um sábado a noite em casa, de boa. Não teve aquele pequeno apelo forçado que o primeiro teve. Controvérsias ocorreram e provavelmente ocorrerão quanto neste, mas ele é um bom entretenimento, existe até uma chance de você se divertir. A Pure Flix em parceria com a California Filmes lança essa sequência que com certeza chegará as locadoras e serviços Streaming. Mas é aquele ditado: “Gosto é gosto e não se discute.”

Eu gostei muito, mas confesso que ao final da obra, não me empolguei tanto a ponto de mandar uma mensagem pra todos os meus contatos escrito: “Deus Não Está Morto”. Somente fiz isso após o final do 1, e olhe lá!


Nota: 8


Direção: Harold Cronk


Elenco: Melissa Joan Hart, Jesse Metcalfe, Hayley Orrantia, David A.R. White, Robin Givers, Paul Kwo, Maria Canals-Barrera, Pat Boone, Trisha LaFashe, Jon Lindstrom, Benjamin A. Onyango, Sadie Robertson, Carey Scott, Ernie Hudson.


Sinopse: Quando Grace, uma professora cristã, é questionada sobre Jesus dentro da sala de aula, sua resposta inicia uma perseguição ao direito à crença. Sua fé é colocada à prova ao enfrentar um processo judicial épico que poderá custar-lhe a carreira que ela ama e expulsar Deus da sala de aula – e da esfera pública – de uma vez por todas.


Trailer:
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