Crítica 2: Bata Antes de Entrar (2015, de Eli Roth)



O mais novo trabalho do diretor Eli Roth, mestre dos filmes de terror cult ‘O Albergue’, ‘Cabana do Inferno’ e ‘Canibais’,
chegou às telonas e dividiu opiniões. Enquanto alguns o assistem sem criar tanta
expectativa, outros já de primeira não vão muito com a cara dele, não por causa pelo
trailer, mas por conta da história. A importância de contratar um ator de sucesso para fazer esse papel foi estratégico da parte do cineasta.


A trama é centrada na vida de Evan (Keanu Reeves), pai
de família que tem a vida perfeita: filhos, uma boa casa e uma carreira de
sucesso. Certo dia, sua esposa precisa fazer uma
viagem de negócios e leva consigo as crianças junto, pois ele também ficará trabalhando em casa. Naquela noite, duas
mulheres batem a sua porta, pedindo-lhe ajuda,
pois ambas estavam sem celular para se comunicar com seus amigos. Quando ele as deixa entrar em sua
residência, os problemas surgem. Não que fique implícito o clichê, mas não tem como não perceber que alguma “treta” vai rolar.

As atuações são de rostos bem conhecidos e o destaque vai especialmente para Lorenza Izzo, de ‘Aftershock’, que mergulha de cabeça como Genesis, a malvadinha conturbada, bem como Ana de Armas, de ‘Filha de Deus’,
interpretando Bell, psicopata que possui traumas de infância. Agora, quem teve sua atuação
fraca foi o Keanu Reeves (ator que não envelhece). A que ponto ele chegou, de
atuar em ‘Matrix’, pra depois terminar em um filme de Eli Roth? Chega a ser
cômico. Outros personagens como Karen, sua mulher, interpretada por Ignacia Allamand; Aaron Burns, como Louis, colega de trabalho da esposa e Colleen Camp, como sua vizinha Vivian também tiveram sua participação necessária, embora curta.



Ao longo da película vemos o sofrimento que as duas
causam ao personagem principal e imprevistos ocorridos durante o tempo
em que ele é mantido refém. A 
dupla de femme fatales pega pesado com Evan, torturam-o e fazem jogos sádicos o tempo todo, mostrando que não bateram na sua porta por acaso.

Quanto ao roteiro, eles falharam feio, principalmente
no desfecho, o espectador fica com tanta raiva, que acaba insatisfeito. Faltou mais esclarecimentos, não somente no final, mas no princípio, as razões que as levaram a cometer tais atrocidades e estar agindo
daquela forma. 
O motivo pelo qual elas escolheram Evan é
mencionado em uma cena, mas não foi o suficiente, faltaram mais explicações,
ligar alguns pontos que da metade até o fim se perderam.

Outro detalhe importante foi em relação às cenas desnecessárias, que lógico, não tinham por que estarem ali, esse é outro
problema dos filmes desse diretor. Sempre tem que haver nudez/ conteúdo sexual
em pelo menos uma cena. São absurdas, e completamente inúteis. Tirando isso, a obra ficou mediana. Ele é um thriller tenso,
que te prenderá no sofá e te deixará curioso quanto ao desfecho, se ele vai
conseguir revidar ou tem alguma carta na manga pra jogar.
Quem estiver sem muita opção, pode conferir. É um entretenimento Hollywoodiano que apesar
das muitas falhas, não deixa de fazer parte do mundo do suspense. E pra quem pensa
que isso é terror, saiba que passou longe.

Nota: 6,5


Direção: Eli Roth

Elenco: Keanu Reeves, Ana de Armas, Lorenza Izzo, Ignacia Allamand, Aaron Burns, Colleen Camp.

Sinopse: Durante um fim de semana no qual sua família viajou, a vida de um homem bem casado é interrompida por duas garotas jovens e atraentes que chegam à sua porta buscando refúgio da tempestade. O que parecia uma breve visita termina se transformando em um inferno, quando as duas garotas seduzem o dono da casa e o tomam como refém para brincadeiras pouco confortáveis e torturas, enquanto a família não volta.

Trailer:
Mais imagens do filme:




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