Oscar 2015: A Teoria de Tudo (2014, de James Marsh, indicado a 5 Oscar, incluindo Melhor Filme)

Muito provavelmente você já ouviu falar, talvez até mesmo seja um admirador de Stephen Hawking, gênio, cientista e astrofísico que foi diagnosticado com ELA (esclerose lateral amiotrófica), mas que superou diversos obstáculos físicos e continua em plena atividade; sendo um exemplo de vida. Concentrado na fase inicial de sua vida e no surgimento da doença, A Teoria de Tudo mostra o lado mais íntimo do gênio. Um filme de uma delicadeza única, obrigatório para qualquer um assistir. Indicado a 5 Oscar, que incluem Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Ator para Eddie Redmayne, Melhor Atriz para Felicity Jones e Melhor Trilha Sonora.

A direção de James Marsh é sutilmente leve, iluminada e tocante. O filme tem um tom mágico, um clima que emociona. O roteiro muito bem adaptado nos emociona naturalmente sem apelar ou forçar, a história por si só é triste e bela. O amor entre Hawking e Jane é lindo, desafiando até mesmo a física. Sem perspectiva de cura e esperança, o casal luta junto e forma uma família, ao mesmo tempo em que o gênio segue trabalhando nos seus inovadores estudos. A história real se mescla com cenas líricas e de metáforas, onde traça-se um paralelo sobre a equação do misterioso universo e a “equação” do amor. E como toda história realista, tem seus momentos amargos e pode não acabar tão bem. O filme traz um mensagem realista, mostra uma pessoa imperfeita e que comete erros, por mais inteligente que possa ser e por mais triste que seja sua situação física. Ele ainda é humano e ainda erra. E assim um belo amor pode acabar.

A bela trilha sonora nos embala nesta história de amor e superação, Felicity Jones atua bem e é uma das jovens atrizes em ascensão. Mas é Eddie Redmayne (o vilão do atual O Destino de Júpiter) que merece destaque. Ele simplesmente é Stephen Hawking, pelo menos no cinema. O impecável trabalho de maquiagem e caracterização do personagem o tornaram extremamente parecido com o físico. E seus trejeitos, suas feições e sua maneira de falar e agir; tudo parece de fato ser Hawking. Eddie Redmayne parece que realmente “fez o dever de casa” e estudou o personagem, encarnando-o com maestria. Este foi o mais difícil papel masculino do ano, o que faz com que o ator mereça os prêmios que vem recebendo, tornando-o assim o provável ganhador do Oscar, extremamente merecido. Dificilmente alguém tira a estatueta dele.

A Teoria de Tudo é um filme sobre a vida de um dos maiores ícones do mundo moderno. Um filme rico em detalhes, um início romântico e lindo. Há uma cena de uma dança de baixo de luzes simplesmente de encher os olhos. Mas também é um filme que traz os desafios da vida e os mistérios que ela nos impõe. Convido você a desvendar a equação emocionante que este filme traz. Uma obra belíssima, com uma atuação que marcou não apenas 2014, mas o coração de quem se aventurou nesta precioso teoria.


Direção: James Marsh


Elenco: Eddie Redmayne, Felicity Jones, Tom Prior, Sophie Perry, Finlay Wright-Stephens,Harry Lloyd, David Thewlis, Thomas Morrison, Michael Marcus, Gruffudd Glyn.

Sinopse: esta é a história extraordinária de uma das maiores mentes vivas do mundo, o renomado astrofísico Stephen Hawking, e de duas pessoas desafiando o improvável através do amor. Em 1963, como um estudante de cosmologia na Universidade de Cambrigde, no Reino Unido, Stephen (interpretado por Eddie Redmayne) está fazendo grandes avanços e está determinado a encontrar uma explicação simples e eloquente para o universo. Seu próprio mundo se expande quando ele se apaixona perdidamente por Jane Wilde (vivida por Felicity Jones), estudante de artes em Cambridge. Mas, aos 21 anos de idade, este homem saudável e ativo recebe um diagnóstico que mudará sua vida: uma doença neuromotora atacará seus membros e suas habilidades, deixando-o com fala e movimento limitado, e tomará sua vida em dois anos. O amor, apoio e determinação de Jane são inabaláveis – e os dois acabam se casando. Com sua nova esposa lutando incansavelmente ao seu lado, Stephen se recusa a aceitar o diagnóstico.

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