SNACK #30: O Jogo do Exterminador (2013, de Gavin Hood)



Nos últimos anos as adaptações de livros infanto-juvenis invadiram as telas dos cinemas, passando por fiascos como a saga Crepúsculo e o recente Academia de Vampiros – O Beijo das Sombras, que destruíram a imagem de algumas mitologias fantasiosas; indo até os excelentes e politicamente provocantes Jogos Vorazes – saga que consegue fazer reflexão sob diversos ângulos dos governos e da mídia. Nesse meio recebemos de maneira tímida este , que apesar de ficar abaixo do esperado; é um filme com vida própria e merece alguma atenção. Começando pelo diretor Gavin Hood (de X-Men Origens: Wolverine), que aqui entrega um filme um pouco fora do convencional, não cai no território da ação desenfreada e faz um excelente trabalho de iluminação e direção de arte: os pontos fortes do longa. Os efeitos especiais aqui são incríveis, mas não são usados para destruição ou ação, como em Star Trek ou Transformers. Aqui tudo é usado na construção das naves e ambientes de treinamento e combate.

Outro fator interessante é o competente elenco, que vai desde os veteranos Ben Kingsley, Harrison Ford e Viola Davis, passando pela já experiente Abigail Breslin e os novos mas já talentosos Asa Butterfield (de A Invenção de Hugo Cabret) e Hailee Steinfeld (de Bravura Indômita). Todos mandam muito bem em seus papéis. Entre os problemas do filme está o fato dele não extrair tudo que pôde do livro, muito mais rico. Por causa disso e da maneira não muito convencional da condução da história, este foi um dos filmes mais confusos de acompanhar em 2013. O ritmo um pouco lento em certas partes pode afastar a quem procura ação. Mas se você gosta de filmes com algo a mais, dê uma chance ao O Jogo do Exterminador. Há algumas ideias originais, os treinamentos de combate espacial dos jovens e crianças é frio e lança uma crítica ao militarismo. Os efeitos especias e a iluminação são primorosos. Além disso, o final reserva uma grande surpresa. Sem dúvida, dentre todos os seres na galáxia, o verdadeiro vilão é o homem. E a conclusão da jornada do nosso herói Ender (Asa Butterfield) mostra isso. Um final reflexivo sobre que lado escolher em uma guerra, seja ela literal ou não. Essa foi nossa edição número 30 das nossas críticas rápidas Snack.





Direção: Gavin Hood

Elenco: Ben Kingsley, Harrison Ford, Abigail Breslin, Asa Butterfield, Hailee Steinfeld, Viola Davis, Han Soto, Moises Arias, Aramis Knight, Jimmy ‘Jax’ Pinchak.

Sinopse: em um futuro próximo, extraterrestres hostis atacaram a Terra. Com muita dificuldade, o combate foi vencido, graças ao heroísmo do comandante Mazer Rackham. Desde então, o respeitado coronel Graff e as forças militares terrestres treinam as crianças mais talentosas do planeta desde pequenas, no intuito de prepará-las para um próximo ataque. Ender Wiggin, um garoto tímido e brilhante, é selecionado para fazer parte da elite. Na Escola da Guerra, ele aprende rapidamente a controlar as técnicas de combate, por causa de seu formidável senso de estratégia. Não demora para Graff considerá-lo a maior esperança das forças humanas. Falta apenas um treinamento com o grande Mazer Rackham, e depois o garoto estará pronto para a batalha épica que decidirá o futuro da Terra e da humanidade.


                                 Trailer:













































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